Outro século se passou e Dracula desperta de seu sono com um plano: se ele fosse derrotado de novo, ele não seria o único a morrer. Ele rapidamente chamou a atenção de um novo Belmont: Simon Belmont, tataraneto de Christopher que foi treinado com a experiência dos dois grandes caçadores de vampiros antes dele. Acontecendo no ano 1691, Simon enfrenta o Dracula com toda a habilidade de um guerreiro e o derrota, neste que seria o primeiro jogo da série com o título "Castlevania".[5]
Jogabilidade
O jogo possui seis fases, que são jogadas em uma progressão estritamente linear. A principal arma de ataque é o chicote Vampire Killer, que pode ser melhorado através da coleta de objetos especiais durante o curso do jogo, estendendo seu comprimento. Além do chicote, várias "sub-armas" podem ser obtidas, fornecendo diferentes tipos de ataque. Ao quebrar candelabros e outros objetos situados em todo o castelo, Simon coleta corações, que podem ser usados para ativar as sub-armas. Simon só pode carregar uma sub-arma de cada vez.
Castlevania foi dirigido por Hitoshi Akamatsu, um admirador de cinema que abordava projetos com a "visão de um diretor de filmes", e afirmou que visuais e música do jogo foram feitos "por pessoas que conscientemente queriam trabalhar em algo cinemático".[6] Akamatsu queria que os jogadores se sentissem em um clássico filme de terror.[7]
Originalmente lançado como Akumajō Dracula para o Famicom Disk System em 1986, o jogo obteve sucesso no Japão e foi relançado sob o título de Castlevania para o NES na América do Norte em 1987 e na Europa em 1988, além de ser relançado para o Famicom sob o título original em 1993.[8] O nome internacional de Castlevania foi o resultado do desconforto do vice-presidente da Konami of America, Emil Heidkamp, com as conotações religiosas do título japonês, "Akumajō Dracula", que ele acreditava ser traduzido como "O Castelo Satânico de Dracula".[9]
Castlevania foi um dos primeiros grandes jogos de plataforma no NES, e parte de uma segunda onda de títulos para o console.[10] Seu lançamento coincidiu com o 90º aniversário da obra Dracula de Bram Stoker.[11]
Os ataques com chicote foram inicialmente planejados para atingir múltiplas direções, mas isso só veio a ser aplicado em Castlevania IV.[12] Outras sub-armas foram planejadas, como alho, estacas de madeira, e um objeto que transforma o personagem em um lobisomem, mas não chegaram a ser incluídas.[12]
Desde o lançamento original, Castlevania recebeu várias análises positivas. O jogo vendeu impressionantemente bem e foi considerado um clássico pela Retro Gamer e IGN.[8][21]
Em 2001, a Game Informer o listou como o 48º melhor jogo já criado, afirmando que sua jogabilidade definiu o padrão da indústria.[22] Tim Turi afirmou que o Castlevania original tornou a série "lendária", e o chamou de uma "experiência essencial da série".[23]
Em 2006, a Nintendo Power o considerou como o 22º melhor jogo feito em um consoleNintendo na sua lista de "200 melhores jogos",[24] e em agosto de 2008 como o 14º melhor jogo do NES.[25]
A IGN o colocou em 19º na sua lista de melhores jogos do NES, elogiando sua dificuldade, jogabilidade, trilha sonora, e visuais.[26] Lucas M. Thomas, mencionou o realismo relativo das armas, e o elogiou por não se levar tão à sério enquanto promovendo um ambiente amedrontador, com a combinação desses elementos e outros pontos culminando em um comentário sobre o jogo ser "único e maravilhoso", que influenciou futuros jogos da franquia.[27] Mark Birnbaum avaliou a versão para Virtual Console, e afirmou ter pessoalmente gostado da dificuldade e do design, mas comentando que pessoas que se frustravam rapidamente prefeririam o sucessor, Castlevania IV.[28] Lucas M. Thomas incluiu a versão de 25º aniversário da série em uma lista de aniversários esquecidos que aconteceram em 2011, comentando achar estranho Castlevania ter tantos títulos antes de seu 25º aniversário e apenas um título em 2011.[29]
A GameZone o considerou o 8º melhor jogo da franquia, com Robert Workman, editor da revista, comentando que o título envelheceu bem e que trouxe grande valor para o Wii Virtual Console.[30]
A Retro Gamer o chamou de um dos jogos mais duradouros já criados, apontando que sua capacidade de apresentar uma atmosfera adulta e desafiadora era mais importante do que sua jogabilidade única.[8]
Kurt Kalata, da 1UP.com, o elogiou pelo nível de dificuldade e design visual realista.[31]
A Classic NES Series, que relançou o jogo, foi recebida com análises mistas, alcançando nota agregada de 74/100 no Metacritic e 71% no GameRankings.[19][20]
Notas
↑Conhecido no Japão como Akumajō Dracula (悪魔城ドラキュラ,Akumajō Dorakyura?, lit. "Castelo Demoníaco do Dracula")[3]
↑Konami (4 de agosto de 2010). Castlevania: Harmony of Despair. Konami. Em japonês: 歴代の「悪魔城ドラキュラ」シリーズから選ばれた登場キャラクターを操作して、仲間たちと悪魔城に乗り込み、宿敵ドラキュラ伯爵に立ち向かおう。Em português: Controle os protagonistas de Castlevanias anteriores para desbravar o Castelo Demoníaco junto de amigos e derrote o velho inimigo Conde Dracula.
↑Akumajō Dracula instruction manual (em inglês). [S.l.]: Konami. 1986. pp. 6–7. KDS-AKM
↑ abcMcFerran, Damien. «The History of Castlevania». Retro Gamer (em inglês) 56 ed. pp. 55–61
↑Harris, Blake (2014). Console Wars: Sega, Nintendo, and the Battle that Defined a Generation (em inglês) First ed. New York, NY: HarperCollins. pp. 200–201. ISBN9780062276698
↑«NP Top 200». Nintendo Power (em inglês). 200. Fevereiro 2006. pp. 58–66
↑«Nintendo Power – The 20th Anniversary Issue!» (Magazine). Nintendo Power (em inglês). 231 231 ed. San Francisco, California: Future US. Agosto 2008. p. 71