A Conferência Intergovernamental de Especialistas sobre as Bases Científicas para o Uso Racional e a Conservação dos Recursos da Biosfera,[1] comumente referida como Conferência da Biosfera de 1968 ou Conferência da Biosfera de Paris, foi um evento científico realizado em 1968 na cidade de Paris, com o objetivo central de tratar da conservação e do uso sustentável da biosfera. Dentre seus principais resultados encontra-se o estabelecimento do Programa Homem e a Biosfera, que por sua vez é responsável pelas Reservas da Biosfera, um tipo de área protegida.
Este evento foi organizado sob a égide da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e com as Nações Unidas (ONU), e com apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e do Conselho Internacional de Ciência (CIC).[1][2]
A conferência buscou encorajar uma abordagem multi-atores para a utilização racional e a conservação dos recursos da biosfera. Durante ela ocorreram debates preliminares sobre o conceito de desenvolvimento sustentável alguns anos antes da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972. Essa conferência foi a primeira reunião global de caráter intergovernamental a adotar uma série de recomendações sobre as questões ambientais e para enfatizar a sua crescente importância.
O evento reuniu cerca de trezentos delegados representando mais de sessenta governos nacionais. Os países tomando parte no evento foram:[1]
A Santa Sé, um Estado não membro da ONU, também estava representada.
As principais pessoas encarregadas do evento foram:[3]