Arsênio I de Constantinopla

Arsênio I de Constantinopla
Nascimento 1200
Constantinopla
Morte 30 de setembro de 1273
Ilha de Mármara
Sepultamento Santa Sofia
Cidadania Império Bizantino
Ocupação sacerdote
Religião cristianismo ortodoxo

Arsênio (português brasileiro) ou Arsénio (português europeu) I de Constantinopla, nascido Arsênio Autoriano (em latim: Arsenius Autorianus; em grego: Ἀρσένιος Ἀυτωρειανός; romaniz.: Arsénios Autoreianós; 1200 - 1264 ou 1273),[1] foi o patriarca grego ortodoxo de Constantinopla por duas vezes, entre 1255 e 1259 e novamente entre 1261 e 1267. Seu patriarcado coincidiu com o período de transição entre o Império Bizantino no exílio no Império de Niceia e a reconquista de Constantinopla em 1261.

Biografia

Nascido em Constantinopla por volta de 1200, Arsênio recebeu sua educação em Niceia num mosteiro do qual futuramente seria abade. Posteriormente, se entregou a uma vida solitária e asceta num outro mosteiro na Bitínia e, diz-se, provavelmente incorretamente, que teria passado algum tempo num mosteiro em Monte Atos. De lá, foi, em 1255, chamado por Teodoro II Láscaris (r. 1254–1258) para assumir a posição de patriarca em Niceia e, quatro anos depois, com a morte do imperador, se tornou um dos guardiões de seu filho, João IV. O outro, Jorge Muzalon, foi imediatamente assassinado por Miguel Paleólogo, que assumiu integralmente a função de tutor.

Arsênio, adversário de Miguel, se refugiou no mosteiro de Pasquásio, mantendo o cargo de patriarca, mas se recusando a de fato realizar a função. Nicéforo de Éfeso foi então apontado patriarca em seu lugar. Miguel, tendo reconquistado Constantinopla, convenceu Arsênio a retomar a função, mas o imperador logo passou a ser severamente censurado, principalmente por ordenar que João fosse cegado. Arsênio chegou a excomungar o imperador, que, tendo em vão buscado seu perdão, acusou falsamente o patriarca e conseguiu que fosse banido para i Proconeso onde faleceria alguns anos depois (de acordo com Fabricius, em 1264; outros dizem 1273).

Cisma arsenita

Até a sua morte, Arsênio se recusou a remover a sentença de excomunhão que passou a Miguel e, depois dela, quando o novo patriarca José I finalmente absolveu o imperador, a disputa continuou entre os arsenitas e os josefitas. O cisma arsenita durou até 1315, quando o patriarca Nefão I conseguiu promover a reconciliação.

Obras

Acredita-se que Arsênio tenha escrito um sumário de leis divinas intitulado Sinopse dos Cânones (Synopsis Canonum) baseado nas decisões dos concílios e nas obras patrísticas. Outros defendem que a Sinopse seria obra de um outro Arsênio, um monge de Atos; a atribuição ao patriarca depende portanto do fato de ter dispendido ou não algum tempo em Monte Atos.

Ver também

Arsênio I de Constantinopla
(No exílio em Niceia)

(1255 - 1259 / 1261 - 1267)
Precedido por:

Patriarcas grego ortodoxos de Constantinopla

Sucedido por:
Manuel II
Nicéforo II
133.º Nicéforo II
Germano III

Referências

  1. "Arsenius Autoreianus" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.

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