O nome foi escolhido em 1928 para uma nova povoação projetada em pelo engenheiro Carlos Culmey, então diretor da Companhia Territorial Sul Brasil, numa região mais ao norte de Palmitos, destinada aos imigrantes protestantes de origem alemã. À época, já se esgotavam os lotes disponíveis em Palmitos. Aos imigrantes alemães católicos eram reservado São Carlos e Saudades e aos de origem italiana, São Domingos, hoje Caibi.
O nome é tupi e significa "mulher bonita", através da junção dos termos kunhã ("mulher") e porang ("bonita")[5].
O mesmo nome, na grafia castelhana Cuñaporá, já havia sido utilizado pelo mesmo engenheiro Culmey numa área de colonização na Argentina (San Alberto), no ano de 1919, portanto seis anos antes de existir a Companhia Territorial Sul Brasil, que só foi criada em 1925.
História
A localidade formou-se a partir da colonização de imigrantes de origem alemã de confissão evangélica luterana provenientes do estado do Rio Grande do Sul, que ali se estabeleceram com o intuito de ocupar áreas de terras bastante férteis. O início da colonização extraoficial se dá em 1929[6], todavia, oficialmente, a colonização inicial deu-se a partir de fevereiro de 1931, com a chegada dos colonos gaúchos, de origem alemã Arthur Herbes e João Kolln. Naquele mesmo ano, em agosto, vindos da Alemanha, chegaram ao atual território Johann Georg Salfner e seu filho Georg Albert Salfner[7]. Destacam-se ainda entre os primeiros habitantes do Município Wilhelm Julius Hochberger, Willibald Weinwe e Adolfo Heydt. Em meio à vegetação bastante fechada, constituída principalmente por cedros, louros, grápias, imbuias e araucárias, abriu-se uma clareira implantando-se um núcleo inicial com o nome de Cunha Porã [8]. Apesar do nome de origem tupi-guarani, não existem evidências históricas concretas de ocupação por indígenas antes da colonização.
Como o município tinha como base de sua colonização habitantes de origem germânica, a Segunda Guerra Mundial estagnou um pouco o crescimento no início da década de 1940, mas retornando em 1946, com a recepção de um número elevado de imigrantes, principiando um maior desenvolvimento[6]. A Lei municipal nº 41 do município de Chapecó de 30 de novembro de 1950 eleva o povoado à categoria de distrito, fazendo o desmembramento do então distrito de Palmitos.
Vices: Paulo Oscar Christ (2001-2005) e Edomar Haack (2006-2009)[10]
Euri Ermani Jung (01/01/2009 - 08/10/2009)
Vice: Leandro Marcos Jagnow
Adiles Maria Rampi Bregalda (26/10/2009 - 31/12/2009)
Luzia Iliane Vacarin (01/01/2010 - 31/12/2012)
Vice: Vilson Kempfer
Jairo Rivelino Ebeling (01/01/2013 - 02/10/2016)
Vice: Douglas Gollmann
Douglas Gollmann (03/10/2016 - 31/12/2016)
Jairo Rivelino Ebeling (01/01/2017 - 31/12/2020)
Vice: Alencar James Post
Luzia Iliane Vacarin (01/01/2021 - 31/12/2028)
Vice: Rafael Augusto Böer
A cidade
O perímetro urbano do município está localizado geograficamente no centro território, incluindo o traçado da rodovia BR-158. A área que o compõe foi instituída pela Lei 1.902/99.[11] Esta Lei deu a primeira descrição da área e denominou também os bairros conforme descrito a seguir (CUNHA PORÃ, 1999):
Posteriormente, houve mais quatro ampliações da área do perímetro urbano dadas pelas Leis 2.115/2005, 2.143/2005, 2.197/2007, 2.278/2007 e 2.423/2009. De maneira sucinta estas Leis, além de ampliarem a área, alteraram a o nome do Bairro COHAB para Bairro Colina Verde (Lei 2.197/2007) e criaram o Bairro Industrial (Lei 2.115/2005).
No que se refere ao saneamento ambiental, a população é atendida com água canalizada fornecida pela CASAN em todos os bairros, que atende plenamente os quesitos da qualidade da água; no entanto, não existe sistema de coleta de esgotos.
Economia
O Município teve um grande crescimento do produto interno bruto nos tempos recentes. A economia do município está alicerçada principalmente na atividade agropecuária, mas conta também com um bem organizado setor têxtil, indústria de madeira, plásticos e mais recentemente uma grande Cooperativa está instalando nesta cidade uma fábrica de ração para Frangos de Corte que irá incrementar ainda mais o produto interno bruto local.
Na agropecuária, destacam-se as atividades de cultivo de milho, fumo, soja e feijão e também a bovinocultura de leite (o município é uma das grandes bacias leiteiras de Santa Catarina), a avicultura de corte e a suinocultura.
Turismo
O turismo ainda é pouco explorado, principalmente como fonte de renda para a população local. O município não conta com infraestrutura hoteleira (possui apenas dois hotéis), mas a gastronomia é satisfatória. Viajantes de passagem podem se alimentar em vários restaurantes, com pratos típicos a base de peixes ou com um bom churrasco. Na Zona Rural a natureza foi bastante generosa e a paisagem vale a pena ser contemplada. Destacam-se ainda algumas cachoeiras como o Salto do Ledur, no Rio São Domingos e o salto da Candeia, na sanga da candeia, na divisa de Cunha Porã com Caibi. O morro da torre, em dias limpos, também permite uma visão bastante bela. Pode-se observar neste local o município de São Miguel do Oeste e de Cordilheira Alta ao mesmo tempo. Neste local também são realizados voos livres. Passeios pela área rural do município também são bastante agradáveis.
Esporte
O município não tem times profissionais de futebol, mas tem como o único time profissional do município a Associação Desportiva Cunha Porã (ADCP), além disso, o município conta com campeonatos municipais de futebol, futsal e vôlei, em que as pessoas se dividem em times e jogam representando sua linha ou bairro, ou elas jogam em outros times, alguns dos times são: Associação Recreativa e Esportiva Itapé, Esporte Clube Glória, Esporte Clube Gato Preto, Vera Cruz Futebol Clube, Esporte Clube Salete, Esporte Clube Futbreja, Esporte Clube Cunha Porã, Intimidadi Futebol Clube, Fimagre, Tirelli, LDF, Facility, Casa Boa Troca, entre outros.
Hidrografia
O principal rio no município é o São Domingos, que abastece a cidade e a corta pelo centro. A oeste, com maior volume, passa o rio Iracema, que separa Cunha Porã de Iraceminha. A leste, o rio Barra Grande separa Cunha Porã de Cunhataí. Importante também são os rios Lajeado Sertão e o Araçazinho.
↑SIMON, S.E.S. "Utilização das Áreas de Preservação Permanente no Perímetro Urbano da Cidade de Cunha Porã SC". Monografia de Especialização. Medianeira PR, UTFPR: 2012