Lausana tinha, em 2023, uma população de 149 000, tornando-se a quarta maior cidade do país, com a área de aglomeração com mais de 435 000 habitantes.[5] A Região Metropolitana de Lausana-Genebra possui cerca de 1,2 milhão de habitantes. A sede do Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Museu Olímpico estão localizados na cidade, além de inúmeras federações e organismos desportivos estão sediados na cidade – o COI reconhece oficialmente a cidade como a Capital Olímpica[6] – assim como a sede do Tribunal Arbitral do Desporto. Encontra-se no meio de uma região do vinho. A cidade tem um sistema de metro com 15 estações, sendo a menor cidade do mundo a ter um sistema de transporte rápido.[7]
Os romanos construíram um acampamento militar, a que chamavam Lousana, no local de um assentamento celta, perto do lago, onde atualmente são Vidy e Ouchy; na colina acima, foi um forte chamado Lausoduno ou Lousoduno (em latim: Lausodunum/Lousdunum) Após a queda do Império Romano, a insegurança forçou a transferência de Lausana para o seu centro actual, uma colina, mais fácil de defender. A cidade que surgiu do acampamento foi governada por duques de Saboia e do bispo de Lausana. Pertenceu a Berna de 1536 a 1798, e alguns dos seus tesouros culturais, incluindo as tapeçarias penduradas na Catedral, foram definitivamente removidos. Lausana tem feito uma série de pedidos para recuperá-los.
Após a revogação do Édito de Nantes, em 1685, tornou-se Lausana (junto com Genebra) um lugar de refúgio para os huguenotes franceses. Em 1729 um seminário foi aberto pelo Tribunal de Justiça e Antoine Duplan Benjamin. Em 1750, noventa pastores foram enviados de volta à França para trabalhar clandestinamente; esse número subiria para quatrocentos. A perseguição terminou em 1787; uma faculdade de teologiaprotestante foi estabelecida em Montauban em 1808, e o seminário de Lausana foi definitivamente encerrado em 18 de abril de 1812. Durante as Guerras Napoleónicas, o estatuto da cidade mudou; em 1803, tornou-se capital do recém-formado um cantão suíço de Vaud, que se juntou à Federação Suíça.
História moderna
Em 1964 a cidade sediou a "exposição nacional suíça", mostrando sua confiança recém-encontrada para sediar grandes eventos internacionais. De 1950 a 1970 um grande número de italianos, espanhóis e portugueses imigraram, se estabelecendo principalmente no distrito industrial de Renens e transformando a dieta local.
A cidade tem sido tradicionalmente tranquila, mas no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 houve uma série de manifestações, principalmente a juventude confrontada pela polícia. As manifestações ocorreram em protesto contra os altos preços dos serviços de diversão e, desde então, a cidade voltou a seu dia-a-dia tranqüilo, até que o protesto contra as reuniões do G8, em 2003, saísse da normalidade.
Geografia
A característica mais importante da área geográfica em torno de Lausana é o lago Lemano. Lausana está localizada na encosta sul do planalto suíço, com uma diferença de altitude de cerca de 500 metros entre as margens do lago em Ouchy e sua margem ao norte da fronteira francesa Le Mont-sur-Lausanne e Epalinges. Lausana apresenta um panorama dramático sobre o lago e os Alpes.
Além de sua disposição geral para o sul, o centro da cidade é o local de um antigo rio, o Flon, que tem sido objeto de estudo, desde o século XIX. O rio forma um desfiladeiro antigo que atravessa o centro da cidade ao sul do centro antigo, em geral seguindo o curso da presente Rue Centrale, com várias pontes de passagem da depressão para ligar os bairros adjacentes. Devido às grandes diferenças de altitude, o visitante deve fazer uma observação de qual caminho deve seguir, para que não esteja no desnível do local em que pretende estar. O nome Flon também é utilizado para a estação de metrô localizada na garganta.
Lausana está localizada no limite entre a extensa carta de vinhos regiões de cultivo de Lavaux (a leste) e de La Côte (a oeste).
A população da área maior de Lausana (Grande Lausana) é de cerca de 316 000 (estimativa de 2007).
↑Lusa, Agência de Notícias de Portugal. «Prontuário»(PDF). Consultado em 10 de outubro de 2012
↑Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
↑Gradim, Anabela (2000). «9.7 Topónimos estrangeiros». Manual de Jornalismo. Covilhã: Universidade da Beira Interior. p. 167. ISBN972-9209-74-X. Consultado em 27 de março de 2020