As Eleições gerais no Paraguai em 2008 foram realizadas em 20 de abril. O candidato que foi mais bem colocado nas pesquisas foi o ex-bispo Fernando Lugo, da Aliança Patriótica para a Mudança. Os outros que concorrem ao pleito são o ex-comandante do Exército Lino César Oviedo Silva, a governista Blanca Ovelar e o empresário Pedro Fadul.[1]
Ordenou-se sacerdote em 15 de agosto de 1977, e, posteriormente, seguiu para o Equador para trabalhar como missionário, onde foi professor e pároco, além de ter contato e se identificar com a Teologia da Libertação.
Entrou para a política em 29 de março de 2006, quando reuniu 40.000 pessoas, de todas as tendências, para protestar contra o governo de Nicanor Duarte.
No final de 2007, oficializou sua candidatura presidencial, no partido Aliança Patriótica para a Mudança (APC), com o número 6 na cédula eleitoral, o a palavra mais usada em sua campanha foi 'mudança'.
Lugo tem idéias radicais quando o assunto é Itaipu e reforma agrária, dois pontos que afetam o Brasil. Segundo a oposição, ele é amigo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e já teria ajudado grupos de sequestradores, o que não é confirmado.[2]
Já foi comandante do Exército, e foi preso por tentativa de golpe, por isso criou um partido justamente para ser candidato nas eleições presidenciais.
Oviedo é tido como um político de linha dura e que tem idéias que ficariam no meio termo entre Blanca Ovelar e Fernando Lugo sobre dois dos temas mais importantes desta eleição: Itaipu e reforma agrária.
Além do golpe, Oviedo foi acusado de mandar matar o ex-vice-presidente Luis María Argaña. Chegou a ser condenado a dez anos de prisão em 1996, mas foi solto com cerca da metade da pena cumprida, já teve também 'status' de exilado no Brasil.[3]
Com o número 1 na cédula, Blanca, na bagagem política, carrega o fato de já ter experiência como ministra da Educação e Cultura — no cargo desde abril de 1999.
Governista, ela é a candidata que menos apresenta mudanças com relação ao contrato de Itaipu, e assim alterar pouco a vida dos brasiguaios.[4]
Fernando Lugo ganhou as eleições, e acabando com 61 anos de hegemonia do Partido Colorado. Lugo teve 40,5% dos votos, contra 31,0% para Ovelar, segundo a projeção do Tribunal Eleitoral baseada na apuração de 75% das urnas.[5]
O Paraguai vende ao Brasil o excedente de sua parte da energia que não consome a um preço fixado em um acordo de 1973, porém oO ex-bispo disse que vai renegociar a maneira como é vendida essa energia elétrica da represa binacional de Itaipu ao país para estipular "um preço de mercado".
"A energia não está sendo vendida ao Brasil por um preço justo porque é valor de custo e não o de mercado. Ninguém dá energia a preço de custo. A Venezuela não vende seu petróleo a preço de custo. Assim como o Chile não dá o seu cobre e a Bolívia não vende o seu gás a preço de custo".
Lugo alega que os 300 milhões de dólares pagos pelo Brasil anualmente ao Paraguai são irrisórios quando na realidade deveria pagar entre 1,5 a 2 bilhões de dólares, a preço de mercado.[5]
Resultados detalhados do pleito[6]