A Igreja Católica na Itália é parte da Igreja Católica universal em comunhão com o Papa e com a Cúria Romana, com apoio da Conferência Episcopal Italiana. O papa também serve como Primaz da Itália. Além da Itália, duas outras nações soberanas estão incluídas nas dioceses baseadas na Itália: San Marino e o Vaticano. Existem 225 dioceses na Igreja Católica na Itália.
O Papa reside na Cidade do Vaticano, que é um enclave em Roma. Tendo sido um grande centro de peregrinação cristã desde o Império Romano, Roma é comumente considerada como a "casa" da Igreja Católica, uma vez que é onde São Pedro se estabeleceu, ministrou, serviu como bispo, e morreu.[2] Suas relíquias estão localizadas em Roma, juntamente com as de São Paulo, entre muitos outros santos do cristianismo primitivo.
O cristianismo chegou à Península Italiana no primeiro século, provavelmente por viajantes desconhecidos, comerciantes ou soldados. A Carta aos Romanos, de São Paulo, é dirigida e atesta a presença dos cristãos romanos no primeiro século. Os cristãos em Roma também estavam em contato com São Pedro e São Paulo, e ambos foram para lá em missão e eventualmente lá mesmo martirizados. Um dos primeiros bispos e papas italianos foi Clemente I que escreveu uma carta à comunidade cristã em Corinto (1 Clemente) por volta do ano 96 d.C.
Cerca de 80% da população italiana é católica, dos quais um terço são membros ativos da igreja.[3] A Itália tem 225 dioceses e arquidioceses, mais do que qualquer outro país do mundo, com exceção do Brasil. O país também tem o maior número de paróquias (25.694), religiosas (102.089) e religiosos(23.719), e sacerdotes (44.906), incluindo seculares (isto é sacerdotes diocesanos).
Os bispos da Itália compõem a Conferência Episcopal Italiana como um órgão colaborativo para executar certas funções conjuntas especificadas pelo Direito Canônico. Diferentemente da maioria das conferências episcopais, o presidente da conferência italiana é nomeado pelo papa, devido à sua função como primaz da Itália. Desde 2017, o presidente da conferência episcopal é o cardeal Gualtiero Bassetti.
O Primaz da Itália é o Bispo de Roma, que também é o líder ex officio de toda a Igreja Católica. O núncio apostólico é o representante da Santa Sé na Itália, e também em San Marino.
A Igreja Católica Italiana é financiada em parte pelas doações dos fiéis e em parte pelo Estado Italiano.
A maior parte do financiamento vem do mecanismo oito por mil, correspondendo a cerca de 940 milhões de euros no ano de 2004.
Todas as denominações religiosas que assinaram acordos com o Estado, porém, a Igreja Católica goza de certos benefícios fiscais: edifícios utilizados para fins religiosos são isentos do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) e de impostos territoriais. Além disso, o decreto fiscal, ligado à Lei das Finanças de 2006 a isenção do imposto de propriedade local para todas as propriedades pertencentes a confissões religiosas que firmaram acordos com o Estado, independentemente de natureza comercial (anteriormente a isenção relacionada exclusivamente aos edifícios utilizados para fins religiosos). A quantidade desta isenção foi estimada pela Associação Nacional das Comunidades Italianas em 600 a 700 milhões de euros e pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) em mais de 1 bilhão de euros.
Além disso, existem outras fontes de financiamento e isenções fiscais de vários tipos:
Dedutibilidade de cerca de 1000 euros (no máximo) por declaração de renda
A Santa Sé e o Estado italiano estabeleceram relações diplomáticas em 24 de junho de 1929 após a assinatura do Tratado de Latrão, que pôs fim à Questão Romana e levou ao reconhecimento mútuo dos dois estados.[5]