Elísio João Gabardo (Curitiba, 1 de julho de 1911 — Curitiba,18 de março de 1969), também conhecido como Eliseu[1][2], foi um futebolista ítalo-brasileiro que atuava como atacante.[3]
É irmão mais velho de outros ex-futebolistas: Idilio Gabardo, conhecido também com Gabardinho; Dibailo Gabardo e Hemenegildo Gabardo.[3]
Carreira
Elísio foi destaque do Palestra Itália de Curitiba, sendo campeão paranaense pelo clube.[3]
Em 1933, chegou ao Palmeiras.[3] Sua estreia aconteceu em 5 de março em um amistoso disputado em Jundiaí contra o Paulista, onde a partida foi interrompida ainda no primeiro tempo devido a uma briga envolvendo a torcida.[3] Marcou seu primeiro gol pelo clube em 9 de abril, contra o Ypiranga-SP.[3] Em 5 de novembro do mesmo ano, participou da maior goleada da história sobre o Corinthians, um 8x0 no Estádio Palestra Italia, no qual marcou o 4º gol da partida.[4][5][6][7]
Pelo Verdão, foi bicampeão paulista[8], vencendo, inclusive, o primeiro estadual da era profissional, em 1933[9].[3] Sua última partida no clube foi um 2x2 São Paulo da Floresta, em 10 de março de 1935.[3] Ao todo, atuou em 50 jogos (36 vitórias, 7 empates, 7 derrotas) e marcou 27 gols.[3]
Ainda em 1935, teve uma passagem pelo Fluminense, onde fez sete jogos entre junho e agosto e ganhou o Torneio Aberto.
Em 1935, com Vicente Arnoni, trocaram o Palmeiras[10] pelo Milan[11], tornando-se os primeiros brasileiros a vestirem rossonero.[1][12][13][14] Gabardo permaneceu no Milan durante três temporadas, onde esteve frequentemente em campo, marcando 9 gols em 62 jogos.
No verão de 1938 foi vendido para a Ligúria, um dos nomes da Sampdoria[15][16] antes de sua fusão. Em Gênova, ao lado de Angelo Bollano, foi o protagonista do "milagre da Ligúria" que na temporada 1938-1939 conquistou o título de campeão de inverno, para depois ceder à distância, terminando na quinta colocação. Durante esta temporada, graças ao seu status de nativo, disputou uma partida pela Seleção Italiana[17][18][19] B contra uma Seleção do Sudeste da França.
No segundo semestre de 1939, fechou com o Genoa[20] e foi primeiro jogador nascido no Brasil a ter passado pelos grifoni.[2] Devido a alguns problemas físicos, não conseguiu entrar em campo com regularidade, marcando 13 gols em 29 partidas disputadas e no verão de 1941 ele deixou Gênova.
Em 1943, ainda atuou pelo Santos.
Após a Segunda Guerra Mundial, ele jogou pelo Gattinara na Série C.
Ele fez um total de 118 partidas e 30 gols na Série A.
Títulos
Palestra Itália FC
Palmeiras
Fluminense
Referências