Criado em 1967, o NCE oferece programas de pós-graduação, extensão universitária, cursos avulsos, consultorias em diversas áreas, além de prestar serviços de organização de concursos para várias instituições públicas e privadas em todo o Brasil.
Em 11 de novembro de 2010, no Conselho Universitário (Consuni), foi aprovada a transformação do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) em Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE), modalidade que melhor define seu papel na UFRJ, pois desde sua criação a instituição atua no desenvolvimento, na pesquisa, no ensino e na extensão. Assim, sua denominação foi alterada de Núcleo de Computação Eletrônica para a atual com o nome do pesquisador Tércio Pacitti.[2]
Pesquisa
O NCE desenvolve pesquisas de altíssimo nível em diversas áreas da Computação além de projetos de inclusão digital para pessoas com deficiência. A história da atividade de pesquisa no NCE, remonta praticamente à data da sua criação.
No artigo,[3] Ivan da Costa Marques, que liderava a equipe 'a época, descreve a estrategia e os resultados obtidos pelo NCE na década de 70.
Outros relatos das atividades de pesquisa do NCE nos seus primeiros vinte anos, são dados pelo Prof Paulo Bianchi França[4] e Prof Tércio Pacitti[5]
Software e hardware
O primeiro projeto de desenvolvimento do NCE (à época ainda DCC), foi o COPPEFOR, um compilador FORTRAN residente que aumentou a velocidade de compilação dos programas doa usuários (alunos e professores da COPPE) em mais de 25 vezes quando comparado com o compilador fornecido pelo fabricante.
No computador IBM 1130, como em quase todos os outros computadores, quando se inicia o trabalho o computador carrega o compilador FORTRAN, compila o programa, carrega o programa objeto e aí o executa. A ideia foi deixar o compilador residente na memória que ia lendo os cartões , compilando e executando sem perder tempo, daí o grande aumento de velocidade. A concepção desse compilador residente foi do coordenador do DCC Denis França Leite e implementada pelo Pedro Salenbauch.
O primeiro projeto de hardware desenvolvido no NCE foi o PPF - Processador de ponto flutuante em 1973. O PPF que se interliga diretamente a UCP do IBM 1130, marcou o inicio de projetos nacionais na area de hardware. Financiado pelo BNDES, o PPF foi repassado a empresa Microlab que o industrializou em 1974.
Na área de Microeletrônica, a atuação do NCE teve início em 1981, com objetivos bem definidos de formação de mão-de-obra, criação de um laboratório de projetos de sistemas digitais e desenvolvimento completo de circuitos VLSI. O NCE firmou com a Universidade Autônoma de Puebla, no México, um Convênio de Cooperação Tecnológica que visava a fabricação de um microprocessador naquele país, a partir de ferramentas de software criadas no NCE. Na época foi fabricado o protótipo do microprocessador didático BRAMEX/1, com barramento de 8 bits usando tecnologia CMOS.[6]
Referências
↑CHRONOS Revista Cultural da UNIRIO. N°5 ano 2 ,2009.
↑Concepção e uso em produção dos protótipos do Núcleo de Computação Eletrônica/UFRJ na década de 1970. Ivan da Costa Marques. Publicado como capitulo 10 em: Aguirre e R. Carnota (ed.) Historia da Informatica en Latinoamerica y el Caribe: Investigaciones y testimonios. Rio Cuarto, Argentina: Universidad de Rio Cuarto, 2009.
↑Construindo o Futuro atraves da Educação, Tercio Pacitti, ed Thomson 2002
↑Pedroza et Alii. «Projeto e fabrigação de um microprocessador de oito bits com tecnologia latino-americana». Anais do Congresso da Sociedade Brasileira de Microeletrônica, 1987[vago]