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Em 1129, os domínios de Chaves e de Santo Estevão foram retomados por forças Muçulmanas, sendo recuperados por Rui e Garcia Lopes (1160), dois irmãos cavaleiros que ofereceram os seus serviços a D. Afonso Henriques (1112-1185). A edificação do Castelo de Santo Estevão teria sido iniciada nessa época, para ser concluída no reinado de seu filho e sucessor, D. Sancho I (1185-1211). Aqui se celebraram as núpcias da infanta D. Teresa, filha de D. Sancho I, com Afonso IX de Leão, e neste castelo viveram as outras filhas de D. Sancho I: D. Mafalda, D. Sancha e seu filho, o infante D. Afonso que veio a suceder ao seu pai no trono.
Tendo os domínios de Chaves sido conquistados por Afonso IX de Leão e Castela (1221), o Castelo de Santo Estevão também o foi, permanecendo como penhor do litígio entre os soberanos de Castela e Portugal até à solução do conflito, no Sabugal, em 1231.
Durante o reinado de D. Afonso III (1248-1279), neste castelo se celebraram as segundas núpcias do soberano, com D. Beatriz, filha ilegítima de Afonso X de Castela (1253). As habitações da vila foram adaptadas para servir como alcáçova para receber os noivos, que aqui passaram a residir. O soberano concedeu Carta de Foral à povoação (15 de Maio de 1258), criando o Concelho de Santo Estevão de Chaves, época em que se iniciou a reconstrução do castelo.
O seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), veio ao castelo esperar a noiva, D. Isabel, filha de D. Pedro III de Aragão. Nessa altura, esta fortaleza pertencia a seu irmão Martim Afonso, o "Chichorro".
Posteriormente, durante a crise de 1383-1385 as forças de D. João I (1385-1433) acampam na vila de Santo Estêvão preparando-se para o assalto a Chaves, cujo alcaide, Martim Gonçalves de Ataíde, tinha jurado fidelidade a Castela. Reza a tradição que o soberano aqui teria retornado com suas tropas, na noite de Natal de 1423.
Após esses acontecimentos, as dependências do castelo medieval foram abandonadas, tendo sido, posteriormente, adaptadas a residência paroquial.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 16 de Maio de 1939. Mais recentemente, passou por intervenção de consolidação e restauro a cargo do poder público português.
Características
Do antigo castelo, resta a sólida torre de menagemameada, de planta quadrangular, em aparelho de granito, com dois pavimentos.
Junto ao castelo ergue-se a Igreja Matriz, com uma só nave.
Referências
↑«Monumentos». www.monumentos.gov.pt (em inglês). Consultado em 27 de outubro de 2020