Edson Brum (Rio Pardo, 2 de janeiro de 1966) foi um político brasileiro, filiado ao MDB até 2022. Atualmente encerrou suas atividades político-partidárias para exercer a função de Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, indicado pela Assembleia Legislativa gaúcha.
Nascido de uma família política de Rio Pardo, integrou o movimento estudantil, se filiando no PMDB aos 18 anos. Em 2002 buscou ser eleito como deputado estadual, ficando como suplente e assumindo o cargo de presidente da Fundação de Desenvolvimento e Recursos Humanos na gestão de Germano Rigotto.
Com a renúncia de João Osório, virou deputado estadual, sendo reeleito em 2006, 2010, 2014 e 2018.
Em 2010, foi um dos Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul que votou a favor do aumento de 73% nos próprios salários em dezembro, fato esse que gerou uma música crítica chamada "Gangue da Matriz" composta e interpretada pelo músico Tonho Crocco, que fala em sua letra os nomes dos 36 deputados (inclusive o de Edson Brum) que foram favoráveis a esse autoconcedimento salarial;[1] Giovani Cherini como presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na ocasião entrou com uma representação contra o músico, Cherini falou que era um crime contra honra e o título era extremamente agressivo e fazia referência a criminosos que mataram o jovem Alex Thomas, na época Adão Villaverde que se tornou o sucessor na presidência da Assembleia Legislativa, expressou descontentamento discordando da decisão de Cherini,[2] mas em agosto do mesmo ano o próprio Giovani Cherini ingressou com petição pedindo o arquivamento contra o músico com a alegação que não era vítima no processo (seu nome não aparecia na letra, pois como presidente do parlamento gaúcho na ocasião não podia votar) e que defendia a liberdade de expressão,[3] na época Tonho recebeu apoio de uma loja que espalhou 20 outdoors pela capital Porto Alegre e também imenso apoio por redes sociais.[4]
Foi eleito presidente de Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em 2015. Em 2021, foi nomeado para chefiar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, comandando por 15 meses a pasta, até ser indicado pela Assembleia Legislativa gaúcha para exercer a função de Conselheiro do Tribunal de Contas Estadual (TCE-RS), empossado em 14 de junho de 2022.
Juventude e formação
De ascendência tanto paterna quanto materna alemã,[5] Edson Brum nasceu em Rio Pardo numa família de tradição política. Formou-se em marketing político e fez parte do movimento estudantil.[6]
Carreira política
Deputado estadual (2005-2022)
Edson Brum disputou sua primeira eleição em 1998, quando recebeu 19 mil votos e ficou como suplente. Disputou novamente em 2002, quando obteve a primeira suplência do PMDB, no governo de Germano Rigotto e assumiu o cargo de presidente da Fundação de Desenvolvimento e Recursos Humanos. Tornou-se deputado estadual quando João Osório foi para o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.[6]
Em 2006, foi reeleito como deputado estadual com 43 mil votos, sendo o líder de governo da Yeda Crusius em 2008. Novamente reeleito em 2010, foi deputado de oposição ao Tarso Genro, fazendo duras críticas a gestão econômica do petista.[7] Foi presidente do PMDB gaúcho entre 2012 e 2015.[8]
Nas eleições de 2014, em 5 de outubro, foi eleito deputado estadual à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na 54ª legislatura (2015 — 2019).[9][10][11] Assumiu o cargo em 1 de fevereiro de 2015, cujo mandato expirou em 1 de fevereiro de 2019.[12] [13]
Foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul durante o primeiro ano da legislatura. Em sua gestão, criou a procuradoria da mulher, cortou 140 funções gratificadas e economizou R$ 85 milhões.[14] Como presidente da Assembleia chegou a quebrar o empate em prol do governo.[15] Exerceu o cargo de governador no final de 2015.[16]
No ano de 2016, propôs e presidiu a Frente Parlamentar para Discutir as Questões Ligadas à Pesca Profissional e Artesanal no Rio Grande do Sul, e, em 2018, a Frente Parlamentar Estadual em Defesa do Bombeiro Civil.
Disputou reeleição em 2018, apoiando a reeleição de Sartori. Foi reeleito com 43 mil votos, no entanto Sartori não obteve sucesso, perdendo para Eduardo Leite.[17] Nessa legislatura, integrou a base governista de Eduardo Leite, votou favoravelmente às privatizações da CEEE, Sulgás e CRM, junto com o Reforma RS, porém foi contrário a prorrogação da majoração da alíquota do ICMS em 2018 e se absteve na votação da reforma tributária de 2019.[18]
Em 2020, assumiu a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha da Assembleia Legislativa. Neste ano, ocupava a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e era titular da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, quando em 9 de março de 2021, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, ficando até o dia 14 de junho de 2022, quando deixou a Secretaria, renunciou o mandato de Deputado Estadual, e foi empossado nesta data como Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS), indicado pela Assembleia Legislativa para suprir a cadeira que era ocupada por Algir Lorenzon, que se aposentou.
Secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul (2021-2022)
Em 2021, foi anunciado como novo secretário de desenvolvimento econômico no Governo de Eduardo Leite, assim se licenciando do cargo de deputado estadual e assumiu o suplente Clair Kuhn.[19] A nomeação foi vista como parte de uma aproximação entre o MDB e o PSDB do governador Eduardo Leite, com a legenda tendo seu espaço na gestão expandido e possivelmente ambos os partidos apresentando um candidato em conjunto para as eleições de 2022.[20]
Em seu mandato como secretário de Desenvolvimento Ecônomico, foram aprovados o PL 75/2021, que desburocratizava o Fundo Operação Empresa, o PL 76/2021, que atualizava o Proedi, e implementou o programa Juro Zero, subsidiando pequenas empresas.[21]
Em junho de 2022, Edson Brum foi exonerado do cargo para regressar à Assembleia Legislativa, sendo sucedido pelo seu secretário-adjunto, Joel Maraschin.[22]
Vida pessoal
Edson Brum é divorciado e possui dois filhos, Matheus e João Felipe.[14] Seu irmão mais novo, Edivilson Brum, é ex-prefeito de Rio Pardo e Deputado Estadual.[23]
Durante a pandemia de COVID-19, chegou a ser infectado pelo vírus e passar uma semana na UTI, recuperou-se da doença depois de 14 dias.[24]
Desempenho em eleições
Notas
- ↑ Licenciado entre de 9 de março de 2021 e 6 de junho de 2022 para assumir como Secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul.
Referências
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Vice-governador | | |
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Secretarias de Estado | Administração Penitenciária † | Cesar Faccioli (2019–2021) |
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Agricultura | |
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Articulação e Apoio a Municípios | |
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Cultura | Beatriz Araújo (2019–2022) |
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Desenvolvimento Econômico e Turismo † | |
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Educação | |
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Esporte e Lazer | |
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Fazenda | Marco Aurélio Cardoso (2019–2022) |
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Igualdade, Cidadania e Direitos Humanos | |
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Inovação, Ciência e Tecnologia | Luís da Cunha Lamb (2019–2022) |
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Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo | |
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Meio Ambiente e Infraestrutura | |
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Obras | |
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Saúde | Arita Bergmann (2019–2022) |
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Segurança Pública | |
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Trabalho e Assistência Social | |
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Transportes | |
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Turismo | |
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Órgãos (ligados ao Governo do Estado) | Casa Civil | |
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Procuradoria-Geral | Eduardo Cunha da Costa (2019–2022) |
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Comunicação | Tânia Moreira (2019–2022) |
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Governança † | Claúdio Gastal (2019-2021) |
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Planejamento | |
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Desenvolvimento Econômico | |
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Relações Federativas | |
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Abílio dos Santos (PTB)
Adão Villaverde (PT)
Adilson Troca (PSDB, suplente)
Adolfo Brito (PPB)
Adroaldo Loureiro (PDT)
Alceu Moreira (PMDB)
Alexandre Postal (PMDB)
Aloísio Classmann (PTB, suplente)
Álvaro Boessio (PMDB)
Berfran Rosado (PPS)
Bernardo de Souza (PPS)
Cassiá (PTB)
Cezar Busatto (PPS)
Ciro Simoni (PDT, suplente)
Dionilso Marcon (PT)
Edemar Vargas (PTB)
Edson Brum (PMDB, suplente)
Edson Portilho (PT)
Eliseu Santos (PTB, suplente)
Elmar Schneider (PMDB)
Elvino Bohn Gass (PT)
Estilac Xavier (PT)
Fabiano Pereira (PT)
Fernando Záchia (PMDB)
Flávio Koutzii (PT)
Floriza dos Santos (PDT)
Frederico Antunes (PPB)
Gerson Burmann (PDT, suplente)
Gilda Maria Haack (PTB, suplente)
Giovani Cherini (PDT)
Heitor Schuch (PSB)
Iradir Pietroski (PTB)
Ivar Pavan (PT)
Jair Foscarini (PMDB)
Jair Soares (PPB)
Janir Branco (PMDB)
Jerônimo Goergen (PPB)
João Fischer (PPB)
João Luiz Vargas (PDT)
João Osório (PMDB)
José Haidar Farret (PPB)
José Sperotto (PFL, suplente)
Jussara Cony (PCdoB, suplente)
Kalil Sehbe (PDT)
Kanan Buz (PMDB, suplente)
Leila Fetter (PPB, suplente)
Luís Augusto Lara (PTB)
Luís Fernando Schmidt (PT)
Manoel Maria dos Santos (PTB)
Marco Alba (PMDB)
Marco Antônio Lang (PFL)
Marco Antônio Lopes Peixoto (PPB)
Márcio Biolchi (PMDB)
Maria Helena Sartori (PMDB)
Miriam Marroni (PT, suplente)
Marlon Santos (PFL)
Nelson Härter (PMDB)
Osmar Severo (PTB)
Paulo Azeredo (PDT)
Paulo Brum (PSDB)
Pedro Westphalen (PPB)
Raul Pont (PT)
Ruy Pauletti (PSDB)
Sanchotene Felice (PSDB)
Sérgio Antônio Görgen (PT)
Sergio Peres (PSB)
Reginaldo da Luz Pujol (PFL, suplente)
Ronaldo Zülke (PT)
Sérgio Stasinski (PT)
Telmo Kirst (PPB)
Valdir Andres (PPB)
Vieira da Cunha (PDT)
Vilson Covatti (PPB)
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Cassados | |
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Eleitos | |
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Suplentes efetivados | |
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Suplentes temporários | |
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Cassados | |
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