Em 1951 diplomou-se em Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras de Lisboa. Foi professora provisória na Escola Marquês de Pombal. Quando se candidatou ao estágio para professora efectiva, o pedido foi indeferido por razões de ordem política (Maria Barreira pertencia ao Movimento de Unidade Democrática e à Associação Feminina Portuguesa para a Paz); seria, pelo mesmo motivo, afastada do ensino oficial, sendo readmitida apenas em 1967. Foi professora de desenho e educação visual do ensino preparatório e secundário.[1][2]
A sua obra emergiu no quadro de afirmação da corrente neorrealista nacional, tendo participado em todas as Exposições Gerais de Artes Plásticas, (SNBA, 1946-1956). Dedicou-se ao desenho e ilustração, escultura, cerâmica ou medalhística, centrando-se predominantemente em temáticas femininas, opção que reflete a sua convicta defesa dos direitos da mulher. Nas obras escultóricas aproximou-se das soluções formais de Henry Moore.[1][2]
Entre outras distinções, venceu o 2º Prémio Soares dos Reis (1958). Legou, em conjunto com Vasco da Conceição, o seu espólio artístico ao concelho do Bombarral. Em homenagem a ambos, o museu que hoje acolhe essas obras denomina-se Museu Municipal de Bombarral - Vasco P. da Conceição/Maria Barreira.[1][3][4]
Referências
↑ abcBarreira, Maria; Conceição, Vasco da – Maria Barreira, Vasco da Conceição: escultura. Alverca: Galeria Municipal de Alverca, 1995
↑ abNarciso, Natacha – "Escultora Maria Barreira em conversa no Museu do Bombarral". Gazeta das Caldas, 2005
↑A.A.V.V. – Exposição dos Prémios de S.N.I.. Lisboa: S.N.I., 1966