Balcanização é um termogeopolítico, originalmente utilizado para descrever o violento processo de fragmentação ou divisão de uma região ou Estado em regiões ou Estados menores que frequentemente são hostis ou não cooperativos entre si.[1] É considerado pejorativo por alguns indivíduos.[2]
Existiram também tentativas de usar o termo balcanização em uma maneira otimista, comparando-o com a necessidade de descentralização e sustento de um grupo ou sociedade em particular. Pesquisa corrente dos aspectos otimistas da balcanização é conduzida por Srđan Jovanović Weiss com o Centro para Arquitetura de Pesquisa[5] no colégio Goldsmiths.[6][7]
Outros países da Europa — geralmente resultados da união de várias regiões históricas ou nações — têm se defrontado com a distinta questão da balcanização. A Península Ibérica e a Espanha, em especial, desde o período de Al-Andalus tiveram que acordar-se com a balcanização,[8][carece de fontes?]
O termo também é utilizado para descrever outras formas de desintegração, incluindo, por exemplo, a subdivisão da Internet em enclaves separados,[10][carece de fontes?]
Andrej Grubačić rejeita a concepção racista e colonialista de balcanização como um processo no qual "ódio ancestral e étnico" levou à ação da fragmentação chauvinista; usualmente justaposta à "culta" federalização e unificação anglo-europeia. Grubačić nomeia este processo como "balcanização vinda de cima" — literatura ocidentalista, colonialista, racista, atuando como bastião para as políticas advindas da União Europeia e dos Estados Unidos da América, particularmente em Bósnia e Herzegovina, Sérvia e Kosovo. Ele o contrasta com o que chama de "balcanização vinda de baixo", uma narrativa que insiste em afinidades sociais e culturais, assim como em costumes comuns resultantes da ajuda e solidariedade interétnicas e mútuas, resultando no que pode ser denominado como "autoatividade interétnica", a qual foi interrompida através da intervenção euro-colonial. O legado histórico aonde Grubačić se inspira é o da "Federação Bálcã", uma organização horizontal de povos, sem nações ou Estados, arranjada regionalmente e organicamente para ajuda mútua e empoderamento, "um mundo onde muitos mundos ajustam-se."[11]
↑(em sérvio) Vidanović, Ivan (2006). Rečnik socijalnog rada Udruženje stručnih radnika socijalne zaštite Srbije; Društvo socijalnih radnika Srbije; Asocijacija centra za socijalni rad Srbije; Unija Studenata socijalnog rada. ISBN 86-904183-4-2
↑(em inglês) Formas da balcanização — Exibição na Akademie Schloss Solitude em Estugarda, Alemanha, em 2006, pelo Escritório de Arquitetura Normal, uma prática de projeto fundada por Srđan Jovanović Weiss