*Datas (começando com o grego antigo) de Wallace, D. B. (1996). Greek Grammar Beyond the Basics: An Exegetical Syntax of the New Testament. Grand Rapids: Zondervan. p. 12. ISBN0310218950
O arcado-cipriota ou aqueu meridional era um dialeto do grego antigo, falado na Arcádia, na parte central do Peloponeso, na Grécia continental, e na ilha de Chipre. Sua semelhança ao micênico, pelo que se conhece do corpus em Linear B, sugere que o arcado-cipriota seja seu descendente. O proto-arcado-cipriota (por volta de 1200 a.C.) teria sido falado pelos aqueus no Peloponeso antes da chegada dos dórios, e por isso seria chamado de aqueu meridional. As isoglossas dos dialetos arcádios e cipriotas evidenciam que os aqueus também teriam se estabelecido em Chipre. De acordo com o relato do geógrafoPausânias:
“
Agapenor, filho de Anceu, filho de Licurgo, que teria sido rei depois de Équemo, levou os arcádios a Troia. Após a captura da cidade, a tempestade que tomou de assalto os gregos em seu retorno para casa levou Agapenor e a frota árcade a Chipre, onde ele teria se tornado o fundador da cidade de Pafos, e lá construído o santuário de Afrodite em Kouklia (Palaipaphos, "antiga Pafos").[2]
”
A fundação teria ocorrido antes de 1100 a.C.; com a chegada dos dórios ao Peloponeso, parte da população se mudou definitivamente para o Chipre, enquanto o resto passou a ficar confinado às montanhas árcades. Com o colapso do mundo micênico, a comunicação entre os dois pólos deixou de existir, e o cipriota passou a se diferenciar do arcádio, sendo escrito até o século III a.C. no silabário cipriota.[3][4]
O Ϻ (san ou tsan) era uma letra usada apenas na Arcádia até por volta do século VI a.C.. O arcado-cipriota manteve características do micênico que não existiam no ático e no jônico, como o som /w/ (Ϝ, digama).
Referências
↑Roger D. Woodard (2008), "Greek dialects", em: The Ancient Languages of Europe, ed. R. D. Woodard, Cambridge: Cambridge University Press, p. 51.