Como as linhagens de Batu e de Orda Cã morreram no curso de grande guerra civis no século XIV, os xaibânidas baixo Abu Cair Cã declararam-se os únicos sucessores legítimos de Jochi e começaram a reclamar o ulus inteiro, o qual incluía partes de Sibéria e do Cazaquistão. O seu rival era a dinastia Timúrida, os quais clamavam descender do décimo terceiro filho de Jochi havia duma concubina.[6] Várias décadas de rixas deixaram os Timúridas como vencedores, ganhando o controlo da Grande Horda e os seus estados sucessores na Europa, por exemplo, o canato de Cazã, de Astracã e da Crimeia.[6]
Dinastia xaibânida
Os xaibânidas eram lideradas por Baixo Abu Cair Cã (desde 1428 até 1468) cuja dinastia começou a consolidar as dispersas tribos Ozbeg (usbeques), primeiro na área à volta de Tiumen e do Rio Tura e depois para Sul na região do Sir Dária.[7] O seu neto Maomé Xaibani (governou entre 1500 e 1510), foi quem deu o nome à dinastia, conquistou Samarcanda, Herate,[4]Bactro[4] e Bucara,[4] findando desta maneira com a dinastia timúrida e estabelecendo o Império Xaibânida de curta duração centrado em Bucara (o Canato de Bucara).[8] Depois da sua morte a mãos do Xá Ismail I,[9] foi sucedido por um tio, por um primo e por um irmão, dos quais os seus descendentes governariam o Canato de Bucara desde 1505 até 1598 e o Canato da Corásmia desde 1511 até 1695.[10]
Outro estado governado pelos xaibânidas foi o Canato da Sibéria, alcançando o trono em 1563. O último cã, Kutchum, foi deposto pelos russos em 1598.[11] Além deste ramo famoso, várias outros famílias nobres do Quirguistão e do Cazaquistão (por exemplo, os príncipes Valikhanov)[12] tentaram obter reconhecimento das suas raízes xaibânidas.
Referências
↑«Shaybânidas»(PDF). A Emergência do Estado Soberano Centro-Asiático: a Ásia Central da Colonização Russa ao Fim da Guerra Fria. PUC-Rio. Consultado em 27 de novembro de 2016
↑Introduction: The Turko-Persian tradition, Robert L. Canfield, Turko-Persia in Historical Perspective, ed. Robert L. Canfield, (Cambridge University Press, 1999), 19.
↑R.D. McChesney, The Encyclopaedia of Islam, Vol. IX, ed. C. E. Bosworth, E. Van Donzel, W. P. Heinrichs AND G. Lecomte, (Brill, 1986), 428.
↑ abcdRene Grousset, The Empire of the Steppes, transl. Naomi Walford, (Rutgers University Press, 1970), 478.