Maria Aragão

Maria Aragão
Dados pessoais
Nome completo Maria José Camargo Aragão
Nascimento 10 de fevereiro de 1910
Pindaré-Mirim, Maranhão, Brasil
Morte 23 de junho de 1991 (81 anos)
São Luís, Maranhão, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade do Brasil
Partido Partido Comunista Brasileiro (1930-1980)
Ocupação Médica

Maria José Camargo Aragão, mais conhecida por Maria Aragão, (Pindaré-Mirim , 10 de fevereiro de 1910 — São Luís, 23 de junho de 1991) foi uma médica e professora brasileira. Iniciando sua carreira como pediatra, mas fazendo carreira como ginecologista, formando-se em medicina pela Universidade do Brasil, do Rio de Janeiro.

Sua trajetória é marcada pela escolha da ideologia comunista e a defesa dos direitos das mulheres.[1][2]

Biografia

Sua história tem origem na extrema pobreza, mas ela logo parte em busca da superação da fome, do preconceito (por ser negra e mulher no inicio do seculo passado), da agressão e da perseguição do sonho de ajudar a humanidade. Dotada de um grande senso de liderança, enfrentou as oligarquias políticas, em pleno regime militar na década de 60, e sofreu as perseguições promovidas pela ditadura.

Através da medicina, Maria Aragão entrega-se às causas sociais, lutando por uma sociedade justa e igualitária. foi uma eterna defensora das bandeiras libertárias continua a ser referência para a luta popular do Maranhão. Maria Aragão fez história como líder do Partido Comunista Brasileiro, no estado do Maranhão. A médica foi também diretora do jornal Tribuna do Povo e lutou contra a ditadura militar[3][4]. Em 1980, alinha-se a Luiz Carlos Prestes na ruptura deste com o PCB, compondo a então Corrente Prestista, com outros dirigentes brasileiros, como Gregório Bezerra, Anita Leocádia Prestes e Manoel Alves Ribeiro.[5]

Reconhecimento

A médica teve sua vida retratada e foi homenageada no vídeo-documentário "Maria Aragão e Organização Popular", realizado pela Escola Nacional Florestan Fernandes[6]. O DVD do documentário acompanha um livro e faz parte da segunda fase da série Realidade Brasileira, voltada para bibliotecas públicas, pontos de cultura e escolas públicas[3].

Em São Luís, foi inaugurado o Memorial Maria Aragão, em 2004, projetado Oscar Niemeyer, que abriga um acervo em sua homenagem, além da Praça Maria Aragão.

Ligações externas

Bibliografia

Referências

  1. Silva, Marcelo Fontenelle. ESCALADA DA CONSAGRAÇÃO E DISPUTA PELA MEMÓRIA: Itinerário político e homenagens a Maria Aragão a partir da redemocratização. Artigo. Revista Café com Sociologia, 2017. ISSN 23170352
  2. Ribeiro, Elizania e Ribeiro, Elizandra. Maria Aragão: Mulher Negra de Lutas. Artigo. Kwaniza: UFMA, 2018. ISSN 25951033
  3. a b «História de médica e líder comunista maranhense vira obra audivisual». EBC - TV Brasil. 30 de março de 2014. Consultado em 30 de Março de 2014 
  4. Silva, Marcelo Fontanelle. A besta-fera vai ao paraíso: uma análise da construção da memória e identidade pública da médica e comunista maranhense Maria Aragão. Dissertação de Mestrado, UFMA, 2017
  5. Maria Aragão e a Organização Popular. São Paulo: Expressão Popular, 2014. ISBN 9788577432370
  6. «Documentário faz homenagem à história de lutas de Maria Aragão». G1 MA. 25 de março de 2014. Consultado em 30 de Março de 2014 

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