O enredo gira em torno do célebre romance, e das suas trágicas consequências, entre D. Pedro I de Portugal, então ainda infante, e D. Inês de Castro, a "Colo de Garça", nobre galega da conhecida linhagem dos Castros. O ponto de partida é o ano de 1359, no Castelo de Santarém, onde dois conselheiros de D. Pedro aguardam com sombria ansiedade a chegada de dois prisioneiros, estando o rei à caça ali perto. Os tão esperados prisioneiros, não são outros que Pêro Coelho e o meirinho-morÁlvaro Gonçalves, dois dos assassinos de Inês. Um terceiro, Diogo Lopes Pacheco, conseguira fugir e refugiara-se em França. O rei, ainda infante, havia dado a sua palavra de honra de que nada lhes aconteceria, mas agora, cego pela vontade de vingar o sangue da Castro, que amara como a ninguém, quebra o juramento e manda-os vir, de conluio com o rei castelhano, debaixo de ferros, desde o seu refúgio em Castela até Santarém. Daqui em diante, ao longo das suas páginas, Inês de Portugal vai reconstruindo toda a trama romântica entre os dois amantes, a conspiração que pôs fim à vida de Inês, e finalmente o trágico e bizarro desfecho.