A princípio denominadas guerras civis, ao fracassar o golpe de Estado de 18 de Julho de 1936 contra a Segunda República e ao começar uma nova guerra civil bem mais violenta e destrutiva que as anteriores, adoptou-se o conceito de guerras carlistas e reservar Guerra Civil para a sucedida entre 1936 e 1939.
A Segunda Guerra Carlista ou Guerra dos Matiners (em português, madrugadores, referência a que as batalhas fustigavam as tropas nas primeiras horas da manhã) teve lugar fundamentalmente na Catalunha entre Setembro de 1846 e Maio de 1849 devido, pelo menos teoricamente, ao fracasso das tentativas de casar Isabel II com o pretendente carlista, Carlos Luis de Borbón, que tinha sido pretendido por diferentes sectores. No entanto, Isabel II acabou por se casar com o seu primo Francisco de Assis de Borbón.
O pretendente, que há meses preparava a insurreição a partir do exílio, estabeleceu o dia 21 de Abril de 1872 como a data para o começo da sublevação.
Esta guerra carlista desenvolveu-se sobretudo no País Basco e Navarra. A restauração dos Foros pelo pretendente em Julho de 1872, abolidos pelos decretos da Nova Planta por Felipe V, influiu na força do levantamento na Catalunha e em menor medida no de Valência e Aragão e alguns apoiantes pouco activos na Andaluzia, bem como no resto do território peninsular, especialmente em áreas montanhosas onde praticavam o banditismo ante a sua marginalidade e escassa eficácia em estabelecer um vínculo com o povo que facilitasse a sua actividade guerrilheira.