O Cais da Sagração foi um antigo terminal portuário, construído na cidade de São Luís, no Maranhão, localizado na Avenida Beira-Mar.[carece de fontes?]
Foi o principal porto de São Luís, até a construção do Porto do Itaqui, na década de 1960.
Entre o fim do século XVIII (período pombalino) até a segunda metade do século XIX, o Maranhão passou por significativa expansão econômica, em especial, pela exportação de algodão e arroz. Isso fazia de São Luís o principal porto para exportação e entrada de artigos importados na região. Nesse período, ocorreu a construção do complexo arquitetônico do Centro Histórico de São Luís.[1]
O local onde foi construído o Palácio do Governo (atual Palácio dos Leões) sofria com a intensidade das ondas do mar. Foram construídos dois baluartes (Baluarte de São Cosme e Damião), em formato de meia-lua, na tentativa de conter o avanço do mar, mas o esforço foi insuficiente para conter os danos. [1]
Desse modo, foi lançado o projeto de construção de um novo porto, com o objetivo de evitar a escavação e o desmoronamento do baluarte, facilitar a comunicação entre a Praia Grande e as ruas que terminam no mar, acabar com o pântano, que existia desde o Baluarte até os Remédios e, por fim, dar melhor estética à vista da cidade.[carece de fontes?]
A construção do Cais da Sagração foi iniciada em 1841, mesmo ano da coroação de D. Pedro II como Imperador do Brasil, tendo recebido esse nome em homenagem ao novo monarca. O cais funcionaria como porto, no local onde essa atividade já existia, mas agora com novas estruturas.[1]
Foi construída uma grande extensão de muralhas espessas, feitas em alvenaria de pedra e reboco, pintadas na cor branca, interrompidas por três rampas. Duas meias-luas também interrompem o sentido retilíneo da muralha, correspondentes aos Baluartes de São Cosme e Damião. Os muros possuem bancos embutidos. Em seu entorno, fica localizada a Avenida Beira-Mar, em trecho arborizado com coqueiros.[carece de fontes?]
No projeto original, iria até o Convento das Mercês, mas por falta de recursos, foi limitado a onde hoje fica o Cais da Praia Grande até próximo à Praça Maria Aragão, em 1865. O local ainda funciona como terminal hidroviário, realizando parte do transporte de passageiros na Travessia São Luís-Alcântara, na Rampa Campos Melo.[1]
A obra serviu de inspiração para o escritor maranhense Josué Montello, que a imortalizou no romance Cais da Sagração, com o Mestre Severino como personagem central, um barqueiro experiente e usuário constante do principal atracadouro das embarcações na cidade de São Luís.
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