Campinas, também conhecida como Arraial de Campinas, Setor Campinas, Campininha das Flores[nota 1], é um bairro situado na região Centro-Oeste[1] de Goiânia.[2] Sua história remonta a um antigo município brasileiro que fazia parte do estado de Goiás[3], antecedendo à fundação da capital goiana.
Por ter precedido a capital, Campinas desempenhou um papel importante em sua formação.[4] Atualmente, é um dos bairros mais relevantes de Goiânia, notável por sua considerável concentração de estabelecimentos comerciais.
Em 2002, de acordo com dados da Secretaria de Planejamento do Município de Goiânia, o bairro abrigava 13.147 habitantes. Entretanto, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas pela prefeitura, no Censo de 2010, a população de Campinas havia diminuído para 10.918 pessoas.[5]
História
Arraial de Campinas
Em de 8 de julho de 1810 [nota 2], o alferes Joaquim Gomes da Silva Gerais estava a procura de minas de ouro próximo ao rio Anicuns e resolveu se fixar na região atraído pela beleza da terra.[6] Não encontrou ouro, mas minas de ferro, e assim estabeleceu uma fazenda no local. Em 1813, Joaquim doou uma porção da terra para construção da igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Com o tempo, algumas famílias vindas de São Paulo e Minas Gerais também se estabeleceram na região, dando-lhe o nome de Campininha das Flores.
Freguesia
Em 1843, a povoação foi elevada à categoria de freguesia, passando a fazer parte da Vila de Bonfim (Silvânia, atualmente).
Vila
Em 1907, Campinas ganhou a denominação de vila, mantendo jurisdição sobre o Patrimônio de Barro Preto, povoação que corresponde à atual cidade de Trindade.
Município
Em 1914, Campinas foi elevada a condição de município brasileiro do estado de Goiás.[7]
Bairro de Goiânia
Com a construção da nova capital de Goiás no início dos anos 1930, Campinas foi incorporada ao novo município.[8]
Bairro
Campinas é um bairro de um intenso comércio popular e especializado, concentrado sobretudo ao longo da Avenida 24 de Outubro, da Avenida Anhanguera e das adjacências destas. Também é responsável por 74% da arrecadação de impostos do município de Goiânia.[9]
Dentre os vários atrativos do bairro, destaca-se, também, o enorme carinho de seus moradores pelo Atlético Goianiense, time mais antigo da cidade e que surgiu no bairro centenário. Em dias de jogos no Estádio Antônio Accioly ou no Estádio Olímpico de Goiânia é impossível não notar a enorme peregrinação de rubro-negros rumo ao estádio. A torcida rubro-negra declara em todos os jogos o amor pelo bairro cantando: "Somos do bairro de Campinas/ Bairro de luta e tradição/ te juro que em todos os momentos/ Pra sempre contigo eu vou estar/ Dá-lhe dá-lhe dá-lhe e ô/ dá-lhe dá-lhe dá-lhe Atlético/ Graças a Deus!".
Padre João Francisco Guimarães: 1878-1881, que foi “suspenso do uso das ordens” e a paróquia ficou “vaga” durante 10 anos.
Padre Francisco Inácio de Souza: 1891-1893
Padre Inácio Antônio da Silva: 1893-1894, que recebeu os redentoristas e entregou-lhes a Paróquia no dia 20/01/1895, na Festa de São Sebastião.
Notas
↑Nome dado carinhosamente à região de Campinas por seus pioneiros e demais moradores, já no século XIX, devido às características de seu terreno e flora nativos.
↑Data de comemoração do aniversário da antiga cidade e atual bairro
↑Godinho, Daniele (16 de março de 2018). «Comércio e memória urbana: um estudo do bairro de Campinas em Goiânia»(PDF). Biblioteca Digital da UFG. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Projeto e Cidade da Faculdade de Artes Visuais da UFG. Consultado em 3 de dezembro de 2022