A Igreja Católica na Espanha faz parte da Igreja Católica Romana, sob a liderança espiritual do papa em Roma e da Santa Sé. O catolicismo é a religião de maior expressão na Espanha, com cerca de três quartos da população a se declararem seguidores.[1]
A Constituição espanhola de 1978 estabelece o Estado aconfessional, desde que as autoridades públicas levem em conta as crenças religiosas da sociedade, mantendo relações de cooperação com a Igreja Católica e com outras confissões.[3] Desse modo, as relações entre o Estado espanhol e a Santa Sé são regularizadas pelo Acordo de 1976 e os três acordos 1979, que modificaram e substituíram a Concordata de 1953.[4][5]
Agora, porém, não tendo mais campo para meu trabalho nestas regiões e desejando há muitos anos chegar a vós, irei quando for para a Espanha. Espero ver-vos na minha passagem e ser por vós encaminhado para lá, depois de ter saboreado um pouco a alegria de vossa presença. Mas agora vou a Jerusalém a serviço dos santos. A Macedônia e a Acaia houve por bem participar de alguma forma das necessidades dos santos de Jerusalém que estão na pobreza. Houve por bem, é verdade, mas eles lhes eram devedores: porque se as nações participaram dos seus bens espirituais, devem, por sua vez, servi-los nas coisas temporais. Quando, pois tiver resolvido este encargo e tiver entregue oficialmente o fruto da coleta, passarei por vós a caminho da Espanha.
No início do século IV, ocorreu em Ilíberis, uma cidade perto da atual cidade de Granada, o Concílio de Elvira, o mais antigo dos quais as atas ainda estão conservadas. Compareceram 19 bispos e 24 presbíteros para lidar com questões de natureza disciplinar, de modo que, naquela época, a Igreja já representava uma força social próspera e tinha uma estrutura bem organizada na península, organizada em dioceses, que tinham sede nas principais cidades.[10][11][12]
Depois de ser declarada a religião oficial do Império Romano em seu último século, o cristianismo sofreu as dificuldades de uma Idade Média prolongada, e começou a experimentar a segregação entre o arianismo, trazido pelos invasores bárbaros, e o catolicismo dos hispano-romanos (até a conversão do Rei dos visigodos, Recaredo I, em 586). O período visigodo-católico foi um momento de grande florescimento da Igreja na Espanha, em que foram realizadas dezenas de concílios, entre eles os Concílios de Toledo,[7][13] e destacou uma série de personagens como Isidoro de Sevilha, Bráulio de Saragoça e Ildefonso de Toledo, entre muitos outros.[7] Nos últimos séculos da Idade Média a Espanha testemunhou tanto a tolerância social quanto as tentativas de erradicação entre as religiões alternadamente dominantes, marcadas por confrontos entre o cristianismo e o islamismo, primeiro na conquista muçulmana da Península Ibérica, e mais tarde na Reconquista, quando os cristãos recuperaram seu território.
A conformação dos reinos que acabaram se unindo na Monarquia Católica do Antigo Regime, foi feita em grande parte através da construção de uma personalidade fortemente religiosa, representativa do domínio social do grupo que se identificava com o conceito etnicamente excludente do cristão-velho, e que levou àquilo que pode ser chamado de "política máxima religiosa" de Reis Católicos,[14] incluindo a criação da Inquisição espanhola, expulsão dos judeus, conversão forçada dos mouros, também com uma grande reforma institucional do clero, a cargo de Francisco Jiménez de Cisneros, conhecido como Cardeal Cisneros.
A Igreja espanhola da Idade Moderna, viveu um período em que, juntamente com a Idade Média, desempenhava grande atuação civil,[15] trabalhando a favor da monarquia e pouco acessível às ideias provenientes da Reforma Protestante, e por isso, não gerou conflitos religiosos da Espanha comparáveis aos ocorridos na França, Inglaterra, Alemanha e Hungria na mesma época. A Espanha, garantiu o consenso interno em questões religiosas, graças à forte presença social da Igreja Católica. Os reis da Casa de Habsburgo diziam defender em seus conflitos externos na Europa, no Mediterrâneo e, nas colônias americanas, a evangelização dos povos.
A igreja espanhola durante o Antigo Regime era uma instituição fundamental para a manutenção do antigo regime social da Espanha Moderna. De acordo com estudos realizados por Virgilio Pinto[17] ficou evidente que a Igreja Católica da Espanha foi uma das instituições com maior poder social e econômico em toda a Europa. Ao discutir as relações da Igreja Católica com a monarquia da Espanha, dois conceitos são importantes: a religiosidade e a Igreja como uma instituição sujeita aos interesses da Coroa e do próprio Vaticano. No século XVIII, começou-se o debate do jansenismo e do regalismo. Nesse sentido, vemos o debate se a Igreja da Espanha foi controlada pela Coroa. Nos tempos do rei Carlos III, ele assim o queria, adotando uma postura persecutória e ditatorial conta a Igreja. Há duas razões fundamentais: o primeiro foi a ambição do Estado para controlar a Igreja, uma instituição que exerce controle efetivo sobre a ideologia do povo e um desejo de uso da igreja por uma elite ministros voltairianos que atacavam a boa vontade do rei. A segunda teoria é que o estado queria reformas para a Igreja, acusando-a de "corrupta e de desequilibrada".
Além disso, a Igreja espanhola[18] no século XVIII apresentou consideráveis problemas internos. Foi uma das igrejas que mais rapidamente adotaram as premissas estabelecidas no Concílio de Trento. Um dos principais problemas foi o grande aumento do clero na era moderna, mas especialmente do clero regular, embora nesse mesmo século o número tenha voltado a estacionar. Mas, como diz Pinto,[19] resultou num clero mal distribuído, devido ao grande número de sacerdotes. Em primeiro lugar, vemos uma desigualdade importante, em 1747, dos 165.663 sacerdotes da Espanha, quase 130.000 estavam em Castela e apenas 38.234 em Aragão. No final do século XVIII, o número era de 182.564 sacerdotes, mas havia diminuído em relação ao ano de 1768, quando havia 191.101. Além disso, houve uma enorme desigualdade entre os sacerdotes regulares e seculares. Esses problemas internos da Igreja também ocorreram nas esferas econômica e profissional. Um exemplo é o estudo do clero na cidade de Madri durante o século XVIII, onde vemos a enorme desigualdade social que existia. Em um ato de perseguição religiosa, Carlos III proibiu a entrada de sacerdotes na cidade e instituiu um tribunal para evitar que os sacerdotes caminhassem pelas ruas. Como muitos deles chegavam à capital sem recursos, acabavam sendo enviados de volta ou até mesmo a hospícios. O rei perseguidor também fez reformas profundas para evitar que a religiosidade se tornasse dogma e também para limitar seu impacto social, por pensar (erroneamente) que ela era um elemento que tornou a sociedade espanhola economicamente improdutiva.
Após o Concílio Vaticano II, a hierarquia católica aparece dividida entre uma orientação conservadora e outra progressista, para a qual as comunidades de base cristãs chegam ao censenso de oposição ao franquismo. Encabeçando esta ruptura com o regime, estava o cardeal Vicente Enrique e Tarancón, presidente da Conferência Episcopal Espanhola, e cuja nomeação foi um ponto de de conflito nas relações entre a Igreja Católica e o franquismo.[20][21]
A Transição Espanhola trouxe, por meio da Constituição de 1978, o Estado aconfessional e a liberdade religiosa completa, que também reconhece o estatuto privilegiado da Igreja Católica.[3] As consequentes relações de cooperação relacionadas ao financiamento e à educação deram origem, já em democracia, a alguns confrontos com mobilizações. Outras questões que se dividem a Conferência Episcopal Espanhola de governos sucessivos foram questões relacionadas à moral, como divórcio, aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo, os quais a fé católica rejeita.[22][23]
A recente incorporação à sociedade espanhola de numerosos contingentes de imigrantes expandiu a presença de confissões cristãs não católicas, além do aumento desordenado da população muçulmana. Todavia, o maior desafio da Igreja Católica na Espanha é a secularização da sociedade[24] e o crescimento de adeptos do franquismo. No entanto, a permanência de manifestações tradicionais da religiosidade popular, responsáveis pela existência da identidade local de praticamente todas as cidades e regiões espanholas e novas instituições com presença social decisiva (Caritas, faculdades religiosas, meios de comunicação como a COPE, etc.) continuam a fazer da Igreja Católica uma importante referência ideológica e social em toda a Espanha.
A Igreja Católica tem 14 províncias eclesiásticas que cobrem toda o território espanhol. Estas são divididas por sua vez em dioceses, sob o governo pastoral de um bispo,[1][25] sendo uma delas a arquidiocese (cujo bispo recebe o título de arcebispo ou bispo metropolitano, e cada província toma o nome da arquidiocese e seu arcebispo e preside o resto das dioceses sufragâneas.[26]
A Conferência Episcopal Espanhola é uma instituição permanente composta por todos os bispos da Espanha com o objetivo de exercer conjuntamente algumas funções pastorais. Cada diocese é autônoma, de modo que a Conferência Episcopal não é, em nenhum caso, uma "grande diocese" que abrange os outros, mas uma assembleia de todos os bispos diocesanos.[2][28]
Número de fiéis e prática religiosa
Prática do catolicismo na Espanha (68,8% da população).[29]
Vão à missa várias vezes por semana (1.8%)
Vão a quase todos os domingos e festas (14.3%)
Vão algumas vezes ao mês (8.2%)
Vão várias vezes ao ano (15.2%)
Quase nunca (58.9%)
Não responderam (1.6%)
De acordo com os registros das atividades da Igreja de 2012, na Espanha existem 34.496.250 batizados, que representam 73% da população. Eles estão organizados em aproximadamente 70 dioceses e arquidioceses.[30]
Em janeiro de 2017, o Centro de Pesquisa Sociológica publicou uma pesquisa feita com 2.490 adultos residentes na Espanha. De acordo com esta pesquisa, 69,8% dos inquiridos se definiram como "católicos". Por outro lado, para a questão da participação aos ritos (católicos ou não), sem considrear as ocasiões sociais (casamentos, primeiras comunhões), 58,9% disseram que não vão "quase nunca", 15,2% vão "várias vezes" ao ano ", 8,2% participaram várias vezes ao mês, e 14,3%" quase todos os fins de semana e feriados ". 1,8% disseram que vão "várias vezes por semana".[32]
De acordo com dados do Eurobarômetro de 2008, outra fonte independente, apenas 3% dos espanhóis consideravam a religião como um dos seus três valores mais importantes, enquanto a média europeia é de 7%.[35]
Evolução do sentimento religioso na Espanha - CIS[36]
Esta página contém um gráfico que utiliza a extensão <graph>. A extensão está temporariamente indisponível e será reativada quando possível. Para mais informações, consulte o ticket T334940.
Católicos
Irreligiosos e ateus
Outras religiões
Números oficiais de sacerdotes, religiosos e seminaristas
De acordo com os registros do ano de 2014, publicados em junho de 2016 pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE),[37] A Espanha tinha: 18 813 sacerdotes.[38] O número total de sacerdotes tem oscilado nas últimas décadas. Houve redução por vários anos, passando de 24 300 em 1975 para 19 307 em 2005. Mais tarde, houve aumento nos sacerdotes, chegando a 24.778 no final de 2010.[39]
De acordo com esta mesma fonte, havia também na Espanha 918 mosteiros com 9 153 monges e monjas enclausurados, 8 672 freiras de vida apostólica e 57 531 religiosas. De acordo com os dados de 2017 da Confer – Conferências de Religiosos Espanhóis –, havia 1.279 pessoas na Espanha em formação religiosa: 935 temporárias (699 mulheres e 236 homens) e 344 noviciados (243 mulheres e 101 homens). O número de freiras reduziu em 6,9%, para 54.160 no período 2000-2005.[40] A diminuição dos religiosos foi observada nos anos seguintes; no final de 2011 eram 50.337.[39]
De acordo com os números oficiais da CEE,[41] Entraram para os seminários espanhóis 1.247 homens maiores durante o ano letivo de 2016–17. Quanto a esses números, também houve oscilações. Após alguns anos de declínio (entre 2006 e 2010), houve um aumento (em 2012), embora o número de 2006 aida não tenha sido recuperado. Para o ano letivo de 2006–2007, houve 1397 seminaristas maiores, enquanto no período 2012–2013 o número era 1307.[42]
No decurso do século XXI, o número de pessoas que residem em instituições coletivas de natureza religiosa caiu pela metade: conventos, seminários, mosteiros, abadias e estabelecimentos similares. Em 2001, havia 41 137 e em 2011 18 487 residentes, de acordo com os Censos de População e Habitação preparados pelo Instituto Nacional de Estatística, esta queda de 40% entre 2001 e 2011 ocorre após a queda de 30% registrada nos anos 90.[43]
Em 2014, dos 3.168 edifícios de interesse cultural da Igreja Católica da Espanha, 18 foram declarados Patrimônio Mundial pela Unesco e 78 catedrais. O turismo religioso, associado aos bens de interesse cultural, representa 2,17% do PIB espanhol, enquanto as festas religiosas contribuem com 0,95% do PIB.[44]
Na Espanha também há uma das principais rotas de peregrinação do cristianismo, o Caminho de Santiago, que nos últimos anos experimentou notável revitalização. Em 2012, por exemplo, cerca de 192.000 pessoas o visitaram.[45]
Financiamento
Em questões econômicas, a Igreja Católica não é uma entidade centralizada, mas as diferentes jurisdições, como dioceses, paróquias, fraternidades, associações dos fiéis, etc., são titulares de seu patrimônio e o administram de forma autônoma, obtendo os recursos estabelecidos no Direito Canônico e no Direito Civil.[46]
Fontes de financiamento
Na Espanha, a Igreja obtém seu financiamento através de diferentes maneiras:
Contribuições diretas dos fiéis: são a principal fonte de financiamento e representam 50% da renda. Isso inclui vários meios, como doação, coletas (que ocorrem nas celebrações litúrgicas e constituem a maneira usual de atrair recursos em muitas paróquias), assinaturas de periódicos por fiéis, heranças e legados, tarifas ou coletas extraordinárias (por uma causa específica como DOMUND, campanha contra a Fome, etc.).[47][48][49]
Dedução de impostos: Na Espanha, os cidadãos podem optar por transferir 0,7% do imposto sobre o rendimento da pessoa física ao apoio da Igreja Católica. Esse meio, que depende do número de pessoas que expressam sua disposição em contribuir com essa porcentagem de contribuição fiscal para a Igreja. Essa é a segunda maior fonte econômica da igreja, como 22% e 25% do financiamento total.[47][50][51]
Rendimentos do patrimônio eclesiástico: Cerca de 5% da receita vem dos rendimentos da herança econômica que a Igreja administra ao realizar obras apostólicas[47] Este patrimônio tem caráter permanente, já que pode ser alienado ou convertido em dinheiro.[49]
Outras fontes de financiamento: Corresponde aos 20% restantes do financiamento, provenientes da realização de atividades econômicas (manutenção de escolas, hospitais, livrarias, editoras, etc.) e a obtenção de subsídios através de conduções públicas de programas de assistência social ou restauração de patrimônio cultural, entre outras fontes.[47][49]
Regime fiscal
Os acordos sobre os assuntos econômicos de 1979 estabeleceram um regime fiscal concreto para a Igreja Católica, que permitiu a isenção de diferentes impostos. Este regime fiscal foi superado com a entrada em vigor da chamada "Lei de Patrocínio" de 2002, que estabeleceu um novo regime fiscal que é mais benéfico para organizações sem fins lucrativos, do qual a Igreja Católica pode gozar, assim como qualquer outra instituição religiosa que atenda aos requisitos estabelecidos por lei.[49][52][53]
Nos últimos anos, alguns grupos acusam a Igreja de ter tratamento privilegiado, sendo isenta de certos impostos, especialmente o Imposto sobre bens imóveis,[54] acusação que foi negada pela Igreja, que afirmou que recebe o mesmo tratamento que todas as entidades sem fins de lucro, para o qual a Lei de patrocínio aplica o mesmo regime tributário, nos quais, além das confissões religiosas, também se incluem fundações, Federações esportivas, ONGs, e associações.[55]
Nunciatura Apostólica
Foi fundada em 1528, e tem sede em Madri. O núncio apostólico é o representante do Papa perante a Igreja espanhola. Atualmente,[quando?] desempenha esse papel o arcebispo Renzo Fratini, desde 20 de agosto de 2009.
↑Brown, Raymond E (2002). Introducción al Nuevo Testamento (em espanhol). II. Cartas y otros escritos. [S.l.]: Editorial Trotta. p. 575. ISBN84-8164-539-7. Brown considera este punto como una de las "cuestiones pendientes", y señala los principales sustentos de esta teoría. «Unos treinta años después de la muerte de Pablo, la Primera epístola a Clemente 5,7 nos dice que el Apóstol "viajó hasta el extremo occidente" antes de dar testimonio ante las autoridades y morir. Al tratar de los Hechos el Fragmento muratoriano (¿hacia el 180?) hace referencia a noticias sobre la partida de Pablo desde Roma para España»
↑Bornkamm, Günther (2002). Pablo de Tarso. Barcelona: Ediciones Sígueme. p. 155. ISBN84-301-0775-4. Queda por comprobar si Pablo ha podido realmente llevar a cabo su plan de misionar en el extremo de occidente, en España, como supone la Primera carta de Clemente. Sólo se podría afirmar eso si se conjugara con los Hechos de los Apóstoles el hecho de que tras su primera prisión en Roma quedara de nuevo libre y más tarde hubiera sufrido un segundo y definitivo arresto. Pero esto es enteramente inverosímil, y ni siquiera se puede probar desde las cartas pastorales como frecuentemente se ha intentado. En realidad, la noticia de la Primera carta de Clemente, inspirada en Romanos 15,24s.28, se explicará pensando que Pablo efectivamente esperaba todavía (poder viajar a España)
↑Leonardi, Claudio; Riccardi, Andrea; Zarri, Gabriella (2000). Diccionario de los santos. II. [S.l.]: San Pablo. p. 1442. ISBN84-285-2259-6
↑Garcés i Estalló, Ignasi (1999). Historia antigua de Hispania. [S.l.]: Edicions Universitat Barcelona. p. 164. ISBN84-8338-107-9
↑Gran Enciclopedia Aragonesa. «Concilios visigodos». Consultado em 8 de fevereiro de 2014
↑Luis Suárez Fernández (2001), La doctrina del máximo religiosoArquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine., Instituto de Historia Eclesiástica Isabel la Católica, 2004, (Comisión Isabel la Católica del Obispado de Valladolid, Página oficial de la Comisión para la Causa de Canonización de la Reina Isabel la Católica).
↑Pinto Crespo, Virgilio (1988). Una reforma desde arriba: Iglesia y religiosidad. Equipo Madrid, Carlos III, Madrid, y la Ilustración. Madrid: Siglo XXI. pp. 155–188.
↑G. Bedoya, Juan (29 de dezembro de 2011). «Retorno al mito Tarancón». El País. Consultado em 16 de fevereiro de 2014
↑Teología y secularización en España. A los cuarenta años de la clausura del Concilio Vaticano II, Instrucción Pastoral de la Conferencia Episcopal, Madrid, 30 de marzo de 2006 [1]; recibida con polémica: Un documento terribleEl blog de 21RS, la revista cristiana de hoy
↑BOE (28 de dezembro de 2006). «Ley 42/2006, de 28 de diciembre, de Presupuestos Generales del Estado para el año 2007»(PDF). Consultado em 6 de dezembro de 2013. Uno. Con vigencia desde el 1 de enero de 2007 y con carácter indefinido, en desarrollo de lo previsto en el artículo II del Acuerdo entre el Estado Español y la Santa Sede sobre Asuntos Económicos, de 3 de enero de 1979, el Estado destinará al sostenimiento de la Iglesia Católica el 0,7 por 100 de la cuota íntegra del Impuesto sobre la Renta de las Personas Físicas correspondiente a los contribuyentes que manifiesten expresamente su voluntad en tal sentido.
Dos. A estos efectos, se entenderá por cuota íntegra del impuesto la formada por la suma de la cuota íntegra estatal y de la cuota íntegra autonómica o complementaria en los términos previstos en la Ley reguladora del Impuesto sobre la Renta de las Personas Físicas