As línguas pré-incas da bacia do rio Marañón são um conjunto de línguas andinasextintas, escassamente documentadas, que eram faladas no norte do Peru e no sudeste do Equador, na bacia do rio Marañón. As línguas da bacia do Marañón e regiões do entorno tratadas aqui são: Malacato, Rabona, Bolona, Xiroa, Tabancale, Patagão, Sácata, Bagua, Copallín, Chirino e Chacha. Todas essas línguas estão atualmente extintas e não formam uma família linguística, pois possuem origem diversas. Outras línguas da mesma região, que ainda possuem falantes, são tratadas em outros artigos (Língua jívaro-cahuapanas e Língua hibito-cholón). A região do Marañón foi incorporada ao império incaico por Huayna Capac.
Comparação Léxica
Um das principais fontes para essas línguas são as Relaciones geográficas de Indias.[1] Essas Relaciones contém um documento chamado Relación de la tierra de Jaén(1586). Essa obra descreve a complexidade linguística da área em torno do rio Marañón, na Alta Amazônia, ao norte dos atuais departamentos de Amazonas e Cajamarca. Esse documento foi usado por Rivet (1934) e por Torero (1993). Essa obra documenta principalmente a etnia sacata. Algumas fontes relacionam a língua dos sacata com a de outros grupos étnicos, como os chillao. Na obra em questão se menciona somente três palavras de origen sacata.
Apenas se conhecem algumas palavras do copallín, sacata, tabancale, bagua e patagão, conforme a lista abaixo:
PORT
Copallín
Tabancale
Sacata
Chirino
Bagua
Patagão
Água
quiet
yema
unga
yungo
tuna
tuná
Fogo
lalaque
chichahce
Madeira
oloman
oyme
xumás
viue
Casa
ismane
tie
Milho
chumac
moa
umague
yugato
lancho
anás
Referências
↑Jiménez de la Espada, Marcos, ed. (1965 [1586]): Relaciones geográficas de Indias: Perú, 3 vols. Biblioteca de Autores Españoles 183–5. Madrid: Atlas
Jiménez de la Espada, Marcos. Relaciones geográficas de Indias: Perú. 1881–1887 [1965]. Madrid: [s.n.]
Loukotka, Čestmír (1968): Classification of South American Indian Languages, ed. Johannes Wilbert; Los Angeles: University of California (UCLA), Latin American Center.
Rivet, Paul (1934): "Population de la province de Jaén. Equateur.", en Congrès international des sciences anthropologiques et ethnologiques: compte-rendu de la première session, pp. 245–7; Londres: Royal Institute of Anthropology.
Taylor, Anne Christine (1999): "The western margins of Amazonia from the early sixteenth to the early nineteenth century". En Salomon and Schwartz (1999): The Cambridge History of the Native Peoples of South America, Cambridge University Press, part 2, pp. 188–256.
Taylor, Gérald (1990a: "La lengua de los antiguos chachapuyas", en Cerrón-Palomino and Solís Fonseca (1990): Temas de lingüística amerindia (Actas del Primer Congreso Nacional de Investigaciones Lingüístico-Filológicas, Lima, November 1987). Lima: Consejo Nacional de Ciência y Tecnología (CONCYTEC), pp. 121–39.
Valqui, Jairo (2011): Los orígenes lingüísticos de los chachapoyas. Berlín: Editorial Académica Española.
Torero Fernández de Córdova, Alfredo A. (1993): "Lenguas del nororiente peruano: la hoya de Jaén en el siglo XVI", Revista Andina 11, 2, pp. 447–72. Cuzco: Centro Bartolomé de Las Casas.