Andreas Thaler nasceu no dia 10 de setembro de 1883 em Wildschönau, no Tirol. Seus pais eram agricultores, e ele foi o mais jovem de seus seis filhos. Depois de frequentar a escola primária em sua aldeia natal, ele passou a frequentar a escola em Salzburgo durante dois anos.[4]
Carreira
Andreas Thaler começou sua carreira política como prefeito de Wildschönau durante a Primeira Guerra Mundial. Durante os primeiros anos de sua atuação política assumiu posições bem extremas: Foi representante do Tiroler Antisemitenbund, uma organização declaradamente antissemita, e teve funções de liderança na Tiroler Heimatwehr, uma organização paramilitar de direita. Já no Brasil, Thaler tornou-se líder da Vaterländische Front [Frente Patriótica], de caráter austro-fascista, mas preferiu não espalhar sua ideologia entre os colonos.[4]
Para seu projeto de Imigração Austríaca, Thaler visitou a América do Sul. Thaler recebeu muitas propostas para o seu projeto. A mais importante foi a do Secretário do Emprego do Brasil. Ele ofereceu a Thaler áreas rurais em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, que seriam cedidas gratuitamente. Além disso, ofereceu a construção de estradas de acesso e o transporte dos assentados do porto de seu desembarque até a área do assentamento, que seriam pagos também pelo Brasil. Contudo, Thaler recusou a oferta. Ele tinha entrado em contato com o emissário alemão no oeste de Santa Catarina, Walther von Schuschnigg, que tinha a ideia de que a “germanidade” deveria formar uma elite no Brasil. Para tanto, queria formar um cinturão de assentamentos de pessoas falantes do alemão para evitar a intrusão de outras nações “culturalmente inferiores”. Schuschnigg ofereceu a Thaler uma área que seria um importante elo nesse “cinturão”. As ideias de Schuschnigg caíram em solo fértil. Thaler via nesse “cinturão” de assentamentos alemães a possibilidade de atingir a sua meta, tantas vezes repetida, de conservar os assentados para a nação alemã. Solicitou-se a Schuschnigg que planejasse o projeto, começando assim um intercâmbio de cartas entre Thaler e Schuschnigg.[4]
Morte
Morreu em consequência de uma enchente, quando estava sobre uma ponte em 27 de junho de 1939, tentando desbloquear o escoamento da água. Seu corpo foi encontrado somente no dia 1 de julho, e foi sepultado em 2 de julho.[5]
Galeria
Anúncio fúnebre. Andreas Thaler foi sepultado em 2 de julho de 1939.
Anúncio fúnebre.
Detalhe da placa sepulcral de Andreas Thaler na sepultura da família, cemitério de Treze Tílias.
Sepultura da família de Andreas Thaler, cemitério de Treze Tílias.
Referências
↑Reiter, Martin, Osl, Monika e Humer, Andreas: 75 Jahre Dreizehnlinden. Reith im Alpbachtal: Edition Tirol, 2008.