Os canadenses continuaram a dominar o torneio nos primeiros anos após a volta do torneio, mas de 1954 em diante o torneio ficou cada vez mais competitivo. Tchecoslováquia e Suécia melhoraram o nível de jogo, e a União Soviética entrava na competição pela primeira vez.
A hegemonia canadense foi rompida por causa da proibição dos profissionais da NHL de participarem do torneio. Tanto os Estados Unidos quanto o Canadá foram prejudicados; as seleções européias, compostas em sua maior parte de amadores (ainda que algumas seleções tinham status duvidoso e contestável) e quase não foram atingidas pela proibição. Muitos canadenses viram essa decisão como discriminatória.
Durante esse período os soviéticos dominaram o torneio, chegando a vencê-lo por nove vezes seguidas. Em 1970 a FIHG permitiu que os canadenses escolhessem nove profissionais para jogarem por seu país e suas outras ligas profissionais. Porém, o campeonato ocorre na mesma época da Copa Stanley, o que tornava impossível a convocação dos melhores jogadores, que defendiam seus clubes nos playoffs ao mesmo tempo em que a seleção nacional jogava na Europa. Essa decisão foi revista e revogada mais tarde, o que provocou o boicote canadense por sete anos seguidos. Durante esse período os soviéticos e os tchecoslovacos dividiram os torneios entre si, com destaque para o primeiro. O time venceu 22 torneios antes de o país deixar de existir em 1991.
Em 1976, o novo presidente da federação decidiu permitir a entrada de profissionais em todas as equipes, e o Canadá retornou no ano seguinte. Não só esta seleção se beneficiou, mas todas as outras. O nível da competição ficou tão alto que nem mesmo os mais experientes jogadores da NHL puderam dominar o torneio sozinhos. A primeira vitória do Canadá só ocorreu em 1994, 18 anos depois da decisão da FIHG e 33 anos depois da última vitória canadense.
Pós-Guerra Fria
No início da década de 1990, dois países, a União Soviética e a Tchecoslováquia deixaram de existir. Várias consequências foram sentidas, sendo que as mais importantes foram essas:
Os jogadores desses países agora eram livres para jogarem na NHL, o que fez com que eles não pudessem mais defender seus países, já que os playoffs da Stanley Cup são realizados na mesma época do campeonato;
Os países que se tornaram independentes queriam que suas seleções participassem na elite, mas apenas Rússia e República Tcheca tiveram esse privilégio. As novas seleções tiveram que jogar a terceira divisão antes de alcançar os níveis mais altos.
Essa última razão foi a que mais provocou modificações no sistema do torneio. Ficou claro que muitas das novas seleções se tornariam melhores que muitas existentes. Países como Áustria, França, Alemanha e Suíça se sentiram ameaçadas com a adesão de tantos times talentosos. Em pouco tempo a FIHG decidiu expandir o torneio para que todos tivessem seu espaço.
O novo milênio
No início dos anos 2000, as duas seleções que compunham a Tchecoslováquia dominaram. Eslovacos e tchecos venceram em 2002, e em 1999, 2000 e 2001 respectivamente. O Canadá voltou a ser a temida seleção que era antes, e já venceu o torneio por três vezes na década: em 2003, 2004 e 2007, assim como os torneios de hóquei dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002 e 2006, e a Copa do Mundo de Hóquei. A Rússia, principal sucessora da União Soviética, venceu o torneio de 2008 e parece estar se recuperando da separação do país gradualmente, pois venceu novamente em 2009, 2012 e 2014.
Formato
O formato atual possui 16 times no campeonato principal, e três divisões de acesso: 12 times na Divisão I, 12 times na Divisão II, e os times remanescentes na Divisão III . No nível mais alto, os times são divididos em 2 grupos de 8, com os quatro primeiros de cada grupo indo para a segunda fase, e os últimos sendo rebaixados para a Divisão I. A segunda fase é um torneio eliminatório de jogo único, com quartas-de-final, semifinal, disputa de terceiro e final.