Itaú de Minas é um município brasileiro da Região Geográfica Imediata de Passos situado no sudoeste do estado de Minas Gerais, inicialmente denominado Córrego do Ferro.[8] Sua população estimada pelo IBGE para 1º de julho de 2018 era de 16 108 habitantes.[1]
Possui uma área de 150,90 km² e situa-se a 20°45'22" de latitude sul e 46°45'33" de longitude oeste, tem sua altitude máxima, de 1 095 m, na cabeceira do Córrego Tebas e a mínima, de 712 m, na foz do rio Santana. O município é cortado por duas rodovias estaduais, a MG-050 e a MG-344, que interligam a Região Metropolitana de Belo Horizonte ao interior paulista.Também é cortada por um curto trecho remanescente de uma ferrovia, o Ramal de Passos da antiga Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que a liga às cidades vizinhas de Pratápolis e São Sebastião do Paraíso. Está localizado a 363 km da capital mineira.[9][10]
Integra o Circuito Turístico Nascentes das Gerais, compreendendo a Serra da Canastra, região da nascente do Rio São Francisco, o Velho Chico. Situa-se a 50 km do Lago da Usina Hidrelétrica de Furnas, em uma região do estado mineiro, com cachoeiras, cânions, montanhas, além da paisagem natural da própria represa.[11]
Itaú de Minas tem se destacado no cenário nacional, graças aos excelentes resultados recentemente alcançados em alguns importantes indicadores. Em 2016, o Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicou o Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU),[12] com o propósito de oferecer a agentes governamentais, universidades, movimentos sociais e sociedade civil em geral mais um instrumento para avaliação e formulação de políticas urbanas para o país. Conforme o estudo citado, Itaú de Minas ocupa o nível mais elevado, ou seja, apresenta condições muito boas (0,925 pontos),[13] classificando-se como o 23º (vigésimo terceiro) melhor município, entre os 5565 municípios brasileiros analisados, e o 4º melhor, entre os municípios mineiros. O Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU)[14] considerou 5 (cinco) dimensões: mobilidade urbana, condições ambientais urbanas, condições habitacionais urbanas, atendimento de serviços coletivos urbanos e infraestrutura urbana.
História
A origem
Conforme o Historiador Antônio Grillo, em meados do século XIX, Joaquim Gomes de Souza Lemos, realizou um dos primeiros levantamentos referentes às divisas do município de Passos, referindo-se ao povoado do “Córrego do Ferro”. Entretanto, inventários anteriores ao levantamento supracitado e catalogados nos arquivos cartoriais passenses revelam que atividades de mineração de ferro já ocorriam naquela localidade e mencionam caminhos que passam pelo “Morro do Ferro, pelo Córrego do Ferro, Rio São João, Rio Santana” e outros.
Ainda na primeira metade do século XIX, os arraiais dos “Sertões do Jacuí” se consolidaram, evidenciando-se os caminhos que os ligavam, eis a origem do “Córrego do Ferro”.
Naquela época, buscavam-se itinerários com destino à vila “Desemboque”, notadamente o “Caminho do Desemboque”, roteiro de caravanas, sertanistas ou aventureiros que, ainda no século XVIII, a partir do Rio Sapucaí dirigiam-se àquela vila – do porto do Rio Claro cortavam pelo Vale do Itapiché e vinham sair nas Serras de Ventania; daí costeando-a, iam em direção a Jacuí (pelo sul) ou ao Desemboque (pelo norte), passando pelo Bonsucesso, Barra do São João, Quartel do Aterrado, Serra das Sete Voltas e finalmente, Desemboque.
Havia também o caminho que deixando Jacuí, seguia o curso do Santana (ou do São João, mais a leste) até chegar ao caminho anterior, rumando para o Desemboque. O certo é que neste caminho, na região fechada pelos rios São João e Santana, assumiram importância os vales dos pequenos ribeirões, como o da Prata e o Córrego do Ferro. Exauridas as alternativas de mineração de ouro na região, as atenções se voltavam para a busca da prata e, na ausência desta, de outros minérios, como o ferro, por exemplo. Os primeiros assentamentos estão atrelados a estas experiências, suscitando os povoados futuros.
A poucos quilômetros de Itaú, a fazenda Santana é testemunho daqueles tempos: tanto a Capela consagrada a Nossa Senhora da Santana, como o Cemitério, vinculam-se ao Morro do Ferro, ou a tentativas de mineração desenvolvidas ainda na primeira metade do século XIX.
O Córrego do Ferro é o desdobramento de tais atividades e foi o ponto de convergência não só da presença humana por meio de muitos mineradores e garimpeiros anônimos, como também das primeiras afazendagens de porte, como a dos Amorim, cujo estabelecimento mais notório é o de Pedro Quita, como ficou conhecido.
A mineração de Ferro, em princípio, não foi bem sucedida, terminando desestimulada. Ao passo que, jazidas calcárias aí descobertas se tornaram a precípua atividade econômica, favorecendo a fixação dos homens.
Junto à colônia da fazenda surgiram os estabelecimentos rudimentares das caieiras e logo, uma venda. Daí a origem do povoado que em todos os documentos tem o nome de Córrego do Ferro.
Também ao pesquisar as terras do atual município, foram encontrados resquícios de antigas fazendas com, aproximadamente, 150 anos, como a Fazenda São João, conhecida popularmente por Fazenda da Leocádia, propriedade de Antônio Felício Cintra, descendente português.
Percebe-se que nessas terras havia grande circulação de pessoas, muitos boiadeiros e, certamente, também muito dinheiro. E pela inexistência de agências bancárias, todo capital era mantido em cofres nas próprias residências.
Destarte, as primeiras habitações humanas nesta localidade ocorreram antes de 1900 – ainda no século XIX - pelos latifundiários e mineradores que arroteavam a região, expandindo suas riquezas e promovendo o advento de mais pessoas, ainda que os aludidos fatos careçam de riqueza de detalhes, haja vista a falta de alguns documentos comprobatórios, ocasionando a inexatidão das datas, e consequentemente, impossibilitando o estudo aprofundado dos conhecimentos.
A história de Itaú de Minas é, portanto, resgatada graças às documentações das antigas fazendas, a saber, as escrituras, e, principalmente, pelos relatos dos descendentes de habitantes que viveram neste povoado no início do século XX.
Economia
A cidade sedia a fábrica de cimentos Itaú (CCPI - Companhia de Cimento Portland Itaú), a maior cimenteira do país, que hoje faz parte do grupo Votorantim.
A Unidade de Itaú de Minas é uma das maiores unidades fabris do grupo.
No que diz respeito a receitas e despesas orçamentárias, as receitas representam 53,4% dos valores e as despesas 46,6%.
Demografia
Etnias
Cor/Raça
|
Nº de pessoas
|
Percentagem
|
Branca
|
11 409
|
76,34%
|
Parda
|
2 575
|
17,23%
|
Preta
|
876
|
5,86%
|
Amarela
|
79
|
0,53%
|
Indígena
|
5
|
0,03%
|
Fonte: IBGE – Censo 2010[15]
Bioma
Cerrado e Mata Atlântica [1]
Administração
Depois de muitas controvérsias a presidente da Câmara Municipal de Itaú de Minas, Juliana Mattar (PTB) que tinha assumido durante sessão especial da casa, o cargo de prefeita da cidade acatando uma decisão da Justiça Eleitoral da Comarca de Pratápolis, deixa o cargo e através de liminar o cargo volta a Norival Francisco de Lima (DEM) .[carece de fontes]
Referências
Ligações externas