Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo
Nota: "IAG" redireciona para este artigo. Para a joint-venture das empresas aéreas British Airways e Iberia Airlines, veja International Airlines Group.
A história do IAG teve início na Seção de Botânica e Meteorologia da Comissão Geográfica e Geológica do Governo do Estado de São Paulo. Mais especificamente a Seção de Botânica e Meteorologia era dirigida pelo Prof. Alberto Loefgren que foi o embrião do Serviço Meteorológico do Estado de São Paulo.[1] Sua origem está vinculada também com a reorganização do Serviço Meteorológico e Astronômico, em 31 de dezembro de 1927[2], tendo como sede o Observatório Astronômico e Meteorológico, mais conhecido atualmente como Observatório de São Paulo. Em 30 de dezembro de 1946, o Instituto foi incorporado à Universidade de São Paulo.
História
O IAG da Universidade de São Paulo originou-se da extinção do Instituto Astronômico e Geográfico[3] decretada em 1935[4]. Originalmente o Instituto Astronômico e Geográfico que teve sua origem na Diretoria do Serviço Astronômico e Meteorológico (DSAM)[2] e de parte da findada Comissão Geográfica e Geológica (CGG). A situação destas instituições fez com que o então secretário das quais elas faziam parte, a Secretaria de Estado dos Negócios da Viação e Obras Publicas, o Coronel Mendonça Lima fosse aconselhado pelos engenheiros Francisco Gayotto e Alypio Leme de Oliveira resultou no projeto de criação de uma instituição que tivesse parte das atribuições das instituições (CGG e DSAM), assim surgiu o Instituto Astronômico e Geográfico.[5] Este instituto funcionou até 5 de julho de 1935 quando foi criado o Instituto Astronômico e Geofísico[4] e o Departamento Geográfico e Geológico[6], sendo que este ultimo veio a gerar o Instituto Geográfico e Geológico.
A Diretoria do Serviço Meteorológico e Astronômico do Estado de São Paulo originou-se do IAG, tendo sido criada pela Lei Estadual n. 2261, de 31 de dezembro de 1927. Seu diretor foi Alypio Leme de Oliveira. O artigo 1 dessa lei, em seu parágrafo único, estabeleceu como sede da Diretoria o Observatório Astronômico e Meteorológico situado na Avenida Paulista n. 69, na capital de São Paulo. O Observatório, também conhecido como Observatório de São Paulo, foi construído por José Nunes Belfort de Mattos, diretor do Serviço Meteorológico de SP na primeira década desse século e foi inaugurado em 30 de abril de 1912.[7] O Observatório executava serviços de determinação e disseminação da hora oficial do Estado, utilizando processos disponíveis na época; além disso, realizavam-se pesquisas e estudos de Física solar (manchas solares), de Magnetismo terrestre e de sismologia.[8]
Por conta dos abalos produzidos pelos bondes que tragegavam a Avenida Paulista, em 1928 pensou-se em escolher outro lugar mais apropriado para o Observatório.[9] Depois de vários planejamentos, o Parque do Estado, no bairro da Água Funda, foi escolhido, onde até hoje se encontra a sede do Instituto Astronômico e Geofísico.[10] O projeto do novo Observatório ficou concluído em 1930 por Alypio Leme de Oliveira. Em dezembro de 1931, o IAG foi reintregrado à Secretaria de Agricultura e Comércio e, juntamente com o Serviço Geográfico e Geológico da antiga Comissão Geográfica e Geológica, passou a constituir um instituto único: o Instituto Astronômico e Geográfico, criado pelo Decreto n. 5320, de 30 de dezembro de 1931, onde Leme de Oliveira continuou como diretor.[11]
Universidade de São Paulo
A Universidade de São Paulo foi criada em 25 de janeiro de 1934, pelo então Interventor Federal em São Paulo, Armando Salles de Oliveira.[12] A partir daí, o Instituto Astronômico e Geográfico passou a ser considerado Instituto Complementar da Universidade de São Paulo, com sua parte administrativa subordinada à Secretaria de Indústria e Comércio.[13]
Alypio Leme de Oliveira desejava muito essa vinculação entre o Instituto e a USP. Antes dessa oficialização, Leme de Oliveira já havia proposto a criação de uma Escola de Geógrafos para formação de engenheiros geógrafos que contariam com as seguintes disciplinas:
O projeto não foi aprovado; mas a ideia de um curso superior ligado à Astronomia, Geofísica e Meteorologia voltou em 1938, com um projeto de criação da Faculdade de Astronomia e Geofísica, com curriculum semelhante ao de cima; no entanto, esse projeto também não foi aprovado.[14]
Em 1946, o então Instituto Astronômico e Geofísico foi definitivamente incorporado à USP pelo Decreto Estadual n.16622. Alypio Leme continuou como seu diretor até 1955, quando se aposentou, e foi substituído por Abrahão de Moraes (permanecendo no cago até sua morte em 1970).[15]
Em convênio com o Instituto de Física da USP, o IAG, em 1973, procurou instaurar modalidades no Curso de Bacharelo em Física, incluindo disciplinas de áreas de Astronomia, Geofísica e Meteorologia. Em 1977, iniciou-se o Curso de Bacharelado de Meteorologia com cerca de 20 vagas e duração de 8 semestres.[16] Em 1984, foi criado o Curso de Bacharelado em Geofísica. Em 2009, foi criado o curso de Bacharelado em Astronomia.
O Instituto Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas oferece também cursos de Pós-graduação em níveis de mestrado e doutorado nas áreas de Astronomia, Geofísica e Meteorologia.[17]
Seções
Botânica e Meteorologia
A seção de botânica e meteorologia tinha sido desenvolvida entre outras seções da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo. Era dirigida pelo Prof. Alberto Loefgren, tido como o embrião do Serviço Meteorológico do Estado de São Paulo.[18]
Informática
A seção de Informática do IAG atende as necessidades do Instituto na busca de soluções para a área de Rede de Computadores. Para os departamentos de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosférias, a seção de Informática gerencia os servidores de Correio Eletrônico, cria e manutencia contas e dá suporte aos docentes, alunos e funcionários do departamento, entre outras coisas.[19]