A data de nascimento de Estêvão é incerta. Encontra-se documentado desde 1265 na documentacão medievais. Corria o ano de 1272 participou juntamente com o infante Felipe de Castela e outros ricos-homens, na revolta nobiliárquica contra o rei Afonso Xo Sábio. Antes que a rebelião estalasse começou a manifestar-se os desacatos de alguns ricos-homens, entre os quais se encontrava o infante Felipe, Manifestaram-se junto da pessoa do rei, ao negarem-se a socorrer a cidade de Sevilha com as suas tropas a fim de dar socorro a Fernando de La Cerda, que se encontrava em combate com os muçulmanos. O rei de Granada, assim como o sultão dos merínidas, encontraram-se implicados nesta conjuntura que procurava desacreditar e desabilitar o soberano castelhano.[1]
Na Cortes de Burgos ocorridas em 1272 o rei Afonso X de Leão “o Sábio”, tentou negociar com os nobres e autorizou o matrimónio de Estevão Fernandes de Castro com Aldonça Rodrigues de Leão, filha de Rodrigo Afonso de Leão e neta do rei Afonso IX, e que era prima do próprio rei.
Depois das Cortes de Burgos e de parecer que o soberano alcançar um acordo com os nobres sublevados, romperam-se as negociações e os nobres sublevados contra o rei de Castela, entre os quais se encontrava Estêvão Fernandes de Castro, partiram para o Reino de Granada, onde foram acolhidos com todas as honras pelo rei de Granada Maomé I, onde depois precederam à elaboração de um acordo em Sabiote em que os nobres presentes se comprometiam com o soberano de Granada a prestar ajuda mutua contra qualquer ataque por parte do rei Afonso X de Castela, até que este rei aceita-se as suas exigências.
Antes de se dirigirme para Granada, os nobres em revolta saquearam o territorio castelhano, roubando gado e devastando alguns territórios, isto apesar do rei lhes enviar mensageiros, levando cartas em que lhes recordava os favores que tinham recebido do rei, assim como a traição ao não cumprirem os compromissos como vassalos do rei castelhano.[2] Nos finais de 1272, o rei Afonso X teve conhecimento de que o seu irmão, infante Felipe, negociava secretamente com o Rei de Navarra a fim de que este se envolvese numa guerra contra o Reino de Castela e Leão.
Entre os envolvidos nas negociações com o rei de Navarra estava Estêvão Fernandes de Castro, que reprovava ao rei Afonso o facto de este não lhe entregar a sua esposa, Aldonça Rodrigues de Leão, que se encontrava retida pelo rei, e reclamava o cargo de Adiantado maior de Galiza, que tinha desempenhado desde 1266.[3]
Nos inícios de 1273 encontrando-se na cidade de Toledo, o rei Afonso o Sábio reiniciou as negociações com os nobres e sublevados e acedeu à maioria das suas pretensões, entre as quais se contava a que fazia Estêvão Fernandes de Castro, que reclamava os 3000 maravedis de salários de Martim Afonso de Leão, filho ilegítimo de Afonso IX.
Em 1273 foi extinto o cargo de Adiantado maior da Galiza, que era desempenhado por Estêvão Fernandes de Castro, que em 1276 foi nomeado Pertiguero maior de Santiago e, dois anos depois, meirinho-mor da Galicia.[4]
Em 1282, Estêvão Fernandes de Castro, que durante a Guerra Civil Castelhana deu o seu apoio aos companheiros do Sancho IV "o Bravo”, que lutava contra o seu pai o rei Afonso o Sábio, foi recompensado pelo infante Sancho, o qual lhe fez a entrega das rentas provenientes dos arrendamentos por três anos das terças dos Bispados de Zamora, Salamanca, Ciudad Rodrigo e Coria.[3]
Faleceu depois de junho 1291, ano em que faz um contrato de compromisso, em nome do seu filho Fernando, a favor de Violante.[a]
Relações familiares
Casou em 1265 com Aldonça Rodrigues de Leão, filha de Rodrigo Afonso de Leão, senhor de Aliger e de Inês Rodrigues de Cabrera, de quem teve:
[a]^ em 18 de junho de 1291(Mosteiro Femenino de Sancti Spíritus de Salamanca, documento 36): Carta de arras dada por Estêvão Fernandes de Castro em nome de seu filho Fernando Rodrigues de Castro a Violante, filha do rei Sancho IV de Castilla e María Afonso de Ucero, que consistiam em "o meu castelo de Villa Martín que foy de don Rodrigo Ferrandes de Valdorna, avoe de dona Aldonza Rodríguez, mia moller que foy", mais terras em Santiago de Compostela e em Toronho, i.e., Coto d'Arcos de Condesa, coto de Salcedo, e outras propriedades.
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