Lúcio Rodrigo Leite Barreto de Lara (Caála, 9 de abril de 1929 — Luanda, 27 de fevereiro de 2016), também conhecido por seu nome de guerra Tchiweka, foi um físico-matemático, político, professor, ideólogo anticolonial e um dos membros fundadores (e presidente) do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).[3]
Foi presidente interino de Angola por dez dias, em setembro de 1979, entre a morte de Agostinho Neto e a posse de José Eduardo dos Santos.[4][5][6] Foi membro do parlamento angolano desde a independência até 2003.[7]
Foi o principal ideólogo e pensador da autodeterminação de Angola,[8] além de importante teórico do marxismo,[1][2][8][9] sendo um dos maiores nomes do país no século XX.[10][11]
Biografia
Nascido na cidade de Caála,[12] na província do Huambo (até então chamada de Nova Lisboa), em 9 de abril de 1929, era filho de Lúcio Gouveia Barreto de Lara, um português da Malhada Sorda que trabalhava como gerente de fazenda e depois como comerciante, e Clementina Pinto Leite (após casada, seu sobrenome tornou-se Leite Barreto de Lara), uma angolana nascida no Bailundo que era neta do soba Tchiweka (de quem inclusive Lúcio Lara tomou o nome de guerra).[13]
Fez seus estudos primários na cidade do Huambo, com sua família deslocando-se para o Lubango para que pudesse completar o ensino secundário no Liceu Diogo Cão (atual Escola Rei Mandume ya Ndemufayo).[14]
Juventude: entre a vida académica e a militância política
Em 1949, rumou para Portugal, aportando em Lisboa, donde decidiu cursar licenciatura em matemática na Universidade de Lisboa.[12] Ficou albergado na Casa dos Estudantes do Império, que já era o berço do pensamento anticolonial.[15] Foi ali que conheceu António Agostinho Neto, com quem construiria um longo laço de amizade,[15] além do núcleo ideológico que daria suporte à formação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).[12]
Neste ínterim, em 1951 alistou-se para prestar serviço militar em Portugal, não concluindo o período por ficar muito doente.[12]
Nisto, continuou seus estudos até se formar matemático em Lisboa, já em 1952. Ingressou na Universidade de Coimbra em 1954 para estudar físico-química, alojando-se na unidade da Casa dos Estudantes do Império de Coimbra.[15] Neste período, fundou, com vários estudantes anticoloniais e operários africanos na metrópole, o Clube Marítimo Africano em Lisboa, entidade recreativa-desportiva que também servia como centro de debates acerca do problema colonial, elemento importante para burlar a vigilância dos serviços secretos portugueses e evitar a interceptação de correspondências.[16]
Em 1955, filiou-se ao Partido Comunista Angolano (PCA) e passou a organizar o Movimento Anticolonial (MAC), com o apoio do Movimento de Unidade Democrática-Juvenil, mantendo convivência muito próxima aos quadros do Partido Comunista Português (PCP).[15] Participou do V Congresso do PCP, realizado na clandestinidade em setembro de 1957, com suas teses influenciando o voto favorável à autodeterminação dos povos das colônias.[15] A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) tomou conhecimento de sua liderança ideológica e passou a ser monitorado. Vai ao congresso do PCP já como signatário-fundador do Manifesto do MPLA (fundado em dezembro de 1956),[17] tornando-se seu principal ideólogo, sendo inclusive atribuído a ele a construção marxista-leninista e sua fixação definitiva como corrente dominante até a década de 1990.[15]
No seio do MAC e do PCP conheceu em Lisboa a Ruth Pflüger, filha de pai alemão e de mãe judia-alemã (que haviam fugido do nazismo), com quem se casou naquela capital em 1955.[14]
Luta anticolonial
Acabou por trancar seu curso em Coimbra, em 1958, preferindo trabalhar como professor secundário de matemática em Lisboa, dado a necessidade de sustento de sua família.[15] No mesmo ano, deslocou-se brevemente a Acra, no Gana, onde participa da Primeira Conferência dos Povos Africanos, evento que delineou a luta anticolonial.[14]
Ao participar de um novo congresso clandestino do PCP em 1959, a PIDE decidiu prendê-lo.[15] Sabendo dos planos, conseguiu fugir de Lisboa em março de 1959 para a Alemanha Ocidental, refugiando-se no escritório no exílio do MPLA coordenado por Viriato da Cruz em Francoforte do Meno.[18] Fugiu depois para a Alemanha Oriental,[15] frustrando a PIDE.[12] Mesmo na Alemanha Oriental, descobriu que a PIDE estava em seu encalço.[5] Com a ajuda de Viriato da Cruz,[18] estabeleceu contatos com escritores comunistas e anticoloniais e seguiu com Ruth para participar do 2º Congresso dos Escritores e Artistas Negros, ocorrido em abril de 1959 em Roma. Naquela cidade, com o argelino Frantz Fanon, planejou e preparou o esboço do primeiro grupo angolano de guerrilha. Fanon intermedeou sua ida para Tunes para participar como delegado do MAC na Conferência Pan-Africana que ali se realizaria.[14]
Nos contatos que estabeleceu na conferência, seguiu para Rabate[15] e Casablanca, no Marrocos, donde conheceu o trabalho de Mahjoub Seddick, líder sindical da União Marroquina do Trabalho.[12] Ali, firmou com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) um acordo para ir até Conacri, na Guiné, para estabelecer o primeiro escritório internacional do MPLA.[14] Permaneceu por um certo período neste país, trabalhando como professor de química nas escolas do país[14] e como professor universitário de matemática econômica na Universidade Sindical da União Geral dos Trabalhadores Negros Africanos-UGTAN.[18]
Foi eleito na primeira conferência nacional do MPLA, em dezembro de 1962, como secretário da organização e dos quadros e como membro do Comitê Central do MPLA. Neste período, entrou em forte contenda com Viriato da Cruz,[19] sendo o responsável pela sua prisão e tortura.[15] Entre 1962 e 1964, organizou as regiões militares do MPLA que lutariam na Guerra de Independência de Angola.[14]
Como efetivo número dois do partido a partir de 1964, mudou-se definitivamente com a família para Brazavile,[15] considerada a sede pro-tempore do movimento durante o período da guerra de libertação. Nesta cidade, trabalhou como professor de matemática e química nas escolas do partido e organizou o departamento de educação e cultura do MPLA, responsável pela preparação de professores e pela manutenção de uma vasta biblioteca.[14]
Burocrata do partido
Entre 1964 e 1965, tornou-se secretário-geral do partido, acumulando as funções de comissário político, membro da comissão militar do Exército Popular de Libertação de Angola (EPLA) e da comissão militar especial para a 1ª Região Político-Militar. Neste ínterim, recebeu treinamento militar em Moscovo.[14] De 1965 a 1969 promoveu ações na 2ª Região Político-Militar, responsável pelo território de Cabinda,[5] bem como na 3ª Região, alternando-se entre as funções até 1972.[14] Com a aposentadoria por idade do vice-presidente Domingos Kileba em 1971, o quadro de comando do partido, após reunião do Comité Director (que seria integralmente substituído em 1974 pelo Comité Central), passou a ser Lúcio Lara como vice e Iko Carreira como secretário-geral.[20]
Em 1970, passou a liderar os negócios estrangeiros do MPLA, fazendo parte da delegação que participou da Conferência de Roma de apoio ao MPLA, à Frelimo e ao PAIGC.[14] Suas capacidades diplomáticas foram fundamentais para o suporte político dado ao MPLA na 10ª Cimeira da Organização da Unidade Africana, em Adis Abeba (junho de 1971), bem como para a costura dos acordos de Quinxassa feitos com a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), em dezembro de 1972.[14] Ainda em 1972, chefiou as delegações que foram à China, Coreia do Norte, Vietname, União Soviética, Bulgária, Roménia e Jugoslávia para angariar suporte político e financeiro para a luta anticolonial.[14] Ele e Neto foram os dois maiores oficiais do MPLA nas exéquias de Amílcar Cabral, em 1973, em Conacri.[14]
Antes, porém, no curso que levou à intensa disputa política interna do MPLA entre 1972 e 1974 — que geraria a Revolta Activa e a Revolta do Leste, lideradas, respectivamente, por Mário de Andrade e Daniel Chipenda[19] —, Lara enfrentou algumas dificuldades severas em Brazavile, chegando a ser preso por causa de uma discussão de cunho racista que dominava os rumos do partido naquela altura, travada por puristas anticoloniais.[21] As revoltas contestavam a capacidade política e operacional de Lara e Neto.[19] Grandes porções do partido identificavam as recentes e constantes derrotas militares como emanadas de uma suposta liderança branco-mestiça, a qual apontavam como maiores representantes Lúcio, sua esposa Ruth, Iko Carreira e a esposa de Agostinho Neto, Maria Eugénia Neto.[21] Sua prisão foi efetuada por um dos rebelados, o comandante militar João Jacob Caetano "Monstro Imortal", e contou com o suporte velado de José Eduardo dos Santos, que já aspirava tomar o comando do partido e estabelecer a liderança do movimento somente com nomes negros.[21] A rebelião chegou a dar o comando do MPLA a José Eduardo dos Santos,[21] mas foi debelada rapidamente por Neto, anistiando os envolvidos.[22] Porém, Mário de Andrade e Chipenda, além dos importantes nomes de Joaquim Pinto de Andrade e Gentil Ferreira Viana, foram desfiliados do partido em 1974.[19][14]
Como esforço para reforçar sua liderança após a disputa política interna do MPLA, a partir de 1974, Agostinho Neto destacou Lara cada vez mais para as funções diplomáticas e burocráticas, inclusive reafirmando sua posição na reeleição para o Comitê Central do MPLA durante o congresso ordinário de agosto daquele ano.[19][23] Foi designado responsável pela condução da delegação do partido na Conferência dos Países do Centro e Leste Africano, em Brazavile, feito para destravar as tratativas do Congresso de Lusaca, bem como para a Conferência Inter-regional no Lundoji e para o Tratado de cessar-fogo com Portugal.[14] O período burocrático-diplomático de Lara teve seu ápice quando, em 8 de novembro de 1974, chefiou a "Delegação dos 26", a histórica primeira visita do alto comando do MPLA a ser recebida oficialmente em Luanda.[24] Sua chegada foi esperada por uma multidão de militantes em grande êxtase, que rompeu as barreiras e invadiu a pista do Aeroporto de Luanda quando o avião da delegação pousou.[24] A vinda de Lara deveria servir para preparar terreno para que Agostinho Neto fizesse sua primeira visita a Luanda após a Revolução dos Cravos.[14] Neto pousou na capital em 4 de fevereiro de 1975, sendo recebido por uma multidão ainda mais numerosa.[14] Lara foi, ainda, um dos altos oficiais do MPLA a negociar o Acordo do Alvor que definiu a independência de Angola, bem como a partilha do poder.[1]
Funções no governo angolano independente
Na data da independência de Angola, coube-lhe a presidência do "Conselho Revolucionário do Povo" (que depois tornou-se a Assembleia Nacional)[25] e a promulgação da Constituição de Angola, em 10 de novembro de 1975, bem como a condução da primeira eleição presidencial formal angolana (indireta), que elegeu Agostinho Neto. Na mesma data, Neto foi empossado por Lara[5][26] como primeiro Presidente de Angola.[14][27] Lara permaneceu como presidente do parlamento até 1980.[25]
O período subsequente foi turbulento para o país, especialmente durante o Fraccionismo (também chamado de grupo de Nito ou nitistas), liderado pelo então ministro do interior Nito Alves, com uma tentativa de golpe de Estado e grandes manifestações em Luanda.[21] Lara e Iko Carreira foram novamente listados como os líderes de uma suposta elite branco-mestiça alvos de uma campanha de purificação racial pretendida pelos nitistas no seio do MPLA.[21] O golpe falhou graças à rápida e dura resposta do aparelho do Estado.[21] Seguiu-se a tortura de milhares de angolanos, e mortes computadas entre 2 e 40 mil pessoas.[21] Atribui-se a repressão principalmente à figura de Agostinho Neto, mas os principais líderes operacionais foram Lúcio Lara,[21] Iko Carreira, Ludy Kissassunda e Henrique Onambwé.[21][28] Lara foi o único em Angola a defender a posição de que a tentativa de golpe havia sido orquestrada pelos soviéticos.[8]
Em 10 de dezembro de 1977, a despeito da purga realizada, foi novamente reeleito para o Comitê Central do MPLA, sendo alçado à segundo membro mais importante do Bureau Político (atrás somente de Neto) e confirmado vice-presidente do partido, ficando responsável pela organização e pelo setor ideológico.[14]
Presidência de Angola e final da carreia política
Na data da morte de Agostinho Neto, Lara era o mais alto membro do Bureau Político e Vice-Presidente do MPLA,[29] além de presidente do Conselho Revolucionário do Povo (o parlamento angolano).[25] Com isto, assumiu interinamente as funções de presidente do partido e, por extensão, de presidente da República Popular de Angola.[6][7][30] Formou uma Comissão de Direção Nacional,[8] que trabalhou sob sua supervisão, que era composta por Pedro Pedalé, Ambrósio Lukoki, José Eduardo dos Santos e Pascoal Luvualo.[31][32] Convocou, com urgência, o 2º Congresso do MPLA, em 11 de setembro de 1979, trabalhando fortemente para a eleição de José Eduardo dos Santos,[8] que ocorreu em 20 de setembro do mesmo ano.[23] Recusou todas as propostas a ele feitas para assumir efetivamente a liderança do país.[8][11][17][33][34][35]
Em 1980, foi reeleito membro do Comitê Central do MPLA, do Bureau Político e secretário de organização, bem como designado presidente do conselho intergovernamental da Agência Pan-Africana de Notícias (PanaPress), cargo que exerceu durante 5 anos. No mesmo ano foi eleito deputado representando a província do Moxico.[14] Enquanto neste mandato, ficou responsável parlamentar pelos programas de emergência do café[8] e da saúde.[14]
Em 1985, José Eduardo dos Santos o destituiu do Bureau Político,[8] permanecendo somente no Comitê Central,[35] no que é chamado de purga interna eduardiana,[11] em voga desde 1982, contra figuras que considerava demasiado poderosas.[8] Em março de 1986, assumiu as funções de 1º secretário da Assembleia Nacional,[14] que permaneceu até 1992.[35]
Ao mesmo tempo, nas décadas de 1980 e 1990, a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos o tinha como principal alvo a ser neutralizado e derrubado na campanha patrocinada de desestabilização interna do partido.[8][17]
Abalado desde a morte da esposa Ruth em 2000, decidiu afastar-se da vida pública por questões de saúde em novembro de 2003,[2] ao apresentar renúncia ao mandato legislativo.[36] O Ministério da Defesa de Angola o reformou como General de Exército em 2004, mas recusou utilizar a patente por não se considerar um militar de profissão.[2]
Aposentadoria e morte
Pouco antes de retirar-se da vida pública, Lara dedicou-se a organizar seu enorme acervo histórico e documental sobre o processo de independência e de formação de Angola, criando o Acervo Lúcio e Ruth Lara, que, em 2006, foi convertido na Associação Tchiweka de Documentação (ATD).[37] Em 1996, lançou o livro de memórias "Um amplo Movimento… Itinerário do MPLA através de documentos e anotações de Lúcio Lara", com prefácio de sua esposa Ruth, obra que geraria outros dois volumes.[35] Após a morte de sua esposa, trabalhou com os filhos Paulo, Wanda e José Katuya[38] na organização dos arquivos da ATD, inclusive produzindo outros livros e documentários.[2]
Mesmo após a aposentadoria, Lúcio Lara continuou sendo considerado uma autoridade do partido, mesmo que de forma simbólica.[38] Gozou do estatuto de herói nacional[11][2] e um dos criadores da Angola independente,[11] permanecendo como o principal ideólogo e teórico do partido até sua morte.[38][11] Inclusive, Jonas Savimbi, um dos seus maiores opositores, o admirava e o elogiava constantemente pela sua capacidade intelectual.[39] A sua biografia e a de Paulo Teixeira Jorge, bem como a do próprio Agostinho Neto, eram as únicas unanimemente celebradas no partido.[11][40] No final de sua vida, mostrava-se especialmente preocupado com o destino da África do Sul pós-apartheid, uma vez que foi Angola o país que militarmente enfrentou o regime segregacionista e foi crucial para seu fim.[17]
Morreu na capital angolana, em 27 de fevereiro de 2016, aos 86 anos.[17][41][42] As condolências por sua morte foram expressas por todo o alto escalão do MPLA,[2] por figuras de todos os partidos da oposição,[2][36][43] por figuras políticas internacionais[2][43] e por outros dirigentes nacionalistas[2][43] e anticoloniais mundiais.[44][2] Seu funeral teve honras de chefe de Estado,[45] ocorrendo no Palácio da Assembleia Nacional de Angola entre 1 e 3 de março de 2016.[46] Foi enterrado, em 3 de março de 2016, no Cemitério do Alto das Cruzes, na capital angolana.[45]
Vida pessoal
Sua única companheira foi a professora teuto-angolana Ruth Manuela Pflüger Rosenberg Lara, com quem teve três filhos: Paulo (General de Exército e historiador), Wanda (historiadora) e Bruno (músico e empresário). Ruth morreu de causas naturais em 2000. Com Ruth adotou, nas décadas de 1960 e 1970, as crianças brazavile-congolesas Jean-Michel Mabeko-Tali Lara (historiador),[47] José da Silva Lara e Júnior Cadete Lara;[48] e as crianças angolanas José Katuya Lara (apelidado de Vantagem Lara), Catarina Lara (Valia Lara) e Paulo Samba Lara.[48]
Curiosamente, foi seu sogro Hermann Rosenberg, um fervoroso militante comunista, que o financiou durante o início de sua carreira como líder anticolonial e pensador marxista, diferentemente dos demais líderes anticoloniais angolanos do período, que recebiam financiamento de potências estrangeiras.[8]
Lara possuía uma natureza sociável,[17] recebendo em casa e nas ruas constantemente pessoas das mais diferentes classes e formações para discutir sobre diversos assuntos.[8][17] Tinha gosto peculiar por tomar cafés, pela arte tradicional africana,[8] pela dança popular e balé clássico e contemporâneo, por caminhar ao ar livre, pela leitura de assuntos atuais e pelo cuidado com animais de estimação.[17]
Obras
Ao longo de sua vida Lúcio Lara produziu inúmeras obras escritas, das quais destacam-se quatro pelo seu enorme valor histórico:
- Um amplo Movimento... - Itinerário do MPLA através de documentos e anotações de Lúcio Lara (Vol. I até Fev. 1961) - originalmente publicada em 1997;[49][50]
- História do MPLA. Documentos e comentários (Até Fev. 1961) - originalmente publicada em 2000;[51]
- Um amplo Movimento... - Itinerário do MPLA através de documentos e anotações de Lúcio Lara (Vol. II - 1961-1962) - originalmente publicada em 2006;[49]
- Um amplo Movimento... - Itinerário do MPLA através de documentos e anotações de Lúcio Lara (Vol. III - 1963-1964) - originalmente publicada em 2006.[49]
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Ligações externas