Os laguatãs (laguatan) foram uma confederação berbere da Cirenaica durante a era romana. Foi descrita primeiramente como invasora e nômade, mas outros consideraram-na um grupo assentado invasor. Emergiram no final do século III, quando os primeiros grupos começaram a migração para o oeste de suas terras originais no deserto da Líbia. Sob o rótulo de austurianos (quiçá refletindo uma subtribo dominante) invadiram a Cirenaica e Tripolitânia no século IV, e nos anos 520, sob Cabaão, derrotaram os vândalos e adquiriram sua independência. Nos anos 540, o oficial bizantino Sérgio assassinou 80 dos seus líderes durante um banquete, provocando-os à revolta. Uniram-se a outros líderes mouros que também haviam se rebelado, entre eles Antalas, e só foram derrotados pelos esforços do general João Troglita. Procópio chama-os leuatas (em latim: Leuathae; em grego: Λευάθαι), enquanto Coripo chama-os ilaguas e laguantãs. Segundo Coripo, ainda eram pagãos e professavam Gurzil, que foi identificado como o filho de Amom e uma vaca. Na Idade Média islâmica, ibne Caldune os registrou como lauatas (lawata) ou louatas (louata), e afirmou que estavam espalhado nos oásis do Egito do deserto ocidental através da Cirenaica, Tripolitânia ao sul e centro da Tunísia e Argélia oriental.
Referências
Bibliografia
- Diehl, Charles (1896). L'Afrique Byzantine. Histoire de la Domination Byzantine en Afrique (533–709). Paris: Ernest Leroux
- Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8
- Mattingly, D. J. (1983). «The Laguatan: A Libyan Tribal Confederation in the Late Roman Empire». Libyan Studies: Annual report of the Society for Libyan Studies. 14: 96-108
- Sjöström, Isabella (1993). Tripolitania in Transition: Late Roman to Islamic Settlement : with a Catalogue of Sites. Farnham: Avebury. ISBN 1-85628-707-6
- Wickham, Chris (2007). Framing the Early Middle Ages. Londres: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 0-19-921296-1