John Frederick Bateman

John Frederick Bateman

Conhecido(a) por Sistemas de abastecimento de água
Nascimento 30 de maio de 1810
Halifax, Reino Unido
Morte 10 de junho de 1889 (79 anos)
Farnham, Reino Unido
Nacionalidade britânico
Ocupação Engenheiro Civil

John Frederick La Trobe Bateman[nota 1] (Halifax, 30 de Maio de 1810 –– Farnham, 10 de Junho de 1889) foi um engenheiro civil britânico, cujo trabalho serviu de base para a indústria de abastecimento de água moderna do Reino Unido.[1]

Tendo trabalhado inicialmente como aprendiz de topógrafo e engenheiro de mineração,[2] Bateman, durante mais de cinquenta anos, tendo seu início datado em 1835, poucos meses após apresentar um estudo sobre as causas das enchentes provocadas pelo rio Medlock,[2] projetou e construiu reservatórios e sistemas de abastecimento de água para diversas cidades, sendo considerado o maior em sua área de atuação da sua geração.[3]

Principais obras

Seu projeto mais conhecido é o Longdendale Chain, encontrado no Vale Longdendale, no norte do condado de Derbyshire, o qual é uma sequência de seis reservatórios no percuso do rio Etherow e foi construido para abastecer a crescente população de Manchester e Salford com água fresca no século XIX. Esta construção, que durante muitos anos foi o maior sistema de abastecimento de água do mundo, teve seu início em 1848 e seu término 29 anos depois, em 1877.[2]

Enquanto o sistema de abastecimento de Manchester era construído, Bateman também foi responsável pela obra de ligação da cidade de Glasgow com o lago Katrine, que se encontra a 54 km de distância.[4] Nesta, a qual contou com aproximadamente três mil operários trabalhando durante os quatro anos de construções, Bateman encontrou inumeros desafios, principalmente para a escavação das rochas próximas ao lago, a qual era possível com os equipamentos existentes na época perfurar aproximadamente apenas 2,8 metros por mês (10 centímetros por dia).[4] Como o sistema que conectava a cidade com o lago funcionava por gravidade, Bateman também teve a necessidade de transformar o lago em um reservatório, a fim de elevar o nível do mesmo em mais um metro.[4] Quando pronto, a ligação contava com 26 aquedutos de ferro e pedra (tendo estes um metro de diâmetro), 44 dutos de ventilação e setenta túneis.[4] Em sua inauguração, na qual estiveram presentes a Rainha Vitória e seu marido, o Príncipe Alberto, Bateman proferiu o seguinte discurso, sendo este posteriormente reforçado por declarações de James M. Gale:[5]

Bateman também trabalhou em sistemas de abastecimento de água para Belfast (Irlanda), Bolton, Chester, Dublin (Irlanda), Newcastle upon Tyne, Oldham, Perth (Escócia), Stockport e Wolverhampton, entre muitos outros. Realizou projetos no exterior, bem como, a concepção e construção de um sistema de drenagem e abastecimento de água para Buenos Aires (Argentina),[6] e sistemas de abastecimento de água para Nápoles (Itália), Constantinopla (à época Império Otomano) e Colombo (à época colônia britânica).[1]

Referências

  1. a b «"John La Trobe Bateman"». Consultado em 14 de julho de 2014. Arquivado do original em 18 de julho de 2014 
  2. a b c «"John Frederick La Trobe Bateman"». Consultado em 14 de julho de 2014 
  3. Quayle (2006), p. 15
  4. a b c d e «"BBC One - Making Scotland's Landscape, Scotland's Water"». Consultado em 14 de julho de 2014 
  5. Transactions of the Institution of Engineers in Scotland, 1863–4, vii. 27
  6. «"Experiências de saneamento na cidade de Buenos Aires: dos projetos de Pellegrini a conclusão do projeto de Bateman (1829–1905)"». Consultado em 14 de julho de 2014 

Notas

  1. Era conhecido como John Frederick Bateman até 1883, quando adotou, com autorização real, o sobrenome de solteiro de sua mãe, La Trobe, como uma forma de homenagem ao seu avô.

Bibliografia

  • Quayle, Tom. Manchester's Water: The Reservoirs in the Hills. [S.l.]: Tempus Publishing. ISBN 0-7524-3198-6 

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