Maior parte do Antigo Testamento é formada por livros que os teólogos classificam sob a denominação de Livros Históricos, pois eles contêm relatos que vão desde a conquista da Terra Prometida até quase a época do Novo Testamento, cabendo ressaltar que tais livros não se reduzem apenas a relatos cronísticos de fatos, pois contém uma interpretação dos acontecimentos a partir da fé,[1] sendo possível dividi-los em quatro grupos:
1. Obra Histórica Deuteronomista[2] - Josué, Juízes, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis: contém um relato mais ou menos contínuo, apresentando a história do Povo de Deus desde a conquista da Terra Prometida até o exílio na Babilônia. Tais livros enfatizam que a situação vivida depende da atitude que o povo toma na Aliança com Deus, sendo que quando há fidelidade, Deus concede a bênção, mas quando há infidelidade, o povo atrai para si mesmo a maldição[1].
2. História do Cronista - I Crônicas, II Crônicas, que a Septuaginta e a Vulgata chamam de Paralipômenos, relatam coisas que foram deixadas de lado no relato contido em Reis e Samuel, ou seja são uma espécie de complemento.[3][4]Livro de Esdras e Neemias relatam o tempo do pós-exílio babilônico até meados do séc. III AC. O objetivo principal destes dois últimos livros é fundamentar e organizar a comunidade depois do exílio na Babilônia[1].
3. Rute, Tobias, Judite, Ester. Mais do que história propriamente dita, esses livros são narrativas. Sua intenção é apresentar modelos particulares de vivência e aplicação da fé dentro de situações difíceis, principalmente as enfrentadas pelos judeus fora de sua terra[1].
4. I Macabeus e II Macabeus - Relatam a resistência heroica de um grupo de judeus diante da dominaçãohelenista que ameaçava destruir a identidade cultural e religiosa da comunidade judaica[1].