Essa edição manteve a tese das edições anteriores que, apesar da polarização dos quatro grandes (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama), os clubes considerados pequenos pela grande mídia, mostraram força e competência, fazendo assim o sucesso do torneio, que por mudanças de regulamento nos anos seguintes realizadas pela FERJ, não houve o mesmo efeito.
Regulamento
Assim como nas últimas edições anteriores, os participantes foram divididos em dois grupos. Na primeira fase (Taça Guanabara), os times jogam dentro de seus grupos e o primeiro de um grupo enfrenta o segundo do outro numa semifinal. Os vencedores irão para a final do turno em duas rodadas, o vencedor dessa final, torna-se o campeão da Taça Guanabara de 2007.
Na segunda fase (Taça Rio), os times jogam contra os do outro grupo, embora a classificação seja dentro de cada grupo. O primeiro de um grupo enfrenta o segundo do outro numa semifinal. Os vencedores se enfrentam na final do turno em duas rodadas, o vencedor do confronto será declarado o campeão da Taça Rio de 2007.
Os vencedores de cada turno disputam entre si dois jogos finais no Maracanã para estabelecerem o campeão carioca. Caso a mesma equipe vença os dois turnos, será declarado campeão automaticamente. O campeão e o vice-campeão do campeonato tem o direito de disputar a Copa do Brasil de 2008, desde que não estejam participando da Copa Libertadores da América. Os três melhores colocados (com exceção dos quatro grandes) disputarão a Série C do Campeonato Brasileiro do mesmo ano.
(*) O Estádio de São Januário não será utilizado em confrontos que envolvem Botafogo, Flamengo e Fluminense, sendo estes jogos transferidos para o Maracanã.
Nesse Campeonato Carioca, foi marcado pela reinauguração do Maracanã (fechado desde 2005, e reaberto em 2006, mas as obras ainda estavam em andamento) após a sua segunda reforma, visando a realização das cerimônias de abertura e de encerramento, além das partidas de futebol dos Jogos Pan-Americanos que viriam a acontecer em julho do mesmo ano, tendo como destaque principal, as “Cadeiras Azuis” no lugar da antiga “Geral”.[1]
Na abertura do torneio, no dia 24 de janeiro, foi realizada uma “rodada dupla” com os seguintes jogos: “Fluminense vs. Friburguense”, foi vencido pelo tricolor por 1 a 0 contra o clube de Nova Friburgo; “Botafogo vs. Madureira”, campeão e vice-campeão da edição anterior, respectivamente, foi empate por 2 a 2. Além disso, a FERJ fez ainda uma menção honrosa ao Pan, com a logomarca oficial do evento no troféu do campeão estadual, conquistado pelo Flamengo.[carece de fontes?]
Gol 1000 que não saiu
Aos então 41 anos de idade, o atacante Romário sonhava em fazer o seu milésimo gol pelo Vasco da Gama. Após a vitória do Cruzmaltino no clássico contra o Flamengo no Maracanã, pela terceira rodada da Taça Rio, quando chegou a marca de 999 gols, aumentou ainda mais a expectativa.[2]
Houve três tentativas após essa partida, a última foi no clássico contra o Botafogo (cujo clube foi o que mais levou gols do Baixinho, pois foi o único dos quatro grandes do Rio de Janeiro aonde ele nunca jogou), pela semifinal da Taça Rio.[3] Num Maraca de quase 40.000 torcedores, houve um empate de incríveis 4 a 4 para cada um, mas sem o gol 1000.
Para piorar, Romário ainda sentiu fortes cãimbras (muito comum na idade) e não participou da disputa de pênaltis.
Contudo, ainda viu o Vasco perder nos pênaltis para a Estrela Solitária por 4 a 1[4], resultando ainda a demissão de Renato Gaúcho do cargo de técnico do clube[5] e com a eliminação do Campeonato Carioca (além da Copa do Brasil após a derrota para o Gama - de Brasília), o Vasco ficou um mês sem jogar uma partida oficial até o inicio do Campeonato Brasileiro, aonde Romário, enfim, conseguiu fazer mil gols na partida contra o Sport (de Pernambuco) em São Januário.
Outros destaques
Foi o primeiro Campeonato Carioca sem Eduardo Viana (o Caixa d’Água), ex-presidente da FERJ após sua morte em agosto de 2006. Também foi a primeira edição do atual presidente da federação, Rubens Lopes (ex-presidente do Bangu Atlético Clube, além de vice-presidente na última gestão de Eduardo Viana).
Pela primeira vez em 101 edições do Campeonato Carioca, as duas semifinais da Taça Rio foram decididas nos pênaltis.
Pela segunda vez, o título foi decidido nos pênaltis.