O Forte Marechal Luz localiza-se na ponta de João Dias (morro do Alemão), na barra Norte de acesso a São Francisco do Sul, no litoral Norte do estado de Santa Catarina, no Brasil.
Seu nome é uma homenagem ao Marechal Francisco Carlos da Luz (1830-1906), militar da época imperial e início da República.
A atual fortificação foi erguida, a partir de 1909, sobre o local da primitiva bateria, com a mesma função de defesa do ancoradouro. As suas obras foram desenvolvidas sob a direção do tenente Alberto Eduardo Becker e foi artilhada com dois canhões Armstrong QF 4.7 inch Gun[1] de 120mm e dois Armstrong BL 6 inch Gun[2] de 152mm, datados de 1893 nas cunhas, sobre reparos navais. Estas peças eram oriundas do Cruzador Benjamin Constant, da Marinha do Brasil.[3]
BARRETTO refere ainda que, em 1958 encontrava-se artilhado pelos dois Armstrong 120 mm C/40, os dois Armstrong 152 mm C/41 anteriormente referidos, e oito canhões Vickers 152 mm, e guarnecido pela 1ª Bateria do 5º GACosM (op. cit., p. 279).
Atualmente esta bateria é palco da cerimônia de troca da Bandeira nacional, todos os Sábados às 08:00 h, efetuada pela guarnição de serviço em uniformes de época, quando é feito o disparo de uma salva de canhão. A visita às instalações do forte para este evento deve ser marcada com antecedência, com o Departamento de Comunicação Social da unidade.
Características
Esta Bateria de Artilharia de Costa, artilhada com quatro canhões, apresenta planta semelhante à do Forte Marechal Hermes, em Macaé, no litoral do Rio de Janeiro, que lhe é contemporânea.
Situação atual e visitação
Após a desativação final em 1976, as instalações destinadas aos alojamentos de soldados e oficiais foram convertidas em uma colônia de férias para as forças armadas. Atualmente (2014) os alojamentos e salão de eventos também podem ser alugadas pela população em geral, sendo que o Forte se converteu em importante atrativo turístico da Ilha de São Francisco do Sul, especialmente durante a temporada de verão.
A visitação à antiga fortificação no alto do morro é aberta ao público durante o ano todo, sete dias por semana, mas somente durante o dia. É cobrada apenas uma pequena taxa de entrada. O acesso ao alto do morro é feito por uma estrada em boas condições, com bom tempo pode ser transitada por veículos de passeio.
Há além dos antigos canhões um pequeno museu militar no alto do morro. Este museu conta com inúmeras peças e fotos ligadas à história do lugar.
↑Conforme notas do Major Álvaro C. Pereira, que serviu na fortificação na década de 1920.
↑Nota Ministerial n° 1.731 de 24 de dezembro de 1915.
Bibliografia
BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368p.
GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
SOUZA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.