O Castelo de Estômbar, também denominado como Abenabece, é estrutura militar em ruínas, situada na vila de Estômbar, no Município de Lagoa, na região do Algarve, em Portugal.
Consistia numa fortificação construída em taipa,[1] formando uma planta poligonal.[2] O conjunto das muralhas desapareceu quase totalmente, tendo sobrado apenas os vestígios de uma torre, de planta quadrada, e dos arranques das muralhas que partiam dela.[1] A torre media cerca de cinco metros de lado, e era igualmente em taipa, com alicerces e cunhais em pedra.[2] Esta configuração é semelhante à das torres no lanço setentrional das muralhas de Silves.[2] Estas ruínas situam-se na área mais elevada da vila, nas imediações do largo Dr. José Lapa Fernandes Manuel.[1]
O castelo foi provavelmente construído no século XI, durante o período de domínio muçulmano sobre a Península Ibérica.[3] Estômbar situa-se nas imediações do Rio Arade, que no período muçulmano era navegável, constituindo um importante corredor de passagem entre o litoral e o interior, principalmente a cidade Silves, que era a capital da região islâmica.[2] Muito perto de Estômbar, no local da moderna aldeia da Mexilhoeira da Carregação, situava-se um porto no Rio Arade.[2] Além disso, Estômbar era um importante centro produtor de sal.[3]
Segundo o investigador Christophe Picard, o castelo de Estômbar faria parte de um conjunto de fortificações muçulmanas ao longo da costa algarvia, em conjunto com os de Alvor, Portimão e Albufeira.[4] Foi reconquistado pela primeira vez em 1191, durante o reinado de D. Sancho I.[5]
↑ abROSÁRIO, Gordalina (2004). «Castelo de Estômbar / Castelo de Abenabece». Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 27 de Fevereiro de 2024