A nova duquesa, mãe de Isabel, faz um desvio por Versalhes, a fim de visitar o seu pai, o rei Luís XV da França, assegurando-se do seu apoio político. Luísa Isabel consegue arranjar casamentos favoráveis e bem-sucedidos para suas duas filhas, a mais velha Isabel de Parma com o futuro imperador do Sacro Império Romano-Germânico e a filha mais nova Maria Luísa de Parma com o jovem Duque de Borgonha, futuro rei da França (casamento que não se veio a concretizar por morte do jovem duque).
Sob a influência de sua mãe, Fernando foi educado pelo abade Étienne Bonnot de Condillac e por Auguste de Keralio, ambos eram fortes apoiadores das idéias iluministas francesas, mas não necessariamente bons tutores.
O duque de Choiseul, secretário de estado de Luís XV, propôs a princesa Matilde de Orleães, uma noiva particularmente rica, mas a Espanha logo repudia a proposta. Pela sua parte, o imperador romano-germânicoJosé II (viúvo de Isabel de Parma, irmã mais velha de Fernando) calculou que se o ducado permanecesse sem herdeiro, conseguiria reintegrá-lo nas possessões austríacas.
Em 21 de junho de 1769, Fernando, com 18 anos, pediu oficialmente a mão de Maria Amália, com 23 anos. Obtida a necessária dispensa papal em virtude do próximo grau de parentesco, o casamento é celebrado em Viena por procuração em 27 de junho de 1769. Maria Amália deixou a Áustria no dia 1 de julho de 1769 chegando a Mântua em 16 de julho, acompanhada de seu irmão o imperador José II. Fernando foi ao seu encontro e no decurso de uma cerimônia, o bispo confirmou o casamento em 19 de julho no Palácio Ducal de Colorno, seguindo-se festas espetaculares. O casal ducal chegou a Parma na manhã do dia 24.
Reinado
Fernando I
Desde 1759 que o ducado foi governando por Guillaume Du Tillot, o ministro instalado pela França. Tal como outras monarquias católicas (Portugal, França e Espanha), Fernando expulsou os jesuítas mas dada a sua extrema religiosidade, resistiu até 1768.
À sua chegada, Maria Amália pretendeu substituir a anterior influência franco-espanhola pela da sua terra natal, opondo-se frontalmente ao primeiro-ministro. Apesar da oposição da França, da Espanha e até da Áustria, este é substituído por um novo ministro, o espanhol José Augustin de Llano, fortemente empenhado em melhorar a situação financeira do ducado, dada a vida desordenada do casal ducal. Mal acolhido, o ministro espanhol foi demitido (1772), o que provocou um breve corte de relações entre as três potências e Parma. A reconciliação tem lugar alguns meses mais tarde aquando do nascimento do príncipe herdeiro.
Com as alterações trazidas pela Revolução Francesa e a execução dos seus cunhados, os reis de França, de quem Maria Amália era próxima, fazem dos duques de Parma inimigos irredutíveis dos revolucionários.
Apesar de Fernando se declarar neutral, assinou um pacto secreto com a Áustria, em 13 de maio de 1794.
En 1796, Napoleão Bonaparte, a quem fora designado o exército de Itália, ocupou Placência, Parma e, por fim, Milão. São impostas fortes contribuições e o ducado passou a permitir a passagem das tropas estrangeiras.
Fernando morreu em Parma com a idade de 51 anos, suspeitando-se sue tenha sido envenenado embora as autoridades francesas atribuam as causas da morte a outras razões. No leito da morte, ele designa o seu filho Luís (que se encontrava em Espanha) como sucessor, nomeando um conselho de regência presidido pela sua mulher Maria Amália, que se opunha firmemente aos termos do Tratado de Aranjuez, no que respeitava ao seu ducado. A regência durou apenas alguns dias e o Ducado de Parma foi anexado à França.