Daniel Soranz tomando posse como secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro em 2014
Prefeitura do Rio
2009 a 2016
Soranz chefiou a Subsecretaria de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde da cidade do Rio, cargo que ocupou de 2009 a 2014.[13] Posteriormente, ocupou o cargo de secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro entre 2014 e 2016, durante o primeiro governo do prefeito Eduardo Paes, no qual liderou a reforma dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) da cidade.[14] Em 2016, foi responsável pela organização do sistema de saúde da cidade durante os Jogos Olímpicos.[15]
Clínicas da Família
Daniel Soranz na reinauguração do Centro Municipal de Saúde Eithel Pinheiro O. Lima, em 2012, em Vila Aliança, no Rio de Janeiro.
Entre 2008 e 2016, esteve à frente do processo de expansão da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) na cidade do Rio de Janeiro. Considerada o modelo de organização da Atenção Primária à Saúde no SUS, a ESF foi convertida na principal organizadora e coordenadora de toda a rede de saúde local.[16] As unidades básicas de saúde cariocas receberam o nome de "Clínicas da Família"[17] e foram multiplicadas, o que permitiu aumentar a cobertura de saúde da família de 3,5% para 70%[14] da população com a construção de 115 Clínicas da Família e a implantação de 1.280 equipes de Saúde da Família na cidade do Rio entre 2009 e 2016, atendendo 4,3 milhões de cariocas, obtendo o maior êxito entre as capitais.[4] A análise de alguns indicadores de saúde e a aplicação de ferramentas para a avaliação da qualidade do serviço apresentaram impacto positivo do investimento na Saúde da Família no Rio de Janeiro.[4] Houve, por exemplo, avanços no combate à tuberculose,[5] redução nas internações hospitalares[6] e economia de recursos.[18] A instalação de aparelhos para a prática de exercícios físicos em locais públicos, chamadas Academias Cariocas,[7] e a criação de um grande programa de residência médica em Medicina de Família e Comunidade,[8] foram iniciativas que surgiram no âmbito da reforma.
Em janeiro de 2021, Daniel Soranz reassumiu o cargo de secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, durante a pandemia da Covid-19.[19] Em sua gestão, fez parte da elaboração do Plano de Contingência do Município do Rio de Janeiro para o enfrentamento da Covid-19 na cidade.[20] Instituiu o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC),[21] em que foi presidente, e o Centro de Operações de Emergência da Covid-19, para monitoramento da doença e tomada de decisões. Também deu início à vacinação contra a Covid-19 no município do Rio, uma das maiores campanhas do país. Foi um dos idealizadores do CIE (Centro de Inteligência Epidemiológica), portal de monitoramento para auxiliar nas decisões em saúde pública. Em março de 2022, deixou o cargo de secretário municipal de Saúde e retornou à Fiocruz.[22] Retornou ao cargo após as eleições, quando foi eleito Deputado Federal com mais de 90.000 votos.[23]
↑ abJustino, ALA; Oliver LL, Melo TP (2016). «Implantação do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Brasil». Ciência e Saúde Coletiva. 21 (5): 1471-1480. doi:10.1590/1413-81232015215.04342016A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)
↑ abSoranz, D; Pinto LF, Penna GO (2016). «Eixos e a Reforma dos Cuidados em Atenção Primária em Saúde (RCAPS) na cidade do Rio de Janeiro, Brasil». Cien Saude Colet. 21 (5): 1327-1338. doi:10.1590/1413-81232015215.01022016A referência emprega parâmetros obsoletos |coautores= (ajuda)