O Ceilândia Esporte Clube foi fundado em 1963 como Dom Bosco Esporte Clube. O clube era da Vila do IAPI. O fundador do clube foi o Francisco da Silva, o "Seu Chicão". Em 31 de dezembro de 1967 enfrenta o Botafoguinho da mesma Vila. O jogo foi uma homenagem ao Benê, que estava presente no estádio.[2]
Disputou o Departamento Autônomo de 1968. Pela competição enfrentou o Grêmio Recreativo do Gama em 27 de janeiro de 1968. Estavam em campo pelo Dom Bosco: Cabeludo, Chicão, Babá, Índio, Juracy, Carneiro, Roque, Pantera, Paulinho, Reco e Bolinha.[3]
Seu maior rival era o Juventude. Em 1983, um clube amador adota o nome de Dom Bosco Esporte Clube, passando a ser um clube fênix da equipe, e disputa o Departamento Autônomo de 1983. Durou apenas esse campeonato.[4][5]
1979-Atual - Ceilândia Esporte Clube
Em 1977, surgiram as primeiras tentativas no sentido de profissionalizar o Dom Bosco. Finalmente, em 27 de março de 1978, o Dom Bosco foi registrado. Um ano depois, por sugestão da então administradora de Ceilândia, Maria de Lourdes Abadia, em 25 de agosto de 1979 [1], o estatuto do time foi alterado, mudando o nome de Dom Bosco Esporte Clube para Ceilândia Esporte Clube, concretizando no estatuto a mudança de nome, mas, manteve as cores alvinegras, inspiradas no Botafogo-RJ (time de coração do Sr. Chicão), inclusive em seu uniforme, a tradicional camisa listrada do Ceilândia é inspirada nas cores do clube carioca.
A primeira partida profissional do Ceilândia foi disputada ainda em 1979, diante do então clube mais importante do Distrito Federal: o Brasília. O Ceilândia perdeu a partida por 2x1, sendo Risadinha o autor do primeiro gol da história do Ceilândia.
A estreia do Ceilândia em um campeonato nacional foi em 1989. Nesse ano, o time conquistou o direito de participar da série B do Campeonato Brasileiro ao vencer o terceiro turno do Campeonato Metropolitano daquele ano, na Série B o Ceilândia conseguiu passar para a segunda fase, mas acabou eliminado pelo Rio Branco, terminando o campeonato na 31ª colocação dentre 96 participantes. Foi o time candango mais bem colocado naquele ano.
Consagração Regional
2010
Em 2010, o Ceilândia entra para a história do futebol candango e deixa de ser apenas um coadjuvante, ao conquistar de forma respeitável o Campeonato Metropolitano, o Candangão 2010, ao vencer surpreendentemente o Brasiliense por 3x1 no Abadião. No jogo da volta, conseguiu segurar um empate em 2x2, após estar perdendo o jogo por 2x0. O Ceilândia quebrou uma série de seis títulos seguidos do Brasiliense, e com o triunfo, garante acesso ao Campeonato Brasileiro da Série D de 2010 e a Copa do Brasil de 2011.
2012
Em 2012, o Gato Preto surpreendeu ao chegar as duas finais do Candangão. De forma respeitável, o Gato Preto perdeu o primeiro turno, a Taça JK, para o Luziânia por 3 a 2 na casa do adversário. Porém, ganhou o segundo turno, a Taça Mané Garrincha, por 4 a 1 contra o Sobradinho também na casa do adversário. Com o resultado conquistou uma das vagas para a Copa do Brasil 2013, destinadas aos representantes do DF. Disputou a grande final contra o Luziânia, venceu o primeiro jogo por 1x0, e perdeu o segundo pelo mesmo placar, acabou se consagrando campeão dado a sua melhor campanha na primeira fase da competição. Conquistando assim o Bi Campeonato Candango e uma vaga para o Campeonato Brasileiro Série D de 2012.
2022
Após conquista do Vice-Campeonato Brasiliense de Futebol em 2021 e 2022, a equipe conquistou vagas para disputar o Campeonato Brasileiro da Série D, a Copa Verde e a Copa do Brasil de 2022. Em 2022 a equipe fez história chegando pela primeira vez a terceira fase da Copa do Brasil, passando pelo Londrina e Avaí, tendo o Botafogo como adversário da Terceira fase, o primeiro jogo terminou com o placar de 3x0 para o Alvinegro carioca, a partida de volta foi repetido o placar de 3x0 para o Botafogo e com isso o Ceilândia terminou a sua campanha na terceira fase da Copa do Brasil.[6]
O Centro de Treinamento do Ceilândia, batizado de "Cidade do Gato" ou ''CT do Gato Preto'', é um dos centros de treinamento mais modernos da Região Centro-Oeste do Brasil. Foi construído entre 2011 e 2012 pela gestão de José Beni, ex-presidente do Gato Preto.[9] O CT fica a aproximadamente 9 quilômetros da cidade de Ceilândia.
Símbolos
Escudo
Em seu escudo, o Ceilândia leva a Caixa D´Água da Ceilândia, um cartão postal e "ícone da memória da construção da Região Administrativa de Ceilândia".
Ídolos
O clube tem, como ídolos: o atacante Risadinha, autor do primeiro gol da história do clube;o volante Didão que é um dos jogadores com mais jogos com a camisa do Gato e também um dos maiores da história do clube, o atacante Cassius (Maior artilheiro de todos os tempos com 101 gols vestindo a camisa do Ceilândia) e os conhecidos Dimba (com 35 gols, sendo o segundo maior artilheiro da história do Ceilândia) e Allan Dellon, que passaram por grandes clubes brasileiros. Os três últimos participaram das campanhas vitoriosas que rendeu os títulos de 2010 e 2012 do clube.
Rivalidade
Gama x Ceilândia
A primeira vez que Gama e Ceilândia se enfrentaram foi no dia 6 de julho de 1980, no Bezerrão. Ainda comandado por Fantato, o Gama não teve dificuldades para vencer por 3 x 0. O Ceilândia nunca derrotou o Gama por um placar dilatado. O melhor resultado foi um 3 x 0, em 20 de abril de 1986. A maior goleada pelo lado gamense foi no Campeonato Brasiliense de 2020, em pleno Abadião, o Gama goleou por 6x0 pela primeira fase.[10][11]