Cafundó é um filme brasileiro de 2005, do gênero drama, dirigido por Clóvis Bueno e Paulo Betti e protagonizado por Lázaro Ramos. O filme é uma cinebiografia baseada no milagroso senhor João de Camargo, de Sorocaba, e tem como base o livro João de Camargo de Sorocaba: O Nascimento de uma Religião, de Carlos de Campos e Adolfo Frioli. O título vem de um antigo quilombo, fonte da inspiração espiritual original de João de Camargo, localizado no atual Salto de Pirapora.[2]
Sinopse
Estado de São Paulo, década de 1890. João (Lázaro Ramos) é um ex-escravo filho de uma sacerdotisa orixá e trabalha como vaqueiro para um coronel. Um dia, ele e seu amigo Cirino (Leandro Firmino) decidem deixar a fazenda. João leva a mãe para o Cafundó, bastião da religião afro-americana nas redondezas. No entanto, João deixa a comunidade e faz recados para trabalhar em empregos braçais. Ele conhece uma prostituta branca possuída chamada Rosário (Leona Cavalli) e se apaixona. Só depois de um casamento infeliz com Rosário e o falecimento de sua mãe, João tem uma série de visões e decide trabalhar como líder espiritual para Sorocaba. Em 1906, ele constrói uma igreja com a ajuda de Cirino e começa a pregar sua fé sincrética, que é uma mistura de adoração a Orixás, veneração de santos católicos e, eventualmente, o espiritismo kardecista.[3]
Elenco
Produção
O filme foi gravado em 2003 em locação no estado do Paraná,[4] principalmente em regiões de Curitiba, Castro,[5] Lapa, Paranaguá e Ponta Grossa.[6][7]
Recepção
O filme conquistou cinco Kikitos no Festival de Cinema de Gramado, nas categorias melhor ator para Lázaro Ramos, melhor direção de arte, melhor fotografia e prêmio especial do júri. Também foi premiado como melhor filme e melhor fotografia, no Festival de Cinema de Paraty.[8]
Prêmios e indicações
Ver também
Referências
Ligações externas