A Arquidiocese de Estrasburgo (Archidiœcesis Argentoratensis o Argentinensis) é uma arquidiocese da Igreja Católica situada em Estrasburgo, na França.[1] É fruto da elevação da Diocese de Estrasburgo, eregida no século IV. Seu atual arcebispo é Pascal Michel Ghislain Delannoy. Sua sé é a Catedral de Nossa Senhora de Estrasburgo.
Em 2017 possuía 767 paróquias assistidas por 697 párocos e cerca de 75,3% da sua população jurisdicionada batizada.[1]
A diocese de Estrasburgo é mencionada pela primeira vez em 343 com o santo Amando, primeiro bispo conhecido. No século V a cidade foi destruída pela invasão dos alamanos. Por volta do século VI, com a anexação da região em primeiro lugar no reino Merovíngio e depois pelos carolíngios, o cristianismo passou a se espalhar e ser reforçado pelo trabalho dos dois bispos santos, Arbogasto e Florêncio, missionários irlandeses e monges, entre eles deve-se mencionar São Columbano e São Gall.
No século IX, a diocese de Estrasburgo tornou-se parte da província eclesiástica da Arquidiocese de Mogúncia e assim permaneceu até a Revolução Francesa. Em 962 a Alsácia juntou-se ao Sacro Império Romano-Germânico. O bispado se tornou um estado cliente do Império do século XIII até 1803, com exceção de Estrasburgo, que tinha o estatuto de cidade livre desde 1262.
Durante a época da Reforma (século XVI), Estrasburgo e a Alsácia viam o conflito entre protestantes e católicos, uma luta que acendia sempre que a sé do bispo era deixado vago. Ambos os lados lutavam para impor seu próprio candidato, realizada sempre no dia da festa católica, desta forma conseguiram preservar uma Estrasburgo e região católicas, enquanto a catedral permaneceu como um centro de culto protestante.
Com a Paz de Vestfália de 1648, a Alsácia tornou-se o território do reino da França. Somente em 1681 volta a catedral da cidade ser de culto católico.
Durante a última parte do século XVII, a maioria de seus territórios foram anexados à França, perdeu grupos nas áreas em torno de Saverne, Molsheim, Bevefelden, Dachstein, Dambach, Kochersberg, Erstein, Kästenbolz, Rhinau e Mundat (na região que consiste em cidade de Rouffach, Soultz e Eguisheim). As anexações foram reconhecidas pelo Sacro Império Romano-Germânico com o Tratado de Ryswick de 1697. Somente a porção leste do rio Reno, que cruza a diocese, manteve-se parte do império, que incluía as áreas de Oberkirch, Ettenheim e Oppenau. O território restante foi secularizado em Baden em 1803.
Em 6 de outubro de 1822 pela bula Paternae charitatis do Papa Pio VII, Estrasburgo tornou-se parte da província eclesiástica da Arquidiocese de Besançon.
Em 14 de junho de 1874, nos termos do Decreto Rem in ecclesiastica da Congregação Consistorial, a diocese tornou-se imediatamente sujeita à Santa Sé. Em 10 de julho do mesmo ano adquiriu os territórios que haviam pertencido à Diocese de Saint-Die e que, após a Guerra Franco-Prussiana tornou-se alemã.
Em 19 de janeiro de 1935, os arcebispos de Toulouse ganharam o direito de acrescentar ao seu título os da diocese de Rieux e da diocese de Saint-Bertrand-de-Comminges, suprimidas.
A diocese foi elevada à categoria de arquidiocese em 1 de junho de 1988 pelo Papa João Paulo II,[1] sem se tornar uma sé metropolitana. Os arcebispos são nomeados pelo presidente francês.
Arquidioceses da França