Os frutos são ricos em compostos bioactivos, sendo, portanto, um ótimo alimento.[4]
Citricultura é o estudo das formas de produção de citrinos.
Descrição
Este género é constituído por arbustos grandes ou árvores de tamanho pequeno a médio, atingindo de 5 a 15 m de altura, com ramos espinhosos e folhas persistentes, com uma margem inteira, dispostas alternadamente.
As flores são solitárias ou em pequenas inflorescências, cada flor com 2–4 cm de diâmetro, com cinco (raramente quatro) pétalas brancas e numerosos estames poliadelfos. As flores são geralmente muito perfumadas, devido à presença de glândulas de óleos essenciais.[5]
O fruto é um hesperídeo.
Taxonomia
A taxonomia do gênero é complexa. Quase todas as espécies cultivadas são híbridos. Hibridações podem ter ocorrido na natureza entre pés selvagens, mas muitas são provavelmente resultados diretos ou indiretos do cultivo. Todos esses híbridos são descendentes diretos ou indiretos de algumas antigas espécies selvagens.[6]
Recentes evidências genéticas apontam para apenas três espécies: a tangerina, a cidra e o pomelo e talvez espécies do subgênero Papeda. Elas são grandes arbustos ou pequenas árvores, alcançando entre 5 m e 15 m de altura.
A poda é uma operação cultural feita desde há muitos anos em muitas espécies cultivadas. Nos citrinos pode ser feita com vários objetivos: controlo do desenvolvimento e da forma da árvore; aumento do tamanho e da qualidade do fruto; controlo de pragas e doenças; controlo da alternância de produções; e diminuição dos custos de produção.[11]
Doenças e pragas
Tanto as doenças como as pragas podem matar as plantas ou tornar os frutos impossíveis de serem comercializados ou consumidos.
Segundo a Embrapa, as principais doenças que acometem os citrus são:[12]
Estiolamento Damping-Off - as sementes apodrecem e não germinam ou a plantas recém-nascidas ficam amarelecidas, apodrecem e morrem;
Tristeza - a planta para de se desenvolver, acontecendo a redução do tamanho das folhas, folhas com sintomas de deficiência de micronutriente e frutos pequenos e endurecidos. Algumas espécies, como a laranja-pera, a lima-ácida do tipo galego, e alguns pomelos são mais suscetíveis à doença;
Verrugose - lesões salientes, corticosas irregulares que se agrupam atacam folhas e brotos;
Gomose - afeta a casca e a parte externa do lenho nas raízes, tronco e folhas, que ficam amarelas. O sintoma clássico é a de goma de coloração marrom na planta;
Rubelose - os galhos ficam revestidos pelo fungo que a princípio é branco, tornando-se amarelo róseo com o avanço da doença. O galho seca, a casca parte e se levanta;
Melanose - pequenas lesões arredondadas, ligeiramente salientes, de coloração escura, recobrem frutos, folhas e ramos.
↑«Citrus L.». Plants of the World Online. Royal Botanic Gardens, Kew. Consultado em 10 de setembro de 2021
↑Duarte, A.; Fernandes, J.; Bernardes, J.; Miguel, G. (2016). «Citrus as a Component of the Mediterranean Diet (PDF Download Available)». ResearchGate (em inglês). Journal of Spatial and Organizational Dynamics, IV(4): 289-304. Consultado em 15 de outubro de 2017 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑(em inglês) Nicolosi, E.; Deng, Z.N.; Gentile, A.; La Malfa, S.; Continella, G. & Tribulato, E., 2000, Citrus phylogeny and genetic origin of important species as investigated by molecular markers. Theoretical and Applied Genetics100(8): 1155-1166. doi:10.1007/s001220051419 (resumo em HTML).