Do tupiybyrá (árvore) + pûer (velho) + o sufixo -a, formando o que na gramática do tupi é conhecido como uma composição atributiva. O -a ao final é o sufixo substantivador, e não faz parte do adjetivo pûer.
Ibirapuera na língua tupi (ybyrá + pûer + -a) significa "árvores velhas"[1].
Era uma região alagadiça, que fora parte de uma aldeia indígena na época da colonização. No século XIX predominavam chácaras e pastagens na área, assim como nos futuros bairros vizinhos.
A primeira edificação da região foi construída em 1822, sendo uma sede de fazenda. Essas propriedades rurais perduraram até o ano de 1922, quando houve um loteamento da região, tornando-a urbana. O desenvolvimento do bairro ocorreu na década de 1940, quando houve a construção da Avenida Santo Amaro, em substituição à antiga estrada de rodagem que ligava o então município Santo Amaro à cidade de São Paulo.[2]
O nome Ibirapuera é usado pelo subdistrito formado em 1935, quando o município de Santo Amaro foi incorporado. Compreendia o distrito policial do Brooklin. Originalmente se estendia do Morumbi ao Jabaquara. Em 1964 foi criado o subdistrito do Jabaquara, que se formou com parte do subdistrito da Saúde e parte do subdistrito do Ibirapuera. Em 1991, houve a nova divisão da cidade em distritos. Permaneceu a divisão anterior nos cartórios de registro civil. O subdistrito do Ibirapuera se estende desde o Real Parque e a Fazenda Morumbi no Morumbi, incluindo o Brooklin e o Campo Belo, até parte da Vila Guarani e do Parque Jabaquara, no Jabaquara.[2]
O uso residencial está restrito a algumas quadras do bairro, onde destacam-se edifícios de alto-padrão, sendo uma "Zona de Valor A", classificação do CRECI, tal como: Real Parque, Jardim América e Perdizes.[3] Estes edifícios concentram-se nas proximidades das ruas: Curitiba, Joinville, Tumiaru e Pirapora.
Villaça, Flávio (1998). Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel. pp. 107–108
Ponciano, Levino (2001). Bairros paulistanos de A a Z. São Paulo: SENAC. pp. 107–108. ISBN8573592230
ROBRAHN-GONZÁLEZ, Erika Marion (2010). Contexto Histórico do Bairro do Ibirapuera, SP Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural ed. São Paulo: Prefeitura de São Paulo. pp. 1–25
PRADO, João F. de Almeida (2005). A história e a formação do bairro do Ibirapuera em São Paulo Revista de História Paulistana, v. 8, n. 2 ed. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura. pp. 45–60
CALÓGERAS, João Pandiá (2008). O bairro do Ibirapuera: história e urbanização Revista Arquivo Histórico Municipal, v. 12, n. 3 ed. São Paulo: Prefeitura de São Paulo. pp. 33–50
SILVA, Mariana Almeida (2016). A geografia do bairro do Ibirapuera: um estudo sobre urbanização e lazer Revista Estudos Paulistanos, v. 15, n. 1 ed. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie. pp. 22–40
ZUNINO, Hugo (2017). O Parque Ibirapuera e seu entorno: história e geografia de um bairro icônico Revista Scripta Nova, v. 20, n. 518 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo. pp. 1–20