Pinheiro de Azevedo nasceu a 5 de junho de 1917, na cidade de Luanda, província ultramarina de Angola, de pais de confissão judaica originários de Viseu e de Braga.[1] Era irmão do escritor Eduardo Baptista Pinheiro de Azevedo, consequentemente tio-avô materno de Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting.[2][3]
Empenhado na democratização do país durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), assumiu funções como primeiro-ministro do VI Governo Provisório desde 29 de agosto de 1975.[1][5] nessa função, Pinheiro de Azevedo queixou-se de ter sido sequestrado e de todos os ataques feitos pelas alas mais radicais da revolução. Por isso chegou a suspender a actividade do governo, junto do Presidente da República Costa Gomes, facto inédito num governo.[6] Contribuiu, igualmente, para a derrota do "gonçalvismo", e defendeu a normalização da vida nacional.[1] Em 23 de Junho de 1976, sofre um ataque cardíaco e foi substituído interinamente, entre 23 de junho e 23 de julho de 1976, por Vasco Almeida e Costa, ministro da Administração Interna.
É só fumaça!…[8] A discursar num comício no Terreiro do Paço em 10 de novembro de 1975, quando uma bomba de gás lacrimogéneo rebentou junto ao Ministério da Justiça, na esquina da Rua do Ouro.
Fui sequestrado. Já duas vezes. Não gosto de ser sequestrado. É uma coisa que me chateia. (…) Eh pá, agora vou almoçar! 13 de novembro de 1975, quando as tropas do COPCON – Comando Operacional do Continente, libertaram os deputados do parlamento, pois uma manifestação do movimento operário mantivera-os fechados durante toda a noite.[9]