Israel possui uma cultura muito diversa devido a diversidade de sua população; os judeus de todo o mundo trouxeram suas tradições culturais e religiosas com eles, criando um caldeirão de crenças e costumes judaicos.[1] Israel é o único país no mundo onde a vida gira em torno do calendário hebraico, o dia oficial do descanso é o sábado, o shabat.[2] A substancial minoria árabe, também deixou a sua impressão sobre a cultura israelense em áreas como arquitetura,[3]música[4] e culinária.[5]
O museu nacional do holocausto de Israel, o Yad Vashem, abriga o maior arquivo do mundo de informações relacionadas com o Holocausto.[9]Beth Hatefutsoth (Museu da Diáspora), no campus da Universidade de Tel Aviv, é um museu interativo dedicado à história das comunidades judaicas de todo o mundo.[10] Além dos principais museus de grandes cidades, há uma grande quantidade de espaços de artes de qualidade em cidades de pequeno porte e em kibbutzim. O museu Mishkan Le'Omanut no KibutzEin Harod Meuhad é o maior museu de arte no norte do país.[11]
Literatura
A literatura israelense é feita, principalmente, em poesia e prosa e é escrita em hebraico, como parte do renascimento do hebraico como uma língua falada desde meados do século XIX, embora um pequeno corpo de literatura é publicada em outras línguas, como o árabe e inglês. Por lei, duas cópias de todos os impressos publicados em Israel deve ser depositada na Biblioteca Nacional e Universitária Judaica na Universidade Hebraica de Jerusalém. Em 2001, a lei foi alterada para incluir gravações de áudio e vídeo, e outros tipos de mídia não-impressa.[12] Em 2006, 85% dos 8.000 livros da biblioteca nacional foi transferido para o hebraico.[13] A Semana do Livro Hebraico (He: שבוע הספר) é realizada uma vez por ano, em junho, com feiras, leituras públicas e visitas de autores israelenses de todo o país. Durante essa semana, o maior prêmio literário de Israel, o Prêmio Sapir, é apresentado. Em 1966, Shmuel Yosef Agnon partilhou o Prêmio Nobel de Literatura com a autora alemã judia Nelly Sachs.[14]
Música
A música de israel contém influências musicais de todo o mundo; música iemenita, melodias Hasidic, música árabe, música grega, jazz, pop e rock fazem parte do cenário musical.[15][16] As canções folclóricas de Israel, conhecidas como "Sons da Terra de Israel", lidam com as experiências dos pioneiros na construção da pátria judaica.[17] Umas das orquestras de maior renome do mundo[18] é a Orquestra Filarmônica de Israel, que foi fundada há mais de 70 anos e realiza hoje mais de 200 concertos por ano.[19] Israel produziu também muitos músicos de qualidade, sendo que alguns atingiram o estrelato internacional. Itzhak Perlman, Pinchas Zukerman e Ofra Haza estão entre os músicos nascidos em Israel mais prestigiados internacionalmente. Israel tem participado do Festival Eurovisão da Canção quase todos os anos desde 1973, onde ganhou a competição por três vezes e a sediou por duas vezes.[20] A cidade de Eilat realiza seu próprio festival de música internacional, o Festival de Jazz do Mar Vermelho, todos os verões desde 1987.[21]
Esporte e aptidão física nem sempre têm sido algo fundamental na cultura judaica. Aptidão física, que foi valorizada pelos antigos gregos, era vista como uma indesejável intromissão de valores helenísticos na cultura judaica. Rambam, que era simultaneamente um rabino e um médico, enfatizou a importância da atividade física e de se manter o corpo em forma. Esta abordagem recebeu um grande impulso no século XIX a partir da campanha cultura física de Max Nordau e no início do século XX, quando o Rabino-Chefe da Palestina, Abraão Isaac Kook, declarou que "o corpo serve a alma, e apenas um corpo saudável pode garantir uma boa alma".[22]
Na década de 1970, Israel foi excluído Jogos Asiáticos de 1978 como um resultado da pressão exercida pelos países participantes do Oriente médio. A exclusão levou Israel a mudar da Ásia para a Europa deixando de participar das competições asiáticas.[24] Em 1994, a UEFA concordou em reconhecer Israel e todas as organizações esportivas israelenses para competir na Europa. A Ligat ha'Al é a liga de futebol do país e a Ligat HaAl é a liga de basquete.[25] O time Maccabi Tel Aviv BC ganhou o campeonato europeu de basquetebol cinco vezes.[26]
No campo erudito, a Orquestra Filarmônica de Israel, fundada em 1936 e dirigida pelo maestro indiano Zubin Mehta, é considerada como uma das mais qualificadas de todo o mundo e é apontada como a melhor de todo o continente asiático. Tendo acompanhado ao longo de sua história nomes como Mstislav Rostropovitch e Pablo Casals (violoncelistas), Arthur Rubinstein e Claudio Arrau (pianistas), a Filarmônica de Israel é sediada no Frederic R. Mann Auditorium (Hichal Hatarbot), em Tel Aviv.
No Estado de Israel, desde a sua criação, coexiste uma enorme variedade de idiomas, trazidos por colonizadores originários de diversos pontos do planeta. Alguns idiomas suplantaram as duas línguas oficiais, o hebraico, falado pela maioria da população, e o árabe, idioma nativo, que se tornou secundário, e é falado apenas pela minoria árabe, drusos e alguns membros da comunidade judaica mizrahi, sendo matéria eletiva em muitas escolas. O russo é muito usado pela comunidade com origem nas antigas repúblicas soviéticas e representam cerca de 20% de falantes. [31]Em Israel há vários jornais impressos e emissoras de televisão neste idioma além de um partido político de maioria russófona, o Israel Beitenu.
Outras línguas judaicas, como o ídiche - língua germânica escrita com caracteres hebraicos - e o latino, são oficialmente conservadas, de acordo com a lei de preservação dos costumes.
↑Dolev, Yael. «Some Thoughts About Israeli Cuisine». University of Michigan Integrative Medicine. The University of Michigan. Consultado em 6 de setembro de 2007. Arquivado do original em 23 de janeiro de 2008
↑(em hebraico) «התיאטרון הלאומי הבימה». Habima National Theatre. Consultado em 13 de agosto de 2007
↑ ab«About the Museum». The Israel Museum, Jerusalem. Consultado em 13 de agosto de 2007. Arquivado do original em 30 de julho de 2002
↑«Shrine of the Book». The Israel Museum, Jerusalem. Consultado em 13 de agosto de 2007. Arquivado do original em 11 de julho de 2002