Era filho de Henri Gantin, chefe da estação ferroviária local, e Anne Tonondji, bisneta do rei DaoméGlèlè. Ele foi batizado logo após seu nascimento pelo padre Gaymard. Seu sobrenome significa árvore de ferro (Gan=árvore e tin=ferro) e isso se reflete em seu brasão.[2]
Ele estudou na escola regional de Abomei de 1929 a 1935. Em 1934, ele foi preparado para sua primeira comunhão pelo padre Le Port; aconselhado pelo padre Gautier, ele entrou no Seminário de Uidá em 28 de outubro de 1935. Em 1953, foi enviado a Roma para estudar na Pontifícia Universidade Urbaniana e na Pontifícia Universidade Lateranense, tendo se licenciado em teologia dogmática, em 1954 e em direito canônico, em 1955.[2]
Por limite de idade, aos 25 de junho de 1998, renunciou ao cargo de Prefeito da Congregação para os Bispos, e em 2002 renunciou ao título de Decano do Colégio de Cardeais retornando para o Benim.[2]
Essas consagrações foram anunciadas em 3 de junho e, no dia seguinte, o Cardeal Gantin enviou para os futuros bispos consagrados um aviso formal canônico, que declarava que eles poderiam ser incorridos automaticamente na penalidade da excomunhão se fossem ordenados por Lefebvre sem a permissão papal.
Como as consagrações foram realizadas, foi o responsável por assinar, como prefeito da Congregação para os Bispos, o decreto que declarava que o arcebispo Marcel Lefebvre estava incorrido automaticamente em excomunhão automática, em 1 de julho.[6]
Ele foi o primeiro, e até agora, único cardeal de Benim e o primeiro africano a ser chefe de um dicastério do Vaticano e Decano do Colégio de Cardeais desde que esse cargo foi estabelecido pelo Beato Papa Eugênio III em 1150.[2]
O cardeal Gantin era tido como introspectivo e avesso a entrevistas. Era tido também como um representante da ala mais conservadora da Igreja Católica, com estreita ligação com a Opus Dei.[7] Era fortemente contrário à Teologia da Libertação, com advertências aos seus principais expoentes, quando de uma de suas visitas ao Brasil.[8] Também defendia a tese de que os prelados, salvo raras exceções, deveriam permanecer para sempre em suas dioceses, como uma forma de evitar o carreirismo eclesiástico.[7]
Lutou contra diversos problemas no continente africano, em especial no combate à AIDS, mas acreditava que a abstinência sexual era a melhor forma de prevenção da doença.[7] Também entrou em conflito com Mathieu Kérékou, presidente do Benim, quando foram presos vários padres e a educação religiosa foi proibida no país.[7]