É importante realçar a diferença entre a Marca de Baden-Baden e a sua capital, a cidade de Baden-Baden.
História
A Marca d Baden-Baden, enquanto desagregação da Marca de Baden, existiu ao longo da história por três vezes:
1190-1335: pela morte de Hermano IV, Baden foi dividido entre os dois filhos, ficando o mais velho Hermano V com Baden-Baden. Esta linha sucedeu-se até à sua extinção, em linha masculina, com a morte de Rodolfo Hesso de Baden-Baden, em 1335;
1348-1503: pela morte de Rodolfo IV de Baden-Pforzheim, o seu território foi, de novo, dividido entre os dois filhos, ficando o mais velho Frederico III com Baden-Baden. Esta linha sucedeu-se até que, em 1503, o marquês Cristóvão I reuniu todo o Baden, dada a extinção de todas as outras linhas cadetes;
1533-1771: em 1533, Baden foi, de novo, dividido entre os dois filhos de Cristóvão I: Bernardo III, o mais velho, fundou a Linha Bernardina (católica) e governou Baden-Baden. Ernesto, o mais novo, fundou a linha Ernestina (Luterana) e governou Baden-Durlach.
O território viria a unir-se em 1771 quando o último representante da linha Bernardina, Augusto Jorge de Baden-Baden, morreu sem descendência.
Território
A Marca Baden-Baden compreendia vários territórios disseminados pelas duas margens do rio Reno.
Na margem direita, incluía:
A marca propriamente dita e suas dependências, os mosteiros de Schwarzach, Lichtenthal e Herrenalb;
Quanto ao condado ulterior de Sponheim, apenas em 1776 seria partilhado entre o marquês de Baden, Carlos Frederico, e o duque de Palatinado-Zweibrücken, Carlos II Augusto.
Nota: entre 1594 e 1622 Baden-Baden esteve sob ocupação de Baden-Durlach com o pretexto de que o casamento morganático de Eduardo Fortunato de Baden-Baden excluiria da sucessão a sua linha. No entanto, com a vitória católica na Batalha de Wimpfen[6], em 1622, Guilherme recuperou Baden-Baden.
Brasão de armas
O brasão de armas sofreu alterações ao longo do tempo.
Inicialmente os marqueses de Baden-Baden utilizavam o tradicional escudo da Casa de Baden, cuja descrição heráldica é: "uma banda de gules em campo de ouro".
As diversas linhas da casa utilizavam o timbre para diferenciar cada uma delas: enquanto a linha principal utilizava como timbre os chifres de búfalo adornados com ramos de tília, as linhas secundárias[7] usavam chifres de ibex.[8]
É a partir do início do século XV que a linha principal de Baden-Baden começa a utilizar um brasão esquartelado, em que as armas de Baden (no I e no IV quartel), são combinadas com as do Condado de Sponheim (no II e no III quartel), dado os marqueses de então serem descendentes de Matilde de Sponheim, herdeira do condado, que casara com o marquês Rodolfo VI de Baden-Baden.
Por fim, com a 3ª criação da Marca de Baden-Baden em 1533, o brasão usado passou a ser mais complexo, sendo um escudo partido de 2 e cortado de 3, que incluía as armas dos diversos territórios que constituíam a Marca: (1) o condado anterior de Sponheim; (2) o condado de Eberstein; (3) a Marca de Hachberg; (4) o senhorio de Badenweiler; sobre o todo: Baden; (6) o Landegraviato de Sausenberg; (7) o senhorio de Rötteln; (8a) o senhorio de Lahr; (8b) o senhorio de Mahlberg; e (9) o condado ulterior de Sponheim.
Os Marqueses de Baden-Badem foram tradicionalmente sepultados na igrega da Colegiada da cidade de Baden-Baden (em alemão: Stiftskirche, Baden-Baden), templo que pode ser considerado o panteão da família.
↑Karl von Neuenstein: Das Wappen des Grossherzoglichen Hauses Baden in seiner geschichtlichen Entwicklung verbunden mit genealogischen Notizen, Karlsruhe, 1892, Pág. 70 Documento online
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Margraviat de Bade-Bade».
Bibliografia
Armin Kohnle: Kleine Geschichte der Markgrafschaft Baden. Verlag G. Braun, Karlsruhe 2007, ISBN 978-3-7650-8346-4;
Dagmar Kicherer: Kleine Geschichte der Stadt Baden-Baden. Verlag G. Braun, Karlsruhe 2008, ISBN 978-3-7650-8376-1;
Staatsanzeiger-Verlag (Hrsg.): Sibylla Augusta. Ein barockes Schicksal, Estugarda 2008, ISBN 978-3-929981-73-5.
Gerhard Friedrich Linder: Die jüdische Gemeinde in Kuppenheim, Editora Regionalkultur, Ubstadt-Weiher, 1999, ISBN 3-89735-110-2.
Landesarchivdirektion Baden-Württemberg (Hrsg.): Der Landkreis Rastatt (Band 1), Editor Jan Thorbecke, Estugarda, 2002, ISBN 3-7995-1364-7.
Friedrich Wielandt: Badische Münz- und Geldgeschichte. Editora G. Braun, Karlsruhe 1979, ISBN 3-7650-9014-X.
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