As eleições estaduais em Mato Grosso do Sul, em 1998, foram realizadas em 5 de outubro (1º turno) e 26 de outubro (2º turno), como parte das eleições gerais no Brasil. Os eleitores aptos a votaram elegeram o Presidente da República, Governador do Estado e um Senador da República, além de 8 deputados federais e 24 deputados estaduais. Como nenhum dos candidatos a governador obteve mais da metade dos votos válidos, um segundo turno foi realizado. Os principais candidatos a governador foram Ricardo Bacha (PSDB), Pedro Pedrossian (PTB) e Zeca do PT (PT). Para o Senado os principais candidatos foram Juvêncio da Fonseca (PMDB) e Carmelino Rezende (PSB).
Contexto
Nessa disputa eleitoral, os partidos de esquerda formaram a coligação Movimento Muda Mato Grosso do Sul, que tinha à frente o Partido dos Trabalhadores (PT) e incorporava mais cinco partidos políticos: o Partido Democrático Trabalhista (PDT), que indicou o candidato a vice-governador, Moacir Kohl; o Partido Popular Socialista (PPS); o Partido Comunista do Brasil (PCdoB); o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido dos Aposentados da Nação (PAN).
A formação de aliança, com o maior número de partidos, era uma das orientações do PT nacional para aquela disputa eleitoral, e procurava estabelecer um campo democrático popular, especialmente com o PCdoB, o PSB e o PDT, em torno da candidatura de Lula para Presidente. Em Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos tinha pouquíssimas possibilidades de ser eleito; pois, na época, aparecia nas pesquisas em último lugar. Fato, este, que salienta uma das características do eleitorado do estado de estrutura agrária e um caráter conservador. O Mato Grosso do Sul, nesses 30 anos de criação e 28 anos de constituição política, teve três governadores nomeados pelo presidente da República e seis eleitos pelo voto direto.