Durante essa época, Hodierna encontrava-se em conflito com Raimundo II de Trípoli, que se ressentia do seu carácter independente e pretendia que a esposa se mantivesse em reclusão. Havia inclusivamente rumores de que a sua filha Melisenda de Trípoli (baptizada com o prenome da rainha de Jerusalém) era filha de uma sua relação adúltera. Melisenda de Jerusalém e Balduíno III tiveram de intervir politicamente em Trípoli em 1152. Hodierna e Raimundo concordaram em reconciliar-se, mas foi decidido que a condessa deveria voltar a Jerusalém com a irmã por um curto período de tempo. Mas pouco depois de saírem de Trípoli, Raimundo foi morto pela Ordem dos Assassinos.
Hodierna voltou imediatamente aos seus domínios para assumir a regência do condado em nome do seu filho Raimundo III, ainda uma criança. Balduíno III garantiu o apoio dos nobres do condado e Hodierna concordou em ceder o castelo de Tartous aos Cavaleiros Templários, para se defenderem dos ataques de Noradine, que invadira estas terras ao tomar conhecimento da morte de Raimundo II.
A condessa de Trípoli permaneceu ao lado da rainha Melisenda quando esta morreu em 1161. Balduíno III de Jerusalém, agora sem a influência da sua mãe, tomou o controlo pessoal de Nablus, trocado pelo Senhorio da Transjordânia com Filipe de Milly. Hodierna concordou com esta transacção em nome da sua filha Melisenda, que deveria se casar com o imperador bizantinoManuel I Comneno. O acordo matrimonial parecia confirmado e a jovem Melisenda foi até referida como a futura imperatriz. No entanto, quando Manuel soube da sua suposta ilegitimidade, casou-se com Maria de Antioquia.
Hodierna morreu em data desconhecida, provavelmente na década de 1160.
Lenda
Segundo a Vida do trovadorJaufré Rudel de Blaye, a lenda da beleza de Hodierna trazida à França por peregrinos, inspirou-lhe canções de amor de lonh (amor distante). Segundo a história, o trovador participou da Segunda Cruzada para a poder ver, mas adoeceu e foi levado moribundo para terra. Conta-se que, ao saber disto, Hodierna saíu do seu castelo e Rudel morreu nos seus braços.
Esta história romântica mas improvável parece derivar da natureza enigmática dos versos de Rudel e da sua suposta morte na cruzada. Edmond Rostand usou esta lenda como base para o seu drama em verso La Princesse Lointaine (1895), mas trocou a personagem feminina Hodierna pela sua filha Melisenda de Trípoli.