Jens Baggesen

Jens Baggesen
Jens Baggesen
Gravura de Jens Baggesen em Bakkehus og Solbjerg, 1920
Nascimento Jens Immanuel Baggesen
15 de fevereiro de 1764
Korsør
Morte 3 de outubro de 1826 (62 anos)
Hamburgo
Sepultamento Parkfriedhof Eichhof
Cidadania Reino da Dinamarca
Filho(a)(s) August Baggesen, Carl Albrecht Reinhold Baggesen
Ocupação poeta, escritor, professor universitário
Empregador(a) Universidade de Quiel
Movimento estético romantismo
Assinatura
Assinatura de Jens Baggesen

Jens Immanuel Baggesen (Korsør, 15 de fevereiro de 1764 — Hamburgo, 3 de outubro de 1826) foi um poeta dinamarquês.

Biografia

Juventude e educação

Baggesen nasceu em Korsør. Seus pais eram muito pobres, e antes de completar doze anos, foi enviado para copiar documentos no escritório do escrivão da comarca. Era uma criança frágil, melancólica, e antes disso, havia tentado suicídio mais de uma vez. À força de muita perseverança, foi que conseguiu concluir o ensino básico, e em 1782 entrou para a Universidade de Copenhague.[1]

Conquistas e adversidades

Seu sucesso como escritor surgiu já com suas primeiras publicações; seus Contos cômicos em versos, poemas que lembram o Broad Grins do dramaturgo inglês George Colman, o Jovem publicado uma década depois, tomou de assalto a cidade, e o jovem problemático transformou-se repentinamente em um poeta popular aos vinte e um anos de idade.[1]

Baggesen tentou então a poesia lírica, e seu tato, elegância de forma e versatilidade, conquistaram-lhe um lugar no melhor da sociedade local.[1]

Todo esse sucesso recebeu um golpe em março de 1789, quando a ópera, Holger Danske, que havia escrito, foi recebida com grande controvérsia e uma reação nacionalista contra ela (em relação aos alemães). Ele deixou a Dinamarca em um acesso de raiva e passou os anos seguintes na Alemanha, França e Suíça. Casou-se em Berna em 1790, começou a escrever em alemão e publicou nessa língua seu próximo poema, Alpenlied.[1]

Túmulo de Baggesen no cemitério Eichhof, em Kiel.

No inverno do mesmo ano Baggesen retornou para a Dinamarca, trazendo consigo como uma oferta de paz seu excelente poema descritivo, o Labirinto, em dinamarquês, e foi recebido com inúmeras homenagens.[1]

Vinte anos viajando

Os vinte anos seguintes foram gastos em inquietas andanças incessantes pelo norte da Europa, e por fim fixou residência em Paris. Continuou a publicar volumes alternadamente em dinamarquês e alemão. Em alemão, o mais importante foi a epopeia idílica em hexâmetros chamada de Parthenais (1803).[1]

Em 1806 voltou para Copenhague para encontrar o jovem Adam Oehlenschläger considerado o grande poeta do momento. Até 1820 Baggesen residiu em Copenhague, em uma disputa literária quase incessante com um ou outro escritor, insultando e sendo insultado; a característica mais importante de tudo isso era a determinação de Baggesen para não permitir que Oehlenschläger fosse considerado um poeta maior que ele mesmo.[1]

Últimos anos

Baggesen deixou então a Dinamarca pela última vez e voltou para sua amada Paris, onde perdeu sua segunda esposa e o filho mais novo, em 1822, e após as misérias de uma prisão por dívidas, caiu finalmente em um estado desesperador de depressão. Em 1826, depois de ter recuperado ligeiramente a saúde, quis rever a Dinamarca, mais uma vez, mas morreu a caminho no hospital dos maçons, em Hamburgo e foi sepultado em Kiel.[1]

Legado

Seu talento multifacetado alcançou o sucesso em todas as formas de escrita, mas suas obras filosóficas e críticas nacionais há muito deixaram de chamar a atenção. Um pouco mais de esforço em restringir seu egoísmo e paixão teria feito dele um dos mais brilhantes e maiores satiristas modernos, e seus poemas cômicos são atemporais. A literatura dinamarquesa tem com Baggesen uma grande dívida por sua firmeza, polidez e forma, que ele introduziu com seu estilo sempre elaborado e elegante. Com todos os seus defeitos, ele se destaca como a maior figura entre Holberg e Oehlenschläger. Especialmente significativa é a sua canção "Houve um tempo quando que eu era muito pequeno", que permanece popular quase duzentos anos depois de sua morte. Ela sobreviveu a todos os seus épicos.[1]

Existe uma estátua de Baggesen em Havnepladsen, em Korsør, inaugurada em 6 de maio de 1906, pelo professor Vilhelm Andersen. Não muito longe, em Batterivej localiza-se o Hotel Jens Baggesen em sua homenagem.

Referências

  1. a b c d e f g h i Chisholm, Hugh;; Edmund William Gosse. «Baggesen, Jens Immanuel». Encyclopædia Britannica (em inglês). 3 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 200 

Ligações externas

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