É importante atentar para o fato de, até então, não haver a noção da "existência" Death/Doom Metal tal como veio a ter-se pouco à frente e, por isso, essas bandas eram rotuladas apenas como Death Metal, embora um pouco diferente do executado por bandas como as da Flórida.
Consolidação e expansão
Foi somente com o desenvolvimento de uma sonoridade advinda dos entornos da cidade de Liverpool, na Inglaterra, de bandas como o Paradise Lost, com suas músicas mais elaboradas, assim como o My Dying Bride e o Anathema - as chamadas bandas do "Northern Doom" -, que houve a consolidação do que viria a ser conhecido por Death/Doom Metal.
Entre o começo e a metade da década de 90, mais precisamente entre os anos de 1993 e de 1994, embora estivesse havendo uma enorme quantidade de lançamentos de álbuns e mesmo de surgimento de bandas, o Death/Doom Metal começava a demonstrar o seu enfraquecimento, com muitas de suas bandas parando e mesmo passando para outros estilos musicais, como o então criado Gothic Metal, gênero esse derivado do próprio Death/Doom Metal, a partir de bandas como o Paradise Lost, sua principal precursora, em que desde o seu segundo laçamento, o álbumGothic de 1991, já havia ido além de uma simples influência do Gothic Rock, indo de fato de encontro com o que começava a desenvolver-se, o já citado Gothic Metal. Além do Paradise Lost, outras bandas que tenderam ao gótico foram as também do Northern Doom My Dying Bride e Anathema, embora tenham seguido caminhos diferentes, tendo o My Dying Bride seguido no estilo Gothic/Doom Metal, enquanto que o Anathema embora tenha inicialmente tendido para o gótico, pouco depois, cada vez mais foi incorporando elementos do rock progressivo, até que definitivamente estabeleceu-se no rock progressivo.
A banda Tiamat também foi tendendo ao gótico, até que com o lançamento do álbumA Deeper Kind of Slumber de 1997, definitivamente passou para o gothic metal.
A banda The Gathering já desde o seu primeiro álbumAlways... de 1992 vinha tal como o Paradise Lost em forte encontro com o gótico, e tendo sido ao lado do Paradise Lost uma grande precursora do sub-gênero também derivado do Death/Doom Metal conhecido como A Bela e a Fera. Com o passar do tempo passaram a executar um Doom Metal mais atmosférico, e que com o tempo cada vez mais foram incorporando elementos do Rock Progressivo e do Shoegaze, até que definitivamente romperem não só com o Doom Metal, mas com o Metal.
Algumas bandas foram ainda mais longe, rompendo de fato com as barreiras do Death/Doom Metal e do Gothic Metal, indo em direção a estilos próprios, ainda que com influências dos mesmos. Foi o caso de bandas como o Amorphis, que acrescentou a sua sonoridade características progressivas e folclóricas, e da banda Katatonia, que acrescentou a sua sonoridade características alternativas. Após as mudanças, as duas bandas figuraram-se entre as mais bem sucedidas comercialmente vindas do Death/Doom Metal.
Também foi notório o caso da banda Orphaned Land, que de uma vez por todas assumiu uma sonoridade associada a música do Oriente Médio, ou seja, passaram para uma forma do Folk Metal, tendo inclusive sido precursora do mesmo.
Muitas outras bandas do Death/Doom Metal mudaram para os mais variados estilos musicais, sejam eles estilos que ajudaram a desenvolver, sejam eles estilos que assumiram, tanto estilos de Metal, quanto estilos de fora do Metal.
O death/doom durante o seu declínio
Entre o meio e pouco após do meio da década de 90, o Death/Doom Metal que estava em intenso declínio, em consequência do término de muitas de suas bandas, assim como pela mudança musical de muitas outras, como já citado mais acima, como o Paradise Lost, o My Dying Bride, o Anathema e o Tiamat, que agora desbravavam, de alguma forma, os primórdios do gênero Gothic Metal, além de outras como o Amorphis e o Katatonia, que poliam seus próprios estilos musicais, et cetera, ainda assim, surgiram bandas, bem como lançaram álbuns, como o Dissolving of Prodigy com o lançamento do álbumLamentations Of Innocents em 1995, o Maleficium com o lançamento do álbumThis Illusion of Humanity em 1995, o Cryptal Darkness com o lançamento do álbumEndless Tears em 1996, o Estatic Fear com o lançamento do álbumSomnium Obmutum em 1996, o Flowing Tears & Withered Flowers com o lançamento do álbumSwansongs em 1996, o Saturnus, a que obteve maior significância e alcance entre essas aqui citadas, com o lançamento do álbumParadise Belongs to You em 1996, o Morgion com o lançamento do álbumAmong Majestic Ruin em 1997 e o October Tide, formada por integrantes do Katatonia, daí terem tido maior repercussão e serem tão parecidas, com o lançamento do álbumRain Without End em 1997.
Ainda assim, muitas dessas bandas que surgiram e lançaram álbum no sub-gênero Death/Doom Metal mudaram o seu estilo musical e ou acabaram, tendo desdas tido maior prosperidade dentro do Death/Doom Metal a banda dinamarquesa Saturnus e a banda suecaOctober Tide.
Ressurgimento
Pouco após o começo da década de 2000 houve a ascensão de uma nova onda de Death/Doom Metal, com bandas na qual apresentaram uma sonoridade bem mais melódica em relação as anteriores, assim como muitas adicionaram uma sonoridade ambiente as suas músicas, que em muitas vezes assemelham-se a trilhas sonoras de filmes de suspense, e sendo por tudo isso, rotuladas por bandas de Melodic Death/Doom Metal.
Essa sonoridade, melódica, teve como precursoras algumas bandas nascidas em torno da metade da década de 90, como o Dissolving of Prodigy, o Saturnus e o October Tide, além do próprio Katatonia, assim como a banda finlandesa Rapture, que assim como as demais citadas por qui, já no fim da década de 90 vinham desenvolvendo tal sonoridade.
Entre as principais bandas do conhecido Melodic Death/Doom Metal estão o Before The Dawn, o Before the Rain, o Dark The Suns, o Daylight Dies, o Rapture, o Slumber, o Swallow the Sun, o Wine from Tears, et cetera.
É ainda notável destacar que, dessa onda melódica, muitas bandas tomam como base o estilo do Katatonia do fim da década de 90, adicionando o vocalgutural, sendo essas, então, menos melódicas e menos complexas em termos musicais quando comparadas as demais que exploram de fato a sonoridade ambiente.
Na década de 2000 surgiram bandas explorando uma sonoridade mais melódica também no Brasil.
Representando o Funeral Death Doom, no sul do país existiam as bandas VULKRO e LACHRIMATORY, respectivamente de São José - Santa Catarina e Curitiba - Paraná. A primeira era uma banda, inicialmente, formada por quatro integrantes, com a saída do vocalista, o baixista Alex Pazetto assumiu função de frontman e em trio percorreram os principais festivais nacionais. Ainda na figura de Alex Pazetto a cena underground florianopolitana sobreviveu perante os shows, que eram feitos em escala de tamanho em pequeno e grande porte.
A banda curitibana tocou por diversas vezes na região da Grande Florianópolis, no antigo Coliseum, um dos principais bares de metal na segunda metade dos anos 2000.
Atualmente VULKRO encontra-se em hiato. Alex retornou para a formação do trio e alguns ensaios ocorreram, mas não há uma previsão de novos trabalhos.
Bandas notáveis do estilo
Algumas das bandas abaixo contribuíram com apenas um álbum para o estilo