O Grupo A da Copa do Mundo FIFA de 2018, a vigésima primeira edição do torneio de futebol organizado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) e que ocorreu na Rússia, reuniu as seleções da Rússia, da Arábia Saudita, do Egito e do Uruguai. Seis das doze cidades-sede do torneio abrigaram os jogos do grupo. A primeira partida ocorreu a 14 de junho entre as seleções da Rússia e da Arábia Saudita, com a seleção russa a ganhar. Os dois mais bem colocados do grupo avançaram as oitavas de final.[1]
Anteriormente, as duas equipes já haviam se enfrentado em uma ocasião, um jogo amistoso realizado em 1993, partida que foi vencida pela seleção saudita por 4–2.[2][3] Apesar de ser a anfitriã, a seleção russa entrou na competição como a 70ª colocada do Ranking Mundial da FIFA na época original do sorteio, sendo a pior colocada entre as 32 seleções participantes desta edição.[3][4] Os resultados negativos nos jogos amistosos que antecederam ao mundial geraram críticas e desconfiança por parte da imprensa local e dos seus torcedores, não vencendo desde outubro de 2017.[5] Nas vésperas da estreia, o atacante Artem Dzyuba contestou a pressão sobre a seleção russa e pediu apoio por parte da imprensa: "Estamos nos preparando para a competição, nós queremos ganhar. Este é o evento mais importante das nossas vidas. Precisamos de apoio de todo o país. Nós vamos lutar, nos esforçar e vocês irão nos julgar depois."[4]
A Rússia abriu o placar com Yury Gazinsky que cabeçou no canto direito do gol defendido pelos árabes, o lance do primeiro gol do mundial de 2018, que ocorreu aos 12 minutos, surgiu com um cruzamento preciso de Aleksandr Golovin e o escorregão do defensor saudita.[6] O segundo gol russo foi marcado por Denis Cheryshev, que havia substituído o lesionado Alan Dzagoyev aos 24 minutos.[7] Cheryshev recebeu o passe na área, cortou dois marcadores e finalizou com força na saída do goleiro.[6][7] No segundo tempo, o atacante Dzyuba entrou na partida substituindo Fyodor Smolov e, poucos minutos depois, marcou o terceiro gol da seleção anfitriã após outro cruzamento de Golovin.[7][8] A Rússia ampliou com dois gols já nos descontos. Primeiro, Cheryshev acertou um chute de trivela, marcando um golaço.[7] Por fim, Golovin fechou a goleada em uma cobrança de falta.[6][7]
Com o resultado, a Rússia interrompeu a sequência de sete meses sem vencer,[8] e também serviu como alívio para os jogadores.[9] Responsável por marcar dois gols, Cheryshev foi considerado o melhor jogador da partida e afirmou: "Nem nos meus melhores sonhos havia sonhado com isso."[9][10]
O jogo acabou entrando para a história por diversos motivos envolvendo jogos de abertura. Pela primeira vez, dois jogadores – Gazinsky e Cheryshev – marcaram seus primeiros gols internacionais em uma partida de abertura.[11] A vitória russa manteve a tradição do país anfitrião nunca ter perdido na abertura durante toda a história da Copa do Mundo (16 vitórias e seis empates). A goleada aplicada pela seleção russa é o segundo maior placar dos anfitriões na história do torneio, atrás apenas do 7–1 que a Itália aplicou sobre os Estados Unidos em 1934. O russo Cheryshev se tornou o primeiro substituto a marcar um gol no jogo de abertura. Neste jogo, Sergey Ignashevich tornou-se o jogador mais velho a atuar em uma partida pela Rússia na Copa do Mundo.[12] Esta foi a primeira ocasião em que disponibilizou-se a tecnologia do árbitro assistente de vídeo, mas que não foi requisitada.[13]
Egito e Uruguai se enfrentaram apenas uma vez na história, uma partida amistosa realizada na cidade de Alexandria, que foi vencida pelos uruguaios por 2–0.[2] Antes da estreia, o meio-campista Giorgian De Arrascaeta do Uruguai ponderou que a seleção celeste não poderia ser considerada uma das favoritas ao título mundial.[15] Por sua vez, o defensor Diego Godín disse: "Todos sonhamos, não é uma utopia. Aqui nós acreditamos, sonhamos da mesma maneira com a mesma força que sonham os três milhões de uruguaios, mas com os pés no chão, sabendo o quanto é difícil."[16] A expectativa do confronto concentrou-se em Mohamed Salah e Luis Suárez: o egípcio vinha de ótimas atuações que o fez ser considerado um melhores jogadores da temporada, mas que havia se lecionado na decisão da Liga dos Campeões da UEFA;[17] e por outro lado, o atacante uruguaio foi suspenso por nove jogos por conta de uma mordida em Giorgio Chiellini, defensor da Itália em uma partida realizada na edição anterior, em 2014.[17]
Bandeirinhas: Alexander Guzmán
Cristian de la Cruz
Quarto árbitro: Ricardo Montero
Quinto árbitro: Hiroshi Yamauchi
Árbitro assistente de vídeo: Artur Soares Dias Árbitros assistentes de árbitro de vídeo: Tiago Martins
Carlos Astroza
Wilton Sampaio
Disciplina
Os pontos por fair play teriam sido usados como critério de desempate se duas equipes tivessem empatadas em todos os demais critérios de desempate. Estes foram calculados com base nos cartões amarelos e vermelhos recebidos em todas as partidas do grupo da seguinte forma:
↑«Egypt v Uruguay – Man of the Match». FIFA.com. Fédération Internationale de Football Association. 15 de junho de 2018. Consultado em 15 de junho de 2018
↑«Egypt v Uruguay – Man of the Match». FIFA.com. Fédération Internationale de Football Association. 15 de junho de 2018. Consultado em 15 de junho de 2018
↑«Russia v Egypt – Man of the Match». FIFA.com. Fédération Internationale de Football Association. 19 de junho de 2018. Consultado em 19 de junho de 2018